Ainda a reforma
O presidente da França, Emmanuel Macron, informou que
apresentará proposta de reforma política ao Parlamento, e possivelmente a
submeterá a referendo, para reduzir em um terço o número de parlamentares e
restringir a reeleição para o Legislativo. No Brasil esta proposta
seria considerada, pelos políticos, muita ousadia de um presidente da
República. A nossa ‘classe política' têm dificuldades de reformar o sistema
político eleitoral do Brasil, pois teme que isso atrapalhe a continuidade
no poder. Os políticos no Congresso pensam assim: para que mudar a regra do
jogo que os elegeu?
As propostas necessárias são sempre adiadas. Agora, quando vence
em fins de setembro o prazo para alterações na lei eleitoral, para vigorar em
2018 (anterioridade de um ano), cogitam-se algumas mudanças, que, se ocorrerem,
introduzir-se-á a cláusula de desempenho (cláusula de barreira), e o fim das
coligações partidárias proporcionais. Com isto, implantado, limitará a
existência de certos partidos políticos que não terão acesso aos recursos
públicos.
Talvez nem isto seja aprovado, pois a agenda agora está em torno
admissibilidade da denúncia do MPF contra Temer. O próximo presidente, eleito
em 2018, terá legitimidade para propor reforma mais ousada, a exemplo do que
faz o jovem presidente francês. Mas, precisará ter ousadia.
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