É ponto de vista quase unânime entre observadores e dirigentes políticos que as eleições de 2012, embora municipais, vão servir para a visualização do cenário que se abrirá dois anos depois, quando se processará a sucessão presidencial. Pelo menos é como enxerga a maioria dos atores mais importantes desse processo.
Em Juiz de Fora não será diferente. Já estão colocadas a candidatura de Custódio Mattos (PSDB) à reeleição e as pré-candidaturas de Bruno Siqueira (PMDB); Júlio Delgado (PSB) e Margarida Salomão (PT). O ex-prefeito alberto bejani (PSL) continua afirmando disposição de se candidatar, o que ficaria na dependência de a Justiça ser benevolente com o seu passado; o que não seria surpresa, porque ela tem sido gentil em casos dessa natureza. Mas até junho alguns fatos podem mudar o cenário colocado. PT e PSDB, por serem partidos no poder no País e em Minas, respectivamente, deverão tentar alianças ainda no primeiro turno.
Euro atestado
O vereador José Sóter Figueirôa, que acaba de cumprir roteiro por alguns países europeus, não viu as populações excessivamente neurotizadas por causa da crise financeira que se abate sobre o continente. Mas acha que o euro vai passando por um teste severo, capaz de definir seu papel como referência monetária.
Os milionários
Já é antiga a tentativa de tributação sobre as grandes fortunas. As iniciativas nesse sentido morrem com a mesma velocidade com que surgem. Ontem, certamente a ideia afundou de novo, quando se constatou que não haveria como permitir a tramitação de tal projeto na Câmara, onde 44% dos deputados são empresários muito bem sucedidos.
Busto no Rio
Para completar as homenagens à memória de Itamar Franco, que começaram com sessão solene na noite de segunda-feira, o Clube de Engenharia do Rio vai mandar fundir o busto do ex-presidente, a ser instalado na sede da entidade. Itamar foi o único engenheiro a assumir efetivamente a mais alta magistratura do País.
Uma definição
Entre muitas expectativas em torno da reforma ministerial que deve começa em janeiro, uma tem importância que está acima dos nomes; mas o que eles poderiam representar em relação ao governo anterior. Dilma quererá ser um governo de continuidade ou, pelo contrário, pretende assumir fisionomia própria?
O atual ministério, metade dele derrubado por força de corrupção, tem pouco a ver com a presidente. Foi herança.
Pode ajudar
As expectativas e os fatos políticos por hora conhecidos ainda são insuficientes para que se possa saber se favorecem ou prejudicam os projetos até agora objeto de especulação. Mas os que torcem para a reeleição do prefeito Custódio Mattos acham que o que mais o beneficia é a divisão e a fartura dos opositores. Já nos tempos de Napoleão tinha-se como melhor estratégia dividir os exércitos dos inimigos.
Mello Reis
Novembro marcou o primeiro ano de morte do ex-prefeito Mello Reis, cujo nome a cidade já imortalizou em uma avenida e nas muitas homenagens que lhe eram devidas. Ficou a garantia de que será sempre lembrado como uma das grandes figuras do século que Juiz de Fora viu passar.
Vale o que está escrito?
As emendas votadas pela Câmara dos Deputados, sobretudo as que são de interesse direto e imediato do estado, fazem parte de uma novela em que, na maioria das vezes, o enredo tem final infeliz para os mineiros. As dotações são aprovadas, vão para a presidência da República, depois para os ministérios, e neles geralmente são condenadas ao esquecimento. Nisso frustram-se os subscritores, sejam deputados da situação ou da oposição.
Juiz de Fora tem sido particularmente pobre na liberação desses recursos. Ainda agora, quando governo e parlamentares fecham documento reivindicatório, com base em emendas, o que nos diz respeito é o velho projeto da duplicação da BR-040 (quando se conclui um trecho o anterior já se desfez com o tempo).
Para sustentar em números essa realidade, basta citar recente levantamento realizado pelo jornal “O Tempo”: nos últimos quatro anos Minas só conseguiu receber 36% das verbas que lhe foram destinadas pelos parlamentares. O resultado é ainda pior, quando se trata de emendas de bancada, porque essas, coitadas, não têm quem lute por elas.
Quando se trata de emendas, geralmente não vale o que está escrito. A lei perde para a mais famosa das contravenções: no jogo do bicho, se escreveu, valeu.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Água fresca
O PMDB tem revelado pressa na apresentação de pré-candidatos à prefeitura de alguns municípios que considera politicamente estratégicos. Depois de estimular o deputado Bruno Siqueira a se lançar em Juiz de Fora, começa a considerar quase consumada a candidatura de Hélio Costa à prefeitura de Belo Horizonte.
O partido parece empenhado em tomar como lema um velho ditado, segundo o qual quem anda cedo bebe água fresca. Mas contraria o que pensam muitos outros: andar cedo demais é estar sujeito a muito sol ou muita chuva.
Premiação
O presidente da Cemig, Djalma Morais, recebe em S. Paulo, no dia 7, o Prêmio Líderes do Brasil, pelo trabalho que desenvolve em Minas no campo da gestão ambiental.
Ele chegou a Lisboa na segunda-feira, para avançar nas negociações da Cemig interessada no controle acionário da companha energética de Portugal.
Muita conversa
do pelo PMN como seu pré-candidato à prefeitura, não cansa de conversar. Além de correligionários e dirigentes do partido, ele conversou com a virtual candidata do PT, Margarida Salomão, e, há poucas horas, com o deputado Bruno Siqueira, que é o indicado pela cúpula nacional do PMDB.
Com quem se encontra, Calais discute as opções que podem surgir, menos a possibilidade de vir a ser candidato a vice-prefeito.
Aeroporto
Já tem parecer favorável da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa o projeto que muda para “Presidente Itamar Franco” o nome do aeroporto regional da Zona da Mata. Contudo, antes mesmo da decisão oficial, o aeroporto vem sendo tratado com a nova denominação.
Sob paixão
A morosidade na tramitação do novo Código Penal pode ter algumas explicações. Uma delas, que provoca discussões e divergências apaixonadas, é a questão da maioridade penal, segundo o senador Eunício de Oliveira, que preside a comissão encarregada de discutir a matéria.
Fogo de casa
Não só a imprensa e setores diversos da sociedade pedem o afastamento do ministro Carlos Lupi, acusado de vastas irregularidades. Seu próprio partido, o PDT, entrou na campanha para destituí-lo. Esse ataque doméstico tem duas razões: o PDT sente que está se desgastando com as peripécias do seu ministro, e, ao mesmo tempo, o partido procura se valorizar com a presidente Dilma, que vai somando forças para se ver livre de Lupi.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
O partido parece empenhado em tomar como lema um velho ditado, segundo o qual quem anda cedo bebe água fresca. Mas contraria o que pensam muitos outros: andar cedo demais é estar sujeito a muito sol ou muita chuva.
Premiação
O presidente da Cemig, Djalma Morais, recebe em S. Paulo, no dia 7, o Prêmio Líderes do Brasil, pelo trabalho que desenvolve em Minas no campo da gestão ambiental.
Ele chegou a Lisboa na segunda-feira, para avançar nas negociações da Cemig interessada no controle acionário da companha energética de Portugal.
Muita conversa
do pelo PMN como seu pré-candidato à prefeitura, não cansa de conversar. Além de correligionários e dirigentes do partido, ele conversou com a virtual candidata do PT, Margarida Salomão, e, há poucas horas, com o deputado Bruno Siqueira, que é o indicado pela cúpula nacional do PMDB.
Com quem se encontra, Calais discute as opções que podem surgir, menos a possibilidade de vir a ser candidato a vice-prefeito.
Aeroporto
Já tem parecer favorável da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa o projeto que muda para “Presidente Itamar Franco” o nome do aeroporto regional da Zona da Mata. Contudo, antes mesmo da decisão oficial, o aeroporto vem sendo tratado com a nova denominação.
Sob paixão
A morosidade na tramitação do novo Código Penal pode ter algumas explicações. Uma delas, que provoca discussões e divergências apaixonadas, é a questão da maioridade penal, segundo o senador Eunício de Oliveira, que preside a comissão encarregada de discutir a matéria.
Fogo de casa
Não só a imprensa e setores diversos da sociedade pedem o afastamento do ministro Carlos Lupi, acusado de vastas irregularidades. Seu próprio partido, o PDT, entrou na campanha para destituí-lo. Esse ataque doméstico tem duas razões: o PDT sente que está se desgastando com as peripécias do seu ministro, e, ao mesmo tempo, o partido procura se valorizar com a presidente Dilma, que vai somando forças para se ver livre de Lupi.
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domingo, 27 de novembro de 2011
Uma pedra no caminho
Cinco dias depois de receber as bênçãos do comando nacional do PMDB para entrar na disputa da prefeitura de Juiz de Fora, o deputado Bruno Siqueira aproveitou o fim de semana para se reunir com vereadores e membros do diretório municipal, e com eles traçar planos. De Brasília, trouxe também a expectativa dos dirigentes de que o ex-prefeito Tarcísio Delgado, principal figura do partido e líder de metade do diretório, referende a candidatura, mesmo sem que tenha sido previamente consultado. Há pedra para ser removida.
Quase na mesma hora da reunião dos peemedebistas, uma outra se processava no PSB, onde o deputado Júlio Delgado, filho de Tarcísio, reafirmava a decisão de disputar, com a garantia de apoio de um PMDB historicamente ligado ao pai. Presente um deputado famoso, o ex-jogador Romário, que se prontifica a sentar barraca em Juiz de Fora para apoiar a candidatura do colega de bancada.
Tão longe das convenções, mais ainda das eleições, abre-se o campo para algumas questões. Por exemplo: conseguirá o PMDB chegar unido a outubro de 2012? O que leva os dirigentes a achar que Tarcísio se oporia à candidatura do filho, ainda que os dois possam ter alguma divergência de natureza política? Ou acham que o PSB está blefando?
Novo oráculo
O governador Antônio Anastasia havia herdado de seu antecessor, Aécio Neves, uma base de apoio parlamentar que necessitou apenas de alguns retoques. Agora, contudo, terá de intervir para conviver com a nova realidade criada com a chegada do PSD, que, nem bem acabou de nascer, e já é a terceira força na Assembleia, equiparada à do PMDB.
