Há quem veja sectarismo em Bolsonaro ao rezar com evangélicos, em ação de graças, tão logo se confirmou sua vitória na corrida para a Presidência da República. Tinha que ser mesmo com os evangélicos, porque foi deles que recebeu apoio explícito durante a campanha. Outros segmentos cristãos torceram veladamente, mas preferiram adotar que a Igreja não tem partido. Os evangélicos, diferentemente, têm partido, abraçam as candidaturas indicadas por seus pastores; têm fé no que vem de cima.
A manifestação de fé é um sagrado direito que todos têm de acatar e respeitar. É uma liberdade que não permite discussão, ainda que para muitos a fé de muitos tem se prestado aos interesses de poucos. Para se reagir a isso, não à liberdade de fé mas sua instrumentalização política, só se ela avançar para a criação de um estado com sintomas de teocracia, o fim do estado laico, porque nesse caso o governo estaria rasgando a Constituição em um de seus dispositivos básicos.
A religião, na contramão de sua explicação original - religar - no fundo divide, quando descamba para a intolerância, que gera terror. Afora isso, que cada um reze segundo sua cartilha.
Ao túmulo
Para o deputado Marcus Pestana, que participou, com o redator destas notas, de um debate na Rádio Globo sobre a política no pós-lulismo, o tsunami que varreu o Brasil pode estar sinalizando para o fim da V República. Fossem vivos, estariam frustrados Tancredo Neves, Ulysses, Covas, entre outros que tanto sonharam com ela. O deputado,que é secretário nacional o PSDB, acredita que as urnas decretaram a falência total dos grandes partidos. A política e os partidos têm de ser repensados.
Condenando quem reza? Que coisa fora de proposito. Pior seria se saissem gritando palavrões e ameaças aos adversários ( não inimigos)
ResponderExcluirQuanto aos partidos que saíram partidos ou despedaçados o melhor seria que os " salvados do tsunami " tivessem vergonha e saíssem desse partido e o enterrasse para sempre...
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