Em 1918 a nossa cidade viveu a maior tragedia de sua história. Naquele outubro ela estava contando o preço sinistro da vida assanhem da gripe espanhola por Juiz de Fora, matando 556 pessoas, sem contar com as muitas vítimas que tombaram na zona rural, onde a pressa para o sepultamento descontrolou a comunicação dos óbitos. Mas é certo que a gripe eliminou 6% da população. Foram 400 milhões de infectados no mundo, sendo 300 mil no Brasil, onde a vítima ilustre foi o presidente Rodrigues Alves.
Os sintomas anunciavam a fatalidade. As pessoas acordavam febris, inapetentes, o mal-estar distribuído pelo corpo, sobrevinham os vômitos. E começavam a morrer aos poucos. Os médicos e práticos pouco puderam fazer num mundo sem antibióticos.
Nunca se chegou a uma conclusão definitiva sobre as origens daquela pandemia, também conhecida como pneumônica, que ganhou o apelido de espanhola porque foi naquela região europeia que fez o maior número de vítimas. Em Juiz de Fora também ficou um mistério: por que a febre matava mais na Rua Paula Lima que em qualquer outro lugar na cidade?
A Câmara foi preparada com salas para recolher os doentes que não podiam ficar em casa, onde já eram numerosos os infectados.
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