Outra novidade para o diálogo partidário do governo com os deputados é que, surgindo o PSD, desfalca-se o bloco até agora monolítico formado pelo PMN, PP, PSC, PSL e PV, cuja capacidade de influir estava na mesma medida em que se mantinha unido.
Velhos colegas
Quantos terão sido os engenheiros contemporâneos de Itamar Franco, que lhe sobreviveram e hoje à noite podem estar reunidos no Clube de Engenharia, no Rio, onde ele será homenageado? Não serão muitos, mas os promotores da homenagem há dias trabalham para saber por onde andam os contemporâneos de profissão. De Juiz de Fora, entre outros, Gumercindo Machado, Fernando Vaz Magalhães, Jarbas de Souza, Carlos Alberto Oliveira, Eduardo Hippert, Amabeny Zoet e Marcello Siqueira, que fala no Rio em nome da família e dos amigos.
A sessão solene de hoje, no Clube de Engenharia, encerra uma série de seis meses de homenagens à memória do ex-presidente.
União de forças
Na noite de quinta-feira a Agência de Desenvolvimento Regional empossou sua nova diretoria, sob a presidência de Jorge Montessi, com mandato de três anos. Uma tônica nos discursos da solenidade e nas expectativas de quem os ouvia: a necessidade de maior integração das forças políticas e empresariais, porque sem ela não haverá como atingir os objetivos da entidade.
Desde que foi criada, na década passada, a Agência tem um desafio: fazer com que o processo de desenvolvimento econômico e social não se concentre em apenas alguns pontos, mas beneficie toda a região.
Política e poema
Paulo de La Peña, entre os poetas mais inspirados da cidade, acaba de lançar seu “Temas & Poemas”, desta vez dedicando uma página à política, tema de rara presença em sua obra. Na página 28 diz ele:
“A política é uma pura ciência social./ O político é seu usuário eventual./ A política é a essência de uma nação./ O político é personagem de ocasião./ Se caminham juntos com seriedade,/ O resultado é o bem-estar da coletividade./ Mas quando se afastam de sua filosofia,/ Surge a figura torpe da demagogia./ A política precisa de credibilidade./ O político tem de ter conduta decente./ Pois juntos fazem acontecer a verdade./ A política pede sempre transparência./ O político tem de ser coerente./ Só assim sobrevive essa ciência.
Em nome de um nobre desconhecido
A última reunião do ano do Instituto Histórico e Geográfico, na quinta-feira à noite, foi dedicada a um brasileiro muito ilustre, mas quase totalmente desconhecido em seu País: Peter Brian Medawar, que nasceu em Petrópolis em 1915, logo revelou os primeiros sinais de sua genialidade no campo da pesquisa científica. Para falar sobre o notável cientista o Instituto convidou a professora Daura Rocha, mineira radicada no estado do Rio, assistente da Fundação Cultural de Petrópolis, devotada à causa de tornar o cientista conhecido, a começar pelo fato de ter sido o único brasileiro a ganhar o Prêmio Nobel.
Ainda jovem, com 24 anos, ele iniciou suas pesquisas no campo da microbiologia, atividade em que seria duas vezes aprovado em primeiro lugar para concurso de cátedra na Inglaterra, culminando em 1960, quando realizou os primeiros estudos sobre dificuldades de transposição de tecidos humanos e o desenvolvimento de vacina para superar essa dificuldade. Com base em suas experiências realizou enxertos em animais. O conjunto de suas pesquisas lhe valeu o Prêmio Nobel de 1960 na categoria Fisiologia, nas já então naturalizado cidadão inglês.
Por que Peter teve de optar pela cidadania inglesa, mesmo sem jamais renegar sua brasilidade? Porque o presidente Gaspar Dutra não permitiu que fosse dispensado do serviço militar para prosseguir seus estudos. Ele morreu em 1987.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
Quase na mesma hora da reunião dos peemedebistas, uma outra se processava no PSB, onde o deputado Júlio Delgado, filho de Tarcísio, reafirmava a decisão de disputar, com a garantia de apoio de um PMDB historicamente ligado ao pai. Presente um deputado famoso, o ex-jogador Romário, que se prontifica a sentar barraca em Juiz de Fora para apoiar a candidatura do colega de bancada.
Tão longe das convenções, mais ainda das eleições, abre-se o campo para algumas questões. Por exemplo: conseguirá o PMDB chegar unido a outubro de 2012? O que leva os dirigentes a achar que Tarcísio se oporia à candidatura do filho, ainda que os dois possam ter alguma divergência de natureza política? Ou acham que o PSB está blefando?
Novo oráculo
O governador Antônio Anastasia havia herdado de seu antecessor, Aécio Neves, uma base de apoio parlamentar que necessitou apenas de alguns retoques. Agora, contudo, terá de intervir para conviver com a nova realidade criada com a chegada do PSD, que, nem bem acabou de nascer, e já é a terceira força na Assembleia, equiparada à do PMDB.
Outra novidade para o diálogo partidário do governo com os deputados é que, surgindo o PSD, desfalca-se o bloco até agora monolítico formado pelo PMN, PP, PSC, PSL e PV, cuja capacidade de influir estava na mesma medida em que se mantinha unido.
Velhos colegas
Quantos terão sido os engenheiros contemporâneos de Itamar Franco, que lhe sobreviveram e hoje à noite podem estar reunidos no Clube de Engenharia, no Rio, onde ele será homenageado? Não serão muitos, mas os promotores da homenagem há dias trabalham para saber por onde andam os contemporâneos de profissão. De Juiz de Fora, entre outros, Gumercindo Machado, Fernando Vaz Magalhães, Jarbas de Souza, Carlos Alberto Oliveira, Eduardo Hippert, Amabeny Zoet e Marcello Siqueira, que fala no Rio em nome da família e dos amigos.
A sessão solene de hoje, no Clube de Engenharia, encerra uma série de seis meses de homenagens à memória do ex-presidente.
União de forças
Na noite de quinta-feira a Agência de Desenvolvimento Regional empossou sua nova diretoria, sob a presidência de Jorge Montessi, com mandato de três anos. Uma tônica nos discursos da solenidade e nas expectativas de quem os ouvia: a necessidade de maior integração das forças políticas e empresariais, porque sem ela não haverá como atingir os objetivos da entidade.
Desde que foi criada, na década passada, a Agência tem um desafio: fazer com que o processo de desenvolvimento econômico e social não se concentre em apenas alguns pontos, mas beneficie toda a região.
Política e poema
Paulo de La Peña, entre os poetas mais inspirados da cidade, acaba de lançar seu “Temas & Poemas”, desta vez dedicando uma página à política, tema de rara presença em sua obra. Na página 28 diz ele:
“A política é uma pura ciência social./ O político é seu usuário eventual./ A política é a essência de uma nação./ O político é personagem de ocasião./ Se caminham juntos com seriedade,/ O resultado é o bem-estar da coletividade./ Mas quando se afastam de sua filosofia,/ Surge a figura torpe da demagogia./ A política precisa de credibilidade./ O político tem de ter conduta decente./ Pois juntos fazem acontecer a verdade./ A política pede sempre transparência./ O político tem de ser coerente./ Só assim sobrevive essa ciência.
Em nome de um nobre desconhecido
A última reunião do ano do Instituto Histórico e Geográfico, na quinta-feira à noite, foi dedicada a um brasileiro muito ilustre, mas quase totalmente desconhecido em seu País: Peter Brian Medawar, que nasceu em Petrópolis em 1915, logo revelou os primeiros sinais de sua genialidade no campo da pesquisa científica. Para falar sobre o notável cientista o Instituto convidou a professora Daura Rocha, mineira radicada no estado do Rio, assistente da Fundação Cultural de Petrópolis, devotada à causa de tornar o cientista conhecido, a começar pelo fato de ter sido o único brasileiro a ganhar o Prêmio Nobel.
Ainda jovem, com 24 anos, ele iniciou suas pesquisas no campo da microbiologia, atividade em que seria duas vezes aprovado em primeiro lugar para concurso de cátedra na Inglaterra, culminando em 1960, quando realizou os primeiros estudos sobre dificuldades de transposição de tecidos humanos e o desenvolvimento de vacina para superar essa dificuldade. Com base em suas experiências realizou enxertos em animais. O conjunto de suas pesquisas lhe valeu o Prêmio Nobel de 1960 na categoria Fisiologia, nas já então naturalizado cidadão inglês.
Por que Peter teve de optar pela cidadania inglesa, mesmo sem jamais renegar sua brasilidade? Porque o presidente Gaspar Dutra não permitiu que fosse dispensado do serviço militar para prosseguir seus estudos. Ele morreu em 1987.
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Não agora
É conhecida a ansiedade do ex-presidente Lula por retornar plenamente às atividades políticas, o que os médicos que o assistem não querem impedir, mas consideram a necessidade de aguardar as próximas etapas do tratamento do câncer, que podem agredir um pouco mais sua capacidade física. Ele já tem manifestado interesse em retomar os contatos políticos, que, na verdade, não chegou a interromper, pois a todo momento recebe visitantes, e os assuntos sempre desaguam na eleição do próximo ano.
Quem fica
A poucas semanas do início de consultas para a reforma ministerial, já se conhecem algumas apostas em Brasília. Mais em relação a quem não sai, como o ministro da Defesa, Celso Amorim.
Em destaque
Na festa que promoveu, na noite de quarta-feira, para homenagear personalidades e empresas que foram destaque em 2011, o colunista Eduardo Gomes, do “Diário Regional”, destinou o troféu de personalidade política ao vereador José Sóter Figueirôa, pelo conjunto do trabalho realizado na Câmara.
Dupla lição
Há uma ideia junto a influentes ministros do Tribunal Superior Eleitoral para que na campanha do próximo ano a preocupação não se concentre apenas na orientação aos eleitores, mas também nos candidatos. Ideal é que a proposta seja aceita, porque há muitos candidatos que se mostram mais desinformados que as pessoas a quem pedem voto.
Essa carência se torna ainda mais acentuada quando se sabe que em 2012 vão disputar candidatos a vereador e prefeito. Em pequenos municípios o problema é ainda maior.
