terça-feira, 25 de julho de 2017






Financiadores


Entrevistado pela TV Câmara, o deputado tucano Marcus Pestana previu dificuldades para as campanhas eleitorais do próximo ano, a julgar pelas experiências anteriores, quando 95% dos  gastos dos candidatos contavam com a cobertura de empresas, entre elas e principalmente as empreiteiras. Mas não condena a nova realidade a ser enfrentada, porque  é preciso mudar  e experimentar, ainda que com exceções, como as listas fechadas de candidatos a deputado, que, segundo ele, são uma proposta sem chance de aprovação na Câmara.

Pestana fala sobre outros instrumentos de aperfeiçoamento do sistema eleitoral, como o exame do excesso de partidos, que hoje são 28 representados no Congresso.


”Centrão” 


O noticiário político informa que deputados do PMDB, PSDB e de, ao menos, oito partidos do ‘Centrão’ fazem acordo para incluir na eventual reforma política o distritão. Proposta defendida por esses parlamentares como forma de garantir a reeleição e manter o foro privilegiado diante da conjuntura de descrédito com a classe política, devido aos escândalos de corrupção como os demonstrados pela  Operação Lava Jato.

É um sistema obsoleto, que reforça o individualismo na política e diminui os partidos. O distritão é um sistema com muitos problemas, e não é usado em nenhuma democracia tradicional; um sistema que está ultrapassado. É mudança que vem piorar a política brasileira.  Reforça o personalismo eleitoral, pois estimula o lançamento de celebridades populistas. Anula a representação de minorias.

Outro aspecto nefasto desse sistema: facilita o lançamento de poucos candidatos, o que prejudica a renovação da classe política. Pelo sistema distritão serão eleitos para o Legislativo Federal apenas os mais bem votados em cada Estado.


Experiência


Ontem à tarde, em breve passagem pela cidade, o ex-presidente do Tribunal de Contas Sebastião Helvécio comentou que os próximos três ou quatro anos terão excelente resultados as inovações que introduziu durante sua gestão, a começar pelo controle real de gastos pelas prefeituras. O que será possível através do fantástico banco de dados que criou, e que continua sendo alimentado.


Um amigo com quem palestrou sugeriu que Helvécio conte, em livro, as experiências que viveu como presidente do TC. Sua gestão os especialistas consideraram modelar.





Nenhum comentário:

Postar um comentário