Jogo duro
A resistência do ministro Carlos Lupi em deixar o cargo, alvo de incontáveis denúncias de irregularidades, é algo que não se pode avaliar com exatidão. Mas é certo que ele não saiu da corda bamba, e todos os seus atos passam pelo crivo do Palácio. Desprestigiado e sob policiamento, ainda assim ele pode reeditar uma ameaça: não apoiar Dilma na reeleição.
Jornal gratuito
A presença de jornais gratuitos não diminui a circulação dos diários comerciais; pelo contrário, estimula a compra desse tipo de veículo de comunicação. A avaliação é de Antônio Stilwell Zilhão, fundador e conselheiro do Destak, que é distribuído em Portugal e em quatro cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Campinas.
Especificamente no Brasil, o empresário diz que os leitores do Destak e de outros impressos gratuitos, como Metro e Metrô News, são pessoas que estão começando a ter o hábito de ler jornais e que é estimulado pelo fato de receber o exemplar ao atravessar uma rua, por exemplo. Ele avalia que, em consequência do primeiro contato com o jornalismo em papel, a venda dos grandes diários do País tende a aumentar, por atingir um novo público.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Quem fica
A poucas semanas do início de consultas para a reforma ministerial, já se conhecem algumas apostas em Brasília. Mais em relação a quem não sai, como o ministro da Defesa, Celso Amorim.
Em destaque
Na festa que promoveu, na noite de quarta-feira, para homenagear personalidades e empresas que foram destaque em 2011, o colunista Eduardo Gomes, do “Diário Regional”, destinou o troféu de personalidade política ao vereador José Sóter Figueirôa, pelo conjunto do trabalho realizado na Câmara.
Dupla lição
Há uma ideia junto a influentes ministros do Tribunal Superior Eleitoral para que na campanha do próximo ano a preocupação não se concentre apenas na orientação aos eleitores, mas também nos candidatos. Ideal é que a proposta seja aceita, porque há muitos candidatos que se mostram mais desinformados que as pessoas a quem pedem voto.
Essa carência se torna ainda mais acentuada quando se sabe que em 2012 vão disputar candidatos a vereador e prefeito. Em pequenos municípios o problema é ainda maior.
Jogo duro
A resistência do ministro Carlos Lupi em deixar o cargo, alvo de incontáveis denúncias de irregularidades, é algo que não se pode avaliar com exatidão. Mas é certo que ele não saiu da corda bamba, e todos os seus atos passam pelo crivo do Palácio. Desprestigiado e sob policiamento, ainda assim ele pode reeditar uma ameaça: não apoiar Dilma na reeleição.
Jornal gratuito
A presença de jornais gratuitos não diminui a circulação dos diários comerciais; pelo contrário, estimula a compra desse tipo de veículo de comunicação. A avaliação é de Antônio Stilwell Zilhão, fundador e conselheiro do Destak, que é distribuído em Portugal e em quatro cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Campinas.
Especificamente no Brasil, o empresário diz que os leitores do Destak e de outros impressos gratuitos, como Metro e Metrô News, são pessoas que estão começando a ter o hábito de ler jornais e que é estimulado pelo fato de receber o exemplar ao atravessar uma rua, por exemplo. Ele avalia que, em consequência do primeiro contato com o jornalismo em papel, a venda dos grandes diários do País tende a aumentar, por atingir um novo público.
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Pouco a pouco
Há quem não atribua má vontade à presidente Dilma diante da sempre adiada reforma política. Com um toque de ironia, o que se diz é que, na prática, ela já vem operando a reforma: renovando o primeiro escalão, com a retirada dos ministros indesejáveis. Além disso, ela se preocupa com a reforma ministerial, que terá de acontecer nas primeiras semanas do novo ano, porque vários de seus auxiliares terão de estar desincompatibilizados, para serem candidatos. Uma terceira inovação, ainda que modesta, é que a partir de agora, para ocupar qualquer cargo, o titular é submetido à Lei da Ficha Limpa. Nada com a importância que se espera de uma reforma, mas pode revelar boas intenções.
Enxugando
Quando se fala em mudanças no primeiro escalão do governo federal, o que pode acontecer na segunda quinzena de janeiro, vem à toa a possibilidade de a presidente aproveitar a ocasião para reduzir o número de ministérios. É do consenso que uns cinco podem ser extintos e não farão falta. Enxugamento oportuno.
Avaliação
Os maiores partidos, entre eles o PSDB e o PMDB, vão promover, a partir de agora, avaliações periódicas sobre seus prováveis candidatos a prefeito em 2012, não apenas em relação à capacidade de cada um, mas também suas reais chances na disputa com os principais adversários, estes também objeto de avaliação.
Quando se fala nas principais prefeituras, os dois partidos acham, como sempre acharam, que vão disputar o maior número delas.
Prêmio Nobel
Peter Brian Medawar foi o único brasileiro a receber o Prêmio Nobel, o que ocorreu em 1960, na categoria Fisiologia/Medicina. Apesar de sua importância, o País o desconhece completamente. A vida e a obra desse brasileiro ilustre será o tema da palestra de hoje, às 19h30m, da escritora Daura Rocha, no Instituto Histórico e Geográfico, que funciona no edifício do Museu Credireal.
Medalha
O presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Cláudio Renato dos Santos Costa estará amanhã em Juiz de Fora. Ele vai receber a Medalha Desembargador Hélio Costa, instituída pela Justiça. Quem preside a solenidade é o diretor do Foro da Comarca, juiz Edir Guerson de Medeiros. Será no salão do Tribunal do Júri, às 15h.
Pacificação
Amanhã, às 14h30m, a 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, que coordena as operações da Força de Pacificação "Arcanjo V", no complexo do Alemão e no Morro da Penha, no Rio, vai promover uma reunião com os jornalistas que participarão da cobertura da ocupação na base da força nos dias 30 próximo e 1º de dezembro. O encontro será coordenado pelo coronel Malbatan Leal, oficial de comunicação social da força de ocupação.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Enxugando
Quando se fala em mudanças no primeiro escalão do governo federal, o que pode acontecer na segunda quinzena de janeiro, vem à toa a possibilidade de a presidente aproveitar a ocasião para reduzir o número de ministérios. É do consenso que uns cinco podem ser extintos e não farão falta. Enxugamento oportuno.
Avaliação
Os maiores partidos, entre eles o PSDB e o PMDB, vão promover, a partir de agora, avaliações periódicas sobre seus prováveis candidatos a prefeito em 2012, não apenas em relação à capacidade de cada um, mas também suas reais chances na disputa com os principais adversários, estes também objeto de avaliação.
Quando se fala nas principais prefeituras, os dois partidos acham, como sempre acharam, que vão disputar o maior número delas.
Prêmio Nobel
Peter Brian Medawar foi o único brasileiro a receber o Prêmio Nobel, o que ocorreu em 1960, na categoria Fisiologia/Medicina. Apesar de sua importância, o País o desconhece completamente. A vida e a obra desse brasileiro ilustre será o tema da palestra de hoje, às 19h30m, da escritora Daura Rocha, no Instituto Histórico e Geográfico, que funciona no edifício do Museu Credireal.
Medalha
O presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Cláudio Renato dos Santos Costa estará amanhã em Juiz de Fora. Ele vai receber a Medalha Desembargador Hélio Costa, instituída pela Justiça. Quem preside a solenidade é o diretor do Foro da Comarca, juiz Edir Guerson de Medeiros. Será no salão do Tribunal do Júri, às 15h.
Pacificação
Amanhã, às 14h30m, a 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, que coordena as operações da Força de Pacificação "Arcanjo V", no complexo do Alemão e no Morro da Penha, no Rio, vai promover uma reunião com os jornalistas que participarão da cobertura da ocupação na base da força nos dias 30 próximo e 1º de dezembro. O encontro será coordenado pelo coronel Malbatan Leal, oficial de comunicação social da força de ocupação.
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
Último esforço
Dois ou três ministros do Supremo Tribunal Federal esforçam-se para que a Lei da Ficha Limpa tenha passe livre nas eleições de prefeito e vereadores. Não mais que isso. Difícil esse empenho resultar em proveito, porque a maioria fraqueja e alimenta dúvidas sobre algumas questões, embora já bem esclarecidas. Num país onde corruptos pontificam e querem continuar pontificando, são muitos os interesses a alimentar a procrastinação de matéria de tamanha importância.
Disposição
O deputado Júlio Delgado, que recentemente promoveu reunião com novos filiados do PSB, possíveis candidatos a vereador, procura remover qualquer dúvida quanto à sua disposição de disputar a prefeitura em 2012. Disse aos seus correligionários que só não será candidato se Deus o chamar antes.
Corporativismo
Seis meses antes de os partidos terem fechadas suas chapas de candidatos a vereador, já é possível perceber um forte conteúdo corporativista. São classes, entidades e bairros que vão se empenhar em ocupar uma cadeira no Legislativo municipal. Se, por um lado, isso é bom, pois revela interesse na participação, é também um risco: a Câmara corre o risco de se transformar em clube de representantes setoriais. E a cidade precisa ser vista como um todo.
Romário
Amanhã, pela primeira vez na cidade sem falar de futebol, chega o deputado Romário, que os jornalistas que cobrem as atividades do Congresso elegem como um dos mais ativos. Ele vem para discutir, na ALAE, políticas de promoção de crianças que dependem de cuidados especiais. Mas seu partido, o PSB, quer aproveitar a visita para se reunir com ele e tratar de política.
Expectativa 1
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, tem dito, e voltou a dizer, que o partido espera que o secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, dispute a prefeitura de Juiz de Fora em 2012. O secretário já anunciou que, de imediato, isso não faz parte de seus planos. E, ainda que fizesse, essa candidatura teria de obter a bênção do governador Anastasia, que ainda prefere a reeleição de Custódio Mattos.
Expectativa 2
Dado que pode ser útil ao PT na eleição dos prefeitos mineiros, no próximo ano, é a possível antecipação do anúncio da candidatura do ministro Fernando Pimentel ao governo de Minas. Quase senador em 2010 e logo depois integrando a equipe da presidente Dilma, ele deu dois passos à frente para viabilizar o projeto. Em 2014 o ministro teria condições de unir o partido, o que hoje parece não ser tarefa das mais fáceis.
A libertação dos envolvidos nas fraudes de licitação, presos durante apenas algumas horas no Ceresp, vem confirmar que e Juiz de Fora é mais fácil sair da cadeia do que entrar nela.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Disposição
O deputado Júlio Delgado, que recentemente promoveu reunião com novos filiados do PSB, possíveis candidatos a vereador, procura remover qualquer dúvida quanto à sua disposição de disputar a prefeitura em 2012. Disse aos seus correligionários que só não será candidato se Deus o chamar antes.
Corporativismo
Seis meses antes de os partidos terem fechadas suas chapas de candidatos a vereador, já é possível perceber um forte conteúdo corporativista. São classes, entidades e bairros que vão se empenhar em ocupar uma cadeira no Legislativo municipal. Se, por um lado, isso é bom, pois revela interesse na participação, é também um risco: a Câmara corre o risco de se transformar em clube de representantes setoriais. E a cidade precisa ser vista como um todo.
Romário
Amanhã, pela primeira vez na cidade sem falar de futebol, chega o deputado Romário, que os jornalistas que cobrem as atividades do Congresso elegem como um dos mais ativos. Ele vem para discutir, na ALAE, políticas de promoção de crianças que dependem de cuidados especiais. Mas seu partido, o PSB, quer aproveitar a visita para se reunir com ele e tratar de política.
Expectativa 1
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, tem dito, e voltou a dizer, que o partido espera que o secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, dispute a prefeitura de Juiz de Fora em 2012. O secretário já anunciou que, de imediato, isso não faz parte de seus planos. E, ainda que fizesse, essa candidatura teria de obter a bênção do governador Anastasia, que ainda prefere a reeleição de Custódio Mattos.
Expectativa 2
Dado que pode ser útil ao PT na eleição dos prefeitos mineiros, no próximo ano, é a possível antecipação do anúncio da candidatura do ministro Fernando Pimentel ao governo de Minas. Quase senador em 2010 e logo depois integrando a equipe da presidente Dilma, ele deu dois passos à frente para viabilizar o projeto. Em 2014 o ministro teria condições de unir o partido, o que hoje parece não ser tarefa das mais fáceis.
A libertação dos envolvidos nas fraudes de licitação, presos durante apenas algumas horas no Ceresp, vem confirmar que e Juiz de Fora é mais fácil sair da cadeia do que entrar nela.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Sem razão
Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, há uma explicação para tudo que aconteceu em sua gestão,e, para tentar confirmar isso, usa os mais incríveis argumentos. Como a mais recente denúncia diz respeito a uma verba de R$ 4 milhões para qualificação profissional no terreiro de candomblé de um amigo no Amazonas, vamos ver como ele explica isso.
Eleição no PPS
Para o secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, conta como um ponto a mais a indicação da deputada Luzia Ferreira para a presidência do PPS de Minas, e ele trabalhou para isso. Na eleição passada, graças a Antônio Jorge, ela teve 2.000 votos em Juiz de Fora, o que lhe valeu rompimentos e alguns narizes torcido de políticos da cidade.
Grande ajuda
Na inauguração do aeroporto Itamar Franco, no sábado, em Goianá, o governador Antônio Anastasia atribuiu a Custódio Mattos ações que ajudaram a remover dificuldades que se antepuseram à obra, destacadamente a solução para impasses de natureza ambiental. Não foi surpresa, porque ele não perde oportunidade de incensar o prefeito, cuja reeleição tem no governador um entusiasta.
Faltou dizer
Dois detalhes que ainda não foram divulgados sobre o aeroporto de Goianá: 1) considera-se que foi uma experiência bem sucedida no campo da parceria de Minas com a iniciativa privada, e isso vai estimular o estado a avançar nesse campo; 2) com a remoção das terras de um morro de cabeceira o aeroporto de Goianá poderá estar em condições de figurar na lista dos internacionais, passando a ser um dos dez maiores do País.
Chance real
De novo no Exterior nesta semana, Anastasia vai ampliando as chances de Alberto Pinto Coelho familiarizar-se com as coisas do Executivo, o que é importante para o vice, que seu partido, o PP, quer ver na sucessão do governador. Aliás, Anastasia será governador por mais 27 meses, porque em março de 2014 deixará o cargo para disputar uma cadeira no Senado.
Flanelinhas
Por onde tem andado o prometido diagnóstico sobre os flanelinhas? Alguns vereadores andaram viajando em teses e teorias, pouco preocupados com os proprietários de carros que são entregues à sanha e às ameaças dessa rapaziada.
Pois, no dia de Finados, desafiantes, alguns deles estavam com faixas de polícia de trânsito, no Parque da Saudade, dominando vagas e cobrando. Na semana passada, durante uma festa promovida pela Asconcer, no Aeroporto, eles ameaçavam, extorquindo R$10,00 por vaga em via pública. E mais: no domingo, no adro da Catedral, flanelinha arrombou um carro e levou bolsa com R$ 10 mil. Os jovens bandidos estão ganhando terreno.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
Eleição no PPS
Para o secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, conta como um ponto a mais a indicação da deputada Luzia Ferreira para a presidência do PPS de Minas, e ele trabalhou para isso. Na eleição passada, graças a Antônio Jorge, ela teve 2.000 votos em Juiz de Fora, o que lhe valeu rompimentos e alguns narizes torcido de políticos da cidade.
Grande ajuda
Na inauguração do aeroporto Itamar Franco, no sábado, em Goianá, o governador Antônio Anastasia atribuiu a Custódio Mattos ações que ajudaram a remover dificuldades que se antepuseram à obra, destacadamente a solução para impasses de natureza ambiental. Não foi surpresa, porque ele não perde oportunidade de incensar o prefeito, cuja reeleição tem no governador um entusiasta.
Faltou dizer
Dois detalhes que ainda não foram divulgados sobre o aeroporto de Goianá: 1) considera-se que foi uma experiência bem sucedida no campo da parceria de Minas com a iniciativa privada, e isso vai estimular o estado a avançar nesse campo; 2) com a remoção das terras de um morro de cabeceira o aeroporto de Goianá poderá estar em condições de figurar na lista dos internacionais, passando a ser um dos dez maiores do País.
Chance real
De novo no Exterior nesta semana, Anastasia vai ampliando as chances de Alberto Pinto Coelho familiarizar-se com as coisas do Executivo, o que é importante para o vice, que seu partido, o PP, quer ver na sucessão do governador. Aliás, Anastasia será governador por mais 27 meses, porque em março de 2014 deixará o cargo para disputar uma cadeira no Senado.
Flanelinhas
Por onde tem andado o prometido diagnóstico sobre os flanelinhas? Alguns vereadores andaram viajando em teses e teorias, pouco preocupados com os proprietários de carros que são entregues à sanha e às ameaças dessa rapaziada.
Pois, no dia de Finados, desafiantes, alguns deles estavam com faixas de polícia de trânsito, no Parque da Saudade, dominando vagas e cobrando. Na semana passada, durante uma festa promovida pela Asconcer, no Aeroporto, eles ameaçavam, extorquindo R$10,00 por vaga em via pública. E mais: no domingo, no adro da Catedral, flanelinha arrombou um carro e levou bolsa com R$ 10 mil. Os jovens bandidos estão ganhando terreno.
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domingo, 20 de novembro de 2011
Encruzilhada
A crise gerada pelas denúncias de irregularidades no Ministério do Trabalho entra nesta semana sob clima de impasse, depois que a presidente Dilma decidiu não permitir que a imprensa lhe mostre quem furta ou faz tráfico de influência no governo. A queda de seis ministros foi obra direta da mídia. E ela está disposta a conter a imprensa, mantendo-a no quarto poder, sem galgar outros degraus de sua influência. Não pode ser outra a razão de ter pedido ao ministro Lupi para se manter o cargo, apesar do massacre a que ele está sendo submetido.
Mas, agora surge mais um escândalo. Desta vez, descobriu-se que o ministro mandou liberar R$ 4 milhões para a mãe de um amigo do Amazonas investir num terreiro de candomblé. A presidente vai continuar tolerante e dividir as flechadas destinadas a Lupi?
Novo tempo
No sábado, o governador Antônio Anastasia deu por inaugurado o Aeroporto Itamar Franco, o regional da Zona da Mata, quando são passados dez anos desde a concepção do projeto até o início das operações. Os discursos e a animação da festa procuravam mostrar que não era apenas um aeroporto que estava nascendo; nascia também uma nova era para o desenvolvimento da Zona da Mata. O que pode ser verdade, se o empreendedorismo no campo da iniciativa privada mostrar sua cara. Há que dar uma resposta imediata, até porque o empresariado foi o setor que mais insistiu na execução desse projeto.
Nestas primeiras semanas em que está operando, o Itamar Franco revela-se um aeroporto para passageiros ( os voos têm 90% de ocupação), mas sua primeira finalidade é servir de terminal cargueiro. Vai nisso uma grande responsabilidade dos empresários, que precisam responder com produção de qualidade e competitividade.
Hélio de volta
Um ano depois de disputar e perder o governo de Minas, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa está de volta ao cenário político, agora como peça do projeto destinado a criar alternativa para a prefeitura de Belo Horizonte, onde Márcio Lacerda já colocou sua candidatura à reeleição. Num primeiro passo, Hélio poderia ser o nome do PMDB, credenciado no teste de 2010, quando recebeu 23% dos votos dos belorizontinos na disputa com Anastasia. Leonardo Quintão é o nome de que dispõe o partido, mas Hélio, além de maior experiência eleitoral, pode ganhar a simpatia da Presidência da República, uma boa parte do PT e um senador, Clésio Andrade, que em janeiro ingressa no PMDB, já levando seu aval à alternativa Hélio.
O PT e PMDB sempre tiveram facilidade para se unir, pelo menos no segundo turno, como também ocorreu em Juiz de Fora em 2008. União no primeiro seria uma experiência excitante para a eleição nas cidades onde os dois partidos têm muito prestígio.
Cerco à malandragem
A luta da democracia para vencer a fraude e a malandragem eleitoral do caciquismo é uma história de muitos capítulos, que começou nos tempos do Império, quando se votava pelo bico de pena: os chefes políticos do lugar organizavam as mesas coletoras dos votos, eles mesmos se ofereciam aos eleitores para votar em seu nome; gente simples, quase sempre analfabeta, aceitava, e o chefe dava a vitória em quem queria. Fácil nessa época dos ”currais eleitorais”, que nunca deixaram de existir totalmente. Sua versão mais recente, que sobrevive, são os ônibus e caminhões que os candidatos fretam para arregimentar eleitores em municípios ou estados vizinhos, portadores de títulos falsos ou vencidos. É o que explica os muitos casos em que o número de eleitores é igual ou superior ao de habitantes de onde se realiza o pleito.
O mais moderno remédio contra essa distorção é a biometria, que só exige do votante a identificação pelo toque do dedo polegar. Não há como votar com o dedo alheio...
A introdução do sistema, que se dá logo após a revisão dos registros, teve no ano passado, entre suas primeiras experiências, São João Del-Rei. Ponte Nova estará com a biometria em 2012, entre 15 outros municípios mineiros, totalizando 80 mil eleitores.
Bandeira esquecida
O 19 de novembro, dia da Bandeira, a cada ano fica mais esquecido, e pode ser que em pouco tempo acabe banido por completo do calendário cívico. No sábado, podiam ser contados com os dedos da mão os prédios públicos que a hastearam.
Pois quem salvou a honra da pátria foram os sírios, libaneses e os descendentes, na comemoração dos 47 anos do seu clube: as bandeiras dos três países foram solenemente entronizadas.
Projeto sustado
O e x-vereador Josemar da Silva, preso por causa de embrulhadas nas sempre generosas licitações em órgãos públicos, certamente terá de sustar o projeto que o acalentava de voltar à Câmara, cinco anos depois de estar longe das urnas. Em 2006 chegou a se registrar candidato a senador e ficou devendo ao TRE a prestação de contas.
Quanto ao que Josemar sabe sobre os bastidores da política municipal, o perigo que oferece é o mesmo de Nem em relação ao tráfico: se decidir falar, as coisas podem ficar complicadas.
Romildo tá com tudo
O governo tem obrigação de explicar a quem coube a decisão de conceder passaporte diplomático ao “missionário” Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como RR Soares, e sua mulher, sabendo-se que tal prerrogativa se deve apenas a pessoas que exercem atividade de interesse nacional. Pelo que se sabe, a Igreja da Graça de Deus está longe de tal exigência.
Com a influência de gente desse tipo, cabe perguntar para que bandas tem andado o Estado laico?
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER OTICIAS ))
Mas, agora surge mais um escândalo. Desta vez, descobriu-se que o ministro mandou liberar R$ 4 milhões para a mãe de um amigo do Amazonas investir num terreiro de candomblé. A presidente vai continuar tolerante e dividir as flechadas destinadas a Lupi?
Novo tempo
No sábado, o governador Antônio Anastasia deu por inaugurado o Aeroporto Itamar Franco, o regional da Zona da Mata, quando são passados dez anos desde a concepção do projeto até o início das operações. Os discursos e a animação da festa procuravam mostrar que não era apenas um aeroporto que estava nascendo; nascia também uma nova era para o desenvolvimento da Zona da Mata. O que pode ser verdade, se o empreendedorismo no campo da iniciativa privada mostrar sua cara. Há que dar uma resposta imediata, até porque o empresariado foi o setor que mais insistiu na execução desse projeto.
Nestas primeiras semanas em que está operando, o Itamar Franco revela-se um aeroporto para passageiros ( os voos têm 90% de ocupação), mas sua primeira finalidade é servir de terminal cargueiro. Vai nisso uma grande responsabilidade dos empresários, que precisam responder com produção de qualidade e competitividade.
Hélio de volta
Um ano depois de disputar e perder o governo de Minas, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa está de volta ao cenário político, agora como peça do projeto destinado a criar alternativa para a prefeitura de Belo Horizonte, onde Márcio Lacerda já colocou sua candidatura à reeleição. Num primeiro passo, Hélio poderia ser o nome do PMDB, credenciado no teste de 2010, quando recebeu 23% dos votos dos belorizontinos na disputa com Anastasia. Leonardo Quintão é o nome de que dispõe o partido, mas Hélio, além de maior experiência eleitoral, pode ganhar a simpatia da Presidência da República, uma boa parte do PT e um senador, Clésio Andrade, que em janeiro ingressa no PMDB, já levando seu aval à alternativa Hélio.
O PT e PMDB sempre tiveram facilidade para se unir, pelo menos no segundo turno, como também ocorreu em Juiz de Fora em 2008. União no primeiro seria uma experiência excitante para a eleição nas cidades onde os dois partidos têm muito prestígio.
Cerco à malandragem
A luta da democracia para vencer a fraude e a malandragem eleitoral do caciquismo é uma história de muitos capítulos, que começou nos tempos do Império, quando se votava pelo bico de pena: os chefes políticos do lugar organizavam as mesas coletoras dos votos, eles mesmos se ofereciam aos eleitores para votar em seu nome; gente simples, quase sempre analfabeta, aceitava, e o chefe dava a vitória em quem queria. Fácil nessa época dos ”currais eleitorais”, que nunca deixaram de existir totalmente. Sua versão mais recente, que sobrevive, são os ônibus e caminhões que os candidatos fretam para arregimentar eleitores em municípios ou estados vizinhos, portadores de títulos falsos ou vencidos. É o que explica os muitos casos em que o número de eleitores é igual ou superior ao de habitantes de onde se realiza o pleito.
O mais moderno remédio contra essa distorção é a biometria, que só exige do votante a identificação pelo toque do dedo polegar. Não há como votar com o dedo alheio...
A introdução do sistema, que se dá logo após a revisão dos registros, teve no ano passado, entre suas primeiras experiências, São João Del-Rei. Ponte Nova estará com a biometria em 2012, entre 15 outros municípios mineiros, totalizando 80 mil eleitores.
Bandeira esquecida
O 19 de novembro, dia da Bandeira, a cada ano fica mais esquecido, e pode ser que em pouco tempo acabe banido por completo do calendário cívico. No sábado, podiam ser contados com os dedos da mão os prédios públicos que a hastearam.
Pois quem salvou a honra da pátria foram os sírios, libaneses e os descendentes, na comemoração dos 47 anos do seu clube: as bandeiras dos três países foram solenemente entronizadas.
Projeto sustado
O e x-vereador Josemar da Silva, preso por causa de embrulhadas nas sempre generosas licitações em órgãos públicos, certamente terá de sustar o projeto que o acalentava de voltar à Câmara, cinco anos depois de estar longe das urnas. Em 2006 chegou a se registrar candidato a senador e ficou devendo ao TRE a prestação de contas.
Quanto ao que Josemar sabe sobre os bastidores da política municipal, o perigo que oferece é o mesmo de Nem em relação ao tráfico: se decidir falar, as coisas podem ficar complicadas.
Romildo tá com tudo
O governo tem obrigação de explicar a quem coube a decisão de conceder passaporte diplomático ao “missionário” Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como RR Soares, e sua mulher, sabendo-se que tal prerrogativa se deve apenas a pessoas que exercem atividade de interesse nacional. Pelo que se sabe, a Igreja da Graça de Deus está longe de tal exigência.
Com a influência de gente desse tipo, cabe perguntar para que bandas tem andado o Estado laico?
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Detalhe fundamental
Em meio a uma discussão cada vez mais apaixonada sobre o destino dos royalties do pré-sal, uma observação pertinente do senador Cristovam Buarque: discute-se muito sobre qual ou quais os estados que ficarão com o dinheiro, mas ninguém fala sobre como gastar esse dinheiro. Há um olhar desatento sobre a questão. Se, por exemplo, Rio e Espírito Santo detivessem o controle, isso até seria aceitável, se tudo fosse investido em educação, segundo o senador.
Mais mulheres
Terminou, ontem, em Brasília, o encontro nacional de mulheres do PSDB, com a recomendação ao partido no sentido de que se trabalhe nas eleições de 2012 para que a representação feminina cresça, pelo menos 10%. Não só o PSDB, mas todos os partidos são acusados de privilegiar os homens nas disputas eleitorais.
Em Juiz de Fora, os tucanos ainda não disseram o que vão fazer por elas, a não ser cumprir a lei, mandando que lhes sejam reservados 30% das vagas na chapa de vereadores. Nessa chapa, aliás, vem a secretária Sueli Reis, considerada presença certa.
Ataque virtual
Em Belo Horizonte, admite-se que está em Juiz de Fora a origem da campanha de ataques ao senador Aécio Neves, o que é feito através de sites. Parece ser obra apenas de adversários do projeto do senador mineiro de disputar a presidência da República em 2014, porque contra ele não se faz qualquer acusação consistente.
Feriados limitados
Com a crise econômica apertando para os lados de Portugal, o governo, ainda que sob o protesto de alguns setores, está partindo para a redução dos feriados, como forma de não se agredir tanto a normalidade produtiva. Diferentemente do Brasil, onde já se institucionalizaram os feriadões: os dias consagrados atraem os vizinhos próximos, como segunda e sexta-feiras, os mais enforcados”.
No caso português, eliminam-se os dias da Confirmação da República, em 5 de outubro, e a Restauração da Liberdade, em 1º de dezembro. Com a Igreja acertou-se que ficam para o domingo imediatamente seguinte a Assunção de Nossa Senhora, em 15 de agosto, e a festa de Corpo de Deus 60 dias depois da Páscoa.
Respeito é bom
Os partidos que constituem a base parlamentar não podem descuidar do mínimo de respeito que devem à presidente da República, por mais que seja visível o seu poder de pressão. Ainda agora, os dirigentes nacionais do PDT comunicam, acintosamente, que estão avaliando a conveniência de o ministro Carlos Lupi permanecer no cargo, a despeito de muitas denúncias de corrupção. A tarefa de decidir se ele é ou não conveniente para comandar o Ministério do Trabalho e da presidente. No mínimo, os dirigentes pedetistas pecam por tentar passar o carro à frente dos bois.
____________________________________________________________________________________
Quando vai chegando a hora de formar o novo Ministério é preciso atentar para a observação do conselheiro Honório Hermeto, marquês do Paraná, quando, em 1853, formou o Gabinete com saquaremas e luzias:
“A ambição do poder é a mesma razão que divide e une os homens”.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Mais mulheres
Terminou, ontem, em Brasília, o encontro nacional de mulheres do PSDB, com a recomendação ao partido no sentido de que se trabalhe nas eleições de 2012 para que a representação feminina cresça, pelo menos 10%. Não só o PSDB, mas todos os partidos são acusados de privilegiar os homens nas disputas eleitorais.
Em Juiz de Fora, os tucanos ainda não disseram o que vão fazer por elas, a não ser cumprir a lei, mandando que lhes sejam reservados 30% das vagas na chapa de vereadores. Nessa chapa, aliás, vem a secretária Sueli Reis, considerada presença certa.
Ataque virtual
Em Belo Horizonte, admite-se que está em Juiz de Fora a origem da campanha de ataques ao senador Aécio Neves, o que é feito através de sites. Parece ser obra apenas de adversários do projeto do senador mineiro de disputar a presidência da República em 2014, porque contra ele não se faz qualquer acusação consistente.
Feriados limitados
Com a crise econômica apertando para os lados de Portugal, o governo, ainda que sob o protesto de alguns setores, está partindo para a redução dos feriados, como forma de não se agredir tanto a normalidade produtiva. Diferentemente do Brasil, onde já se institucionalizaram os feriadões: os dias consagrados atraem os vizinhos próximos, como segunda e sexta-feiras, os mais enforcados”.
No caso português, eliminam-se os dias da Confirmação da República, em 5 de outubro, e a Restauração da Liberdade, em 1º de dezembro. Com a Igreja acertou-se que ficam para o domingo imediatamente seguinte a Assunção de Nossa Senhora, em 15 de agosto, e a festa de Corpo de Deus 60 dias depois da Páscoa.
Respeito é bom
Os partidos que constituem a base parlamentar não podem descuidar do mínimo de respeito que devem à presidente da República, por mais que seja visível o seu poder de pressão. Ainda agora, os dirigentes nacionais do PDT comunicam, acintosamente, que estão avaliando a conveniência de o ministro Carlos Lupi permanecer no cargo, a despeito de muitas denúncias de corrupção. A tarefa de decidir se ele é ou não conveniente para comandar o Ministério do Trabalho e da presidente. No mínimo, os dirigentes pedetistas pecam por tentar passar o carro à frente dos bois.
____________________________________________________________________________________
Quando vai chegando a hora de formar o novo Ministério é preciso atentar para a observação do conselheiro Honório Hermeto, marquês do Paraná, quando, em 1853, formou o Gabinete com saquaremas e luzias:
“A ambição do poder é a mesma razão que divide e une os homens”.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Novos olhares
Um dado que não pode ser desconsiderado, no momento em que forem discutidas as estratégias da campanha de 2012: o Partido dos Trabalhadores, certo de que já tem equacionada a composição para a reeleição do prefeito Márcio Lacerda, em Belo Horizonte, dedicará suas atenções à eleição nos grandes municípios. Pretende empenhar-se a fundo, a começar por Juiz de Fora.
Entretanto, não se pode cometer a injustiça de acusar os diretores do partido de negligenciar a eleição na cidade em anos anteriores.
Segundo tempo
O senador Aécio Neves, sem negar que mantém o propósito de disputar a presidência da República em 2014, parece mesmo disposto a recolher-se um pouco. A alegação é que precisa esperar que o partido se reorganize para o projeto presidencial.
Contudo, há no PSDB muitos que desconsideram esse cuidado, lembrando que na eleição passada José Serra perdeu muito espaço, exatamente por tentar jogar muito com o tempo.
Reprovados
Editorial do jornal “O Tempo”, na edição de terça-feira, defendendo a necessidade de o Ministério da Educação avaliar melhor os conhecimentos dos professores, citou pesquisa realizada no ano passado pela UFJF, indicando que 28% dos professores que aplicaram questões de Física não souberam depois como respondê-las. Os professores de Geografia e Português também tropeçaram em 26% das perguntas das provas que submeteram aos seus alunos.
Fora de rumo
Rompendo janeiro, o que logo logo vai acontecer, o DEM promoverá uma série de reuniões de cúpula para tentar dar uma ordem na atuação política ao partido, que ainda não se situou objetivamente entre situação e oposição. Desde que nasceu das cinzas do PFL ele não conseguiu uma identidade suficientemente nítida.
Aeroporto
O governador Antônio Anastasia é presença assegurada no sábado, em Goianá, às 11h, para a solenidade de inauguração oficial do Aeroporto Regional da Zona da Mata. Esperada também a diretoria da Infraero e dos deputados com votação expressiva na região. Uma obra que demorou uma década.
No forno
Não há mais razão para se alimentar dúvida sobre a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, apesar do esforço hercúleo que ele vem promovendo para evitar a queda. Aconteceu o que estava faltado: emissário da presidente Dilma já foi ao alto comando do PDT para pedir a indicação de um substituto. O que confirma: o cargo não é do governo, mas do partido.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Entretanto, não se pode cometer a injustiça de acusar os diretores do partido de negligenciar a eleição na cidade em anos anteriores.
Segundo tempo
O senador Aécio Neves, sem negar que mantém o propósito de disputar a presidência da República em 2014, parece mesmo disposto a recolher-se um pouco. A alegação é que precisa esperar que o partido se reorganize para o projeto presidencial.
Contudo, há no PSDB muitos que desconsideram esse cuidado, lembrando que na eleição passada José Serra perdeu muito espaço, exatamente por tentar jogar muito com o tempo.
Reprovados
Editorial do jornal “O Tempo”, na edição de terça-feira, defendendo a necessidade de o Ministério da Educação avaliar melhor os conhecimentos dos professores, citou pesquisa realizada no ano passado pela UFJF, indicando que 28% dos professores que aplicaram questões de Física não souberam depois como respondê-las. Os professores de Geografia e Português também tropeçaram em 26% das perguntas das provas que submeteram aos seus alunos.
Fora de rumo
Rompendo janeiro, o que logo logo vai acontecer, o DEM promoverá uma série de reuniões de cúpula para tentar dar uma ordem na atuação política ao partido, que ainda não se situou objetivamente entre situação e oposição. Desde que nasceu das cinzas do PFL ele não conseguiu uma identidade suficientemente nítida.
Aeroporto
O governador Antônio Anastasia é presença assegurada no sábado, em Goianá, às 11h, para a solenidade de inauguração oficial do Aeroporto Regional da Zona da Mata. Esperada também a diretoria da Infraero e dos deputados com votação expressiva na região. Uma obra que demorou uma década.
No forno
Não há mais razão para se alimentar dúvida sobre a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, apesar do esforço hercúleo que ele vem promovendo para evitar a queda. Aconteceu o que estava faltado: emissário da presidente Dilma já foi ao alto comando do PDT para pedir a indicação de um substituto. O que confirma: o cargo não é do governo, mas do partido.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011
Na intimidade da campanha
Nesta semana o Ministério Público e os agentes federais aprofundam as investigações em torno das atividades do Instituto Cidade, que tem tudo a ver com o programa Segundo Tempo do Ministério dos Esportes; e que tem tudo a ver com o PCdoB; que, por sua vez, promoveu uma campanha eleitoral de grandes gastos em Juiz de Fora. Nesse entrelaço, quem pode ganhar informações importantes é o Tribunal Regional Eleitoral e são os políticos, que até agora não haviam compreendido como os comunistas (sic) da cidade tiveram tanto dinheiro para gastar na campanha do ano passado, centrada na candidatura a deputado federal de Wadson Ribeiro, um dos principais assessores do ex-ministro Orlando Silva.
Dessa combinação de interesses resultou que o PCdoB teve a melhor central de campanha, ocupando um galpão que se estendia da Avenida Rio Branco à Rua Mariano Procópio. Detalhes interessantes da campanha em Juiz de Fora estão nas gavetas do deputado João Leite, que pediu as investigações.
Preconceito
O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB, saiu em defesa do SUS, num momento em que o Sistema é bombardeado, até porque o ex-presidente Lula foi tratar do seu câncer em hospital onde pobre não entra. Sem ver muitas diferenças entre o atendimento que se dá ao paciente que paga tratamento particular e ao assistido pelo SUS, Pestana lembra os sete anos que passou à frente da Secretaria de Saúde e diz desejar organizar excursões de “céticos, preconceituosos e mal-informados” para uma visita aos hospitais que ele aponta como referência em Minas, entre os quais dois de Juiz de Fora: o Instituto Oncológico e a Asconcer.
Ao debate
Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de não aceitar o registro do Partido dos Servidores Públicos, o que evitou que chegassem a 30 as siglas em disputa no ano eleitoral, espera-se o ressurgimento do debate em torno da conveniência do pluripartidarismo. É uma velha discussão que divide opiniões irremovíveis, porque tanto o excesso como a escassez de partidos têm prós e contras muito bem pesados.
Fazer política
O PCdoB atribuiu tarefas políticas em Minas a Wadson Ribeiro, seu candidato a deputado federal em Juiz de Fora, e que acaba de ser afastado da Secretaria Nacional de Esportes, acusado de participar de irregularidades e se beneficiar delas. O partido não especificou quais serão essas novas atribuições.
A cadeira de Wadson é agora ocupada pelo vice-almirante Afonso Barbosa.
Uma chance
Promovendo ou não a reforma geral em seu primeiro escalão, a presidente Dilma vai precisar de um novo ministro para a Educação, pois Fernando Haddad estará desincompatibilizado para disputar a prefeitura de S.Paulo. Sua candidatura já está definida pelo governo.
Entre os nomes cogitados para substituí-lo, uma chance para a Zona da Mata: o atual secretário nacional de Ensino Superior, Luiz Cláudio Costa, que já foi reitor da Universidade Federal de Viçosa.
Andam os brasileiros tão desconfiados de sua República, antiga de 122 anos, que seu dia passou ontem sem que lhe fosse prestada uma única homenagem. Ela cresceu e envelheceu sob o estigma do golpe de estado, que ocupa metade de sua história. Aliás, os tempos republicanos já começaram com o golpe de Deodoro e, em seguida, o golpe dentro do golpe, obra de Floriano.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Dessa combinação de interesses resultou que o PCdoB teve a melhor central de campanha, ocupando um galpão que se estendia da Avenida Rio Branco à Rua Mariano Procópio. Detalhes interessantes da campanha em Juiz de Fora estão nas gavetas do deputado João Leite, que pediu as investigações.
Preconceito
O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB, saiu em defesa do SUS, num momento em que o Sistema é bombardeado, até porque o ex-presidente Lula foi tratar do seu câncer em hospital onde pobre não entra. Sem ver muitas diferenças entre o atendimento que se dá ao paciente que paga tratamento particular e ao assistido pelo SUS, Pestana lembra os sete anos que passou à frente da Secretaria de Saúde e diz desejar organizar excursões de “céticos, preconceituosos e mal-informados” para uma visita aos hospitais que ele aponta como referência em Minas, entre os quais dois de Juiz de Fora: o Instituto Oncológico e a Asconcer.
Ao debate
Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de não aceitar o registro do Partido dos Servidores Públicos, o que evitou que chegassem a 30 as siglas em disputa no ano eleitoral, espera-se o ressurgimento do debate em torno da conveniência do pluripartidarismo. É uma velha discussão que divide opiniões irremovíveis, porque tanto o excesso como a escassez de partidos têm prós e contras muito bem pesados.
Fazer política
O PCdoB atribuiu tarefas políticas em Minas a Wadson Ribeiro, seu candidato a deputado federal em Juiz de Fora, e que acaba de ser afastado da Secretaria Nacional de Esportes, acusado de participar de irregularidades e se beneficiar delas. O partido não especificou quais serão essas novas atribuições.
A cadeira de Wadson é agora ocupada pelo vice-almirante Afonso Barbosa.
Uma chance
Promovendo ou não a reforma geral em seu primeiro escalão, a presidente Dilma vai precisar de um novo ministro para a Educação, pois Fernando Haddad estará desincompatibilizado para disputar a prefeitura de S.Paulo. Sua candidatura já está definida pelo governo.
Entre os nomes cogitados para substituí-lo, uma chance para a Zona da Mata: o atual secretário nacional de Ensino Superior, Luiz Cláudio Costa, que já foi reitor da Universidade Federal de Viçosa.
Andam os brasileiros tão desconfiados de sua República, antiga de 122 anos, que seu dia passou ontem sem que lhe fosse prestada uma única homenagem. Ela cresceu e envelheceu sob o estigma do golpe de estado, que ocupa metade de sua história. Aliás, os tempos republicanos já começaram com o golpe de Deodoro e, em seguida, o golpe dentro do golpe, obra de Floriano.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
domingo, 13 de novembro de 2011
Dúvidas no Ministério
Para os principais observadores políticos, quando dezembro chegar, e não falta muito, a presidente Dilma terá alinhavado as mudanças no primeiro escalão de seu governo. E não seria sem tempo, porque a expectativa de todos é que ela entre no ano novo com o Ministério reorganizado. Ela precisa disso.
Mas essa tarefa é cercada de dúvidas e vai exigir cuidados. O primeiro problema, logo aventado, é que os que foram chamados a assumir interinamente, na vaga dos ministros antecessores, estão gostando do cargo e gostariam de se efetivar.
Outra questão é a compensação aos partidos, pois eles não se mostram satisfeitos apenas em repor um dos seus; querem mais cargos, alegando que se agastaram na onda dos escândalos. E nem sempre esse postulado coincide com as intenções do governo de ampliar a base de apoio, que planeja a entrada de gente nova no poder.
A presidente ainda tem mais um desafio: os seis ministros corruptos eram gente do ex-presidente Lula, o que ela tolerou com forte dose de boa vontade. Agora, chegado o momento de convocar sua gente, ela sente que não pode errar.
Na intimidade da campanha
Nesta semana o Ministério Público e os agentes federais aprofundam as investigações em torno das atividades do Instituto Cidade, que tem tudo a ver com o programa Segundo Tempo do Ministério dos Esportes; e que tem tudo a ver com o PCdoB; que, por sua vez, promoveu uma campanha eleitoral de grandes gastos em Juiz de Fora. Nesse entrelaço, quem pode ganhar informações importantes é o Tribunal Regional Eleitoral e são os políticos, que até agora não haviam compreendido como os comunistas (sic) da cidade tiveram tanto dinheiro para gastar na campanha do ano passado, centrada na candidatura a deputado federal de Wadson Ribeiro, um dos principais assessores do ex-ministro Orlando Silva.
Dessas combinação de interesses resultou que o PCdoB teve a melhor central de campanha, ocupando um galpão que se estendia da Avenida Rio Branco à Rua Mariano Procópio. Contou com a maior mobilização de pessoal, o que acabou dando a Wadson Ribeiro 20.700 votos.
Detalhes interessantes da campanha em Juiz de Fora estão nas gavetas do deputado João Leite, que pediu as investigações.
Estradas fechada
Em ano eleitoral, certamente não ficaria bem para o governo federal e para os candidatos de sua preferência saber que uma obra da importância da BR-440 foi interrompida por causa de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Conta da União; ainda mais quando se sabe que sua conclusão, permitindo a interligação das rodovias BR-040 e BR-267, seria parte dos discursos de campanha. É com tal preocupação que agentes políticos vão trabalhar para que o Tribunal analise logo o que pretende analisar, faça as recomendações que julgar necessárias e autorize a retomada das obras.
Pelo menos – é a intenção - que se removam os óbices relativos à questão ambiental, o que bastaria para a volta das máquinas.
Articulação regional
O que tem acontecido com os grandes projetos industriais que não se viabilizam em Juiz de Fora por falta de terrenos nas dimensões necessárias? Retiram-se para outros estados, como ocorreu com a Comil, destinada a montagem de caminhões. Precisava de cerca de 1,5 milhão de m2, não os encontrou, e foi para Lorena, no interior de São Paulo.
Quando isso se dá, ideal seria que os municípios vizinhos demonstrassem capacidade de articulação e se oferecessem para sediar esses projetos, alegando para tanto, sem tergiversar, que, além de disporem do espaço que não foi possível obter em Juiz de Fora, oferecem, aproveitando do vizinho maior, toda a estrutura de serviços sociais. Estariam nesse caso, por exemplo, Matias Barbosa e Coronel Pacheco. Mas tudo dependente de articulação.
Campanha de uso
Três anos depois de ter sido concluído, o Expominas de Juiz de Fora é tema de uma campanha promocional, que tem como objetivo ampliar sua utilização para exposições, congressos e feiras. A campanha insiste em dois pontos: é a maior área da Zona da Mata de que dispõem empresários do estado para mostrar sua produção num ponto muito próximo de Belo Horizonte e Rio. E, sobre outras excelências da cidade, informa a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais: é uma cidade, das mais importantes de Minas Gerais, que conta com estrutura hoteleira completa, bons restaurantes, trânsito fácil e baixo custo na realização de eventos e relacionamento com a cultura regional.
Tiro de misericórdia
Quando chegou o fim de semana, havia indícios de que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, encontrara um pouco de oxigênio para respirar, depois do intenso bombardeio provocado pelas denúncias de corrupção. Mas duraram pouco, e os novos indícios que surgiram podem ser o tiro de misericórdia que não passa desta semana; até porque o ministro diz que só baleado é que deixaria o cargo.
Pelas segunda vez, as denúncias contra o Ministério chegam a Minas. A primeira, envolvendo o Instituto Cidade, de Juiz de Fora. A segunda, que acaba de chegar, fala em comércio fraudulento de carteiras de Trabalho, e gentilezas de R$ 2 milhões com uma ONG do ex-deputado Carlos Pimenta.
A nossa República
A comemoração da República é no 15 de novembro, mas para Juiz de Fora, em rigor, seria no dia 16, como conta a História. No dia da proclamação a cidade nada soube, pois estava às voltas com os grandes problemas deixado por um terrível aguaceiro acompanhado de granizo, e um dos estragos foi a destruição do telégrafo. Estávamos isolados, e só no dia seguinte ficaríamos sabendo do que havia acontecido na Corte.
Mesmo com atraso, houve muita festa no dia 16, o que hoje, olhando para trás, causa espanto, pois Juiz de Fora era a “menina dos olhos” do Imperador Pedro II, que sempre a contemplou com as maiores realizações, e aqui esteve três vezes. Mais que a adesão ao novo regime, assusta a velocidade dos adesistas, promovendo festas que vararam as madrugadas, bebedeiras no Café da Imprensa (onde hoje está a Livraria Leitura), bandas, marche aux flambeaux e discursos inflamados do vereador Fonseca Hermes, de Pedro Henriques e Ernesto Braga. E até aconteceu a criação da Governadoria de Juiz de Fora, que desacatava todas as ordens do Império. Essa Governadoria, chefiada por Azarias José de Andrade, foi orientada por Fernando Lobo. A bajulação chegou à mudança imediata de nomes de ruas que lembravam Dom Pedro, como Imperatriz e Imperador.
((publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
Mas essa tarefa é cercada de dúvidas e vai exigir cuidados. O primeiro problema, logo aventado, é que os que foram chamados a assumir interinamente, na vaga dos ministros antecessores, estão gostando do cargo e gostariam de se efetivar.
Outra questão é a compensação aos partidos, pois eles não se mostram satisfeitos apenas em repor um dos seus; querem mais cargos, alegando que se agastaram na onda dos escândalos. E nem sempre esse postulado coincide com as intenções do governo de ampliar a base de apoio, que planeja a entrada de gente nova no poder.
A presidente ainda tem mais um desafio: os seis ministros corruptos eram gente do ex-presidente Lula, o que ela tolerou com forte dose de boa vontade. Agora, chegado o momento de convocar sua gente, ela sente que não pode errar.
Na intimidade da campanha
Nesta semana o Ministério Público e os agentes federais aprofundam as investigações em torno das atividades do Instituto Cidade, que tem tudo a ver com o programa Segundo Tempo do Ministério dos Esportes; e que tem tudo a ver com o PCdoB; que, por sua vez, promoveu uma campanha eleitoral de grandes gastos em Juiz de Fora. Nesse entrelaço, quem pode ganhar informações importantes é o Tribunal Regional Eleitoral e são os políticos, que até agora não haviam compreendido como os comunistas (sic) da cidade tiveram tanto dinheiro para gastar na campanha do ano passado, centrada na candidatura a deputado federal de Wadson Ribeiro, um dos principais assessores do ex-ministro Orlando Silva.
Dessas combinação de interesses resultou que o PCdoB teve a melhor central de campanha, ocupando um galpão que se estendia da Avenida Rio Branco à Rua Mariano Procópio. Contou com a maior mobilização de pessoal, o que acabou dando a Wadson Ribeiro 20.700 votos.
Detalhes interessantes da campanha em Juiz de Fora estão nas gavetas do deputado João Leite, que pediu as investigações.
Estradas fechada
Em ano eleitoral, certamente não ficaria bem para o governo federal e para os candidatos de sua preferência saber que uma obra da importância da BR-440 foi interrompida por causa de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Conta da União; ainda mais quando se sabe que sua conclusão, permitindo a interligação das rodovias BR-040 e BR-267, seria parte dos discursos de campanha. É com tal preocupação que agentes políticos vão trabalhar para que o Tribunal analise logo o que pretende analisar, faça as recomendações que julgar necessárias e autorize a retomada das obras.
Pelo menos – é a intenção - que se removam os óbices relativos à questão ambiental, o que bastaria para a volta das máquinas.
Articulação regional
O que tem acontecido com os grandes projetos industriais que não se viabilizam em Juiz de Fora por falta de terrenos nas dimensões necessárias? Retiram-se para outros estados, como ocorreu com a Comil, destinada a montagem de caminhões. Precisava de cerca de 1,5 milhão de m2, não os encontrou, e foi para Lorena, no interior de São Paulo.
Quando isso se dá, ideal seria que os municípios vizinhos demonstrassem capacidade de articulação e se oferecessem para sediar esses projetos, alegando para tanto, sem tergiversar, que, além de disporem do espaço que não foi possível obter em Juiz de Fora, oferecem, aproveitando do vizinho maior, toda a estrutura de serviços sociais. Estariam nesse caso, por exemplo, Matias Barbosa e Coronel Pacheco. Mas tudo dependente de articulação.
Campanha de uso
Três anos depois de ter sido concluído, o Expominas de Juiz de Fora é tema de uma campanha promocional, que tem como objetivo ampliar sua utilização para exposições, congressos e feiras. A campanha insiste em dois pontos: é a maior área da Zona da Mata de que dispõem empresários do estado para mostrar sua produção num ponto muito próximo de Belo Horizonte e Rio. E, sobre outras excelências da cidade, informa a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais: é uma cidade, das mais importantes de Minas Gerais, que conta com estrutura hoteleira completa, bons restaurantes, trânsito fácil e baixo custo na realização de eventos e relacionamento com a cultura regional.
Tiro de misericórdia
Quando chegou o fim de semana, havia indícios de que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, encontrara um pouco de oxigênio para respirar, depois do intenso bombardeio provocado pelas denúncias de corrupção. Mas duraram pouco, e os novos indícios que surgiram podem ser o tiro de misericórdia que não passa desta semana; até porque o ministro diz que só baleado é que deixaria o cargo.
Pelas segunda vez, as denúncias contra o Ministério chegam a Minas. A primeira, envolvendo o Instituto Cidade, de Juiz de Fora. A segunda, que acaba de chegar, fala em comércio fraudulento de carteiras de Trabalho, e gentilezas de R$ 2 milhões com uma ONG do ex-deputado Carlos Pimenta.
A nossa República
A comemoração da República é no 15 de novembro, mas para Juiz de Fora, em rigor, seria no dia 16, como conta a História. No dia da proclamação a cidade nada soube, pois estava às voltas com os grandes problemas deixado por um terrível aguaceiro acompanhado de granizo, e um dos estragos foi a destruição do telégrafo. Estávamos isolados, e só no dia seguinte ficaríamos sabendo do que havia acontecido na Corte.
Mesmo com atraso, houve muita festa no dia 16, o que hoje, olhando para trás, causa espanto, pois Juiz de Fora era a “menina dos olhos” do Imperador Pedro II, que sempre a contemplou com as maiores realizações, e aqui esteve três vezes. Mais que a adesão ao novo regime, assusta a velocidade dos adesistas, promovendo festas que vararam as madrugadas, bebedeiras no Café da Imprensa (onde hoje está a Livraria Leitura), bandas, marche aux flambeaux e discursos inflamados do vereador Fonseca Hermes, de Pedro Henriques e Ernesto Braga. E até aconteceu a criação da Governadoria de Juiz de Fora, que desacatava todas as ordens do Império. Essa Governadoria, chefiada por Azarias José de Andrade, foi orientada por Fernando Lobo. A bajulação chegou à mudança imediata de nomes de ruas que lembravam Dom Pedro, como Imperatriz e Imperador.
((publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Por extensão
A prioridade que lhe é exigida para cuidar do câncer não consegue abater no ex-presidente Lula o interesse pela campanha eleitoral do próximo ano. Noticiava-se, ontem, sua preocupação com os rumos do PT em Belo Horizonte, onde a metade do partido não quer saber de aliança com o PSB e a reeleição do prefeito Márcio Lacerda. Lula deseja a aliança na capital, mas ainda não disse se teria o mesmo interesse em relação a outras cidades de Minas. Por exemplo: o que pensaria de uma aliança desse tipo em Juiz de Fora ?
Agarrar o PDT
No momento em que o ministro Carlos Lupi despencar, o governo terá de trabalhar em um projeto para manter o PDT em sua base parlamentar, apesar das muitas manifestações do partido de que não deixará o ministro indefeso. Não há razões para temer, porque o PDT não abriria mãos de suas posições na máquina governamental, ainda que prestigie Lupi até o último momento, mas sem cometer suicídio.
Como diz antigo ditado: defunto a gente leva até à beira da cova. Não entra nela.
Faltou dizer
Numa entrevista pela televisão, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, insistiu na necessidade de se pôr fim ao que chamou de “onda denuncismo”, sendo ele sua mais recente vítima. O ministro devia ter se referido também à “onda de corrupção”. Por que não?
E os outros?
O TSE não incorreu em equívoco ao indeferir o pedido de registro do Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil. Realmente os organizadores não conseguiram arregimentar o número suficiente de assinaturas. Mas não foi o único caso. É sabido que alguns outros, antecedentes, também descumpriram e estão registrados. A enganação não é difícil de ocorrer. Quem vai se dar ao trabalho de conferir 490 mil assinaturas?
No caso presente, outro problema é a falta de identidade: partido que quer ser dos servidores públicos e dos trabalhadores da iniciativa privada, quer ser de todos, acaba sendo de nenhum.
Suspeitas
As suspeitas contra ministros e a queda de vários deles vêm ajudando a presidente Dilma a desobstruir os caminhos para a reforma do primeiro escalão. Pode ser que ela já chegue a janeiro com vagas nas principais Pastas.
As últimas bolas da vez foram os ministros dos Esportes e do Trabalho. Sob a mira estão agora os titulares de Comunicações e Cidades.
Concentrações
O PSDB e o PMDB são os dois partidos que estudam a realização de concentrações regionais em Juiz de Fora ainda neste mês. É um ensaio junto às bases em preparação para o ano eleitoral.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Agarrar o PDT
No momento em que o ministro Carlos Lupi despencar, o governo terá de trabalhar em um projeto para manter o PDT em sua base parlamentar, apesar das muitas manifestações do partido de que não deixará o ministro indefeso. Não há razões para temer, porque o PDT não abriria mãos de suas posições na máquina governamental, ainda que prestigie Lupi até o último momento, mas sem cometer suicídio.
Como diz antigo ditado: defunto a gente leva até à beira da cova. Não entra nela.
Faltou dizer
Numa entrevista pela televisão, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, insistiu na necessidade de se pôr fim ao que chamou de “onda denuncismo”, sendo ele sua mais recente vítima. O ministro devia ter se referido também à “onda de corrupção”. Por que não?
E os outros?
O TSE não incorreu em equívoco ao indeferir o pedido de registro do Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil. Realmente os organizadores não conseguiram arregimentar o número suficiente de assinaturas. Mas não foi o único caso. É sabido que alguns outros, antecedentes, também descumpriram e estão registrados. A enganação não é difícil de ocorrer. Quem vai se dar ao trabalho de conferir 490 mil assinaturas?
No caso presente, outro problema é a falta de identidade: partido que quer ser dos servidores públicos e dos trabalhadores da iniciativa privada, quer ser de todos, acaba sendo de nenhum.
Suspeitas
As suspeitas contra ministros e a queda de vários deles vêm ajudando a presidente Dilma a desobstruir os caminhos para a reforma do primeiro escalão. Pode ser que ela já chegue a janeiro com vagas nas principais Pastas.
As últimas bolas da vez foram os ministros dos Esportes e do Trabalho. Sob a mira estão agora os titulares de Comunicações e Cidades.
Concentrações
O PSDB e o PMDB são os dois partidos que estudam a realização de concentrações regionais em Juiz de Fora ainda neste mês. É um ensaio junto às bases em preparação para o ano eleitoral.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Em gotas
Col Wcid 10 nov 11
Em gotas
Já se viu que seis ministros foram defenestrados, e o sétimo está a caminho. Essa sucessão, em tão curto espaço de tempo, é inédita, e pode ser considerada uma interrogação para a reforma ministerial que tem de vir nas primeiras semanas de 2012: se, por um lado, tamanha desocupação facilitaria o trabalho da presidente, pode também ser um problema, porque os provisórios que estão chegando vão querer mostrar serviço para serem mantidos. De qualquer forma, pode ser uma reforma tratada em regime de conta-gotas.
Apertado
Não obstante alguns expedientes que aplicou para salvar a própria pele, no temporal das denúncias contra seu Ministério, Carlos Lupi parece estar em corda bamba por causa de um detalhe, que agrava sua situação: há três meses ele foi chamado a palácio e recebeu orientação para conter a sede de dinheiro de seus assessores. Não tomou providências.
Reflexo
A crise que envolve o Ministério do Trabalho não se restringe à posição do ministro e dos principais assessores. Ela se estende ao PDT e à Força Sindical, que, da mesma forma como se deu com o PCdoB no Ministério dos Esportes, querem se manter no controle da Pasta, o que reduz em muito a capacidade de o governo articular.
Secretário
Eleito, no dia 23 do mês passado, segundo secretário da executiva do PPC de Juiz de Fora, o ex-vereador Marcos Pinto já vai assumir a cadeira de primeiro secretário, que ficou vaga na terça-feira com a morte de Wagner Riani.
Os partidos
A definição vem de Rudá Picci, sem sofrer reparo:
“ Sem partidos inseridos no cotidiano nacional, há pouco protagonismo social. Os partidos parecem fechados nos seus velhos esquemas de contrapeso, de chantagens, pressões, trancamento de pautas parlamentares e composições. Fecham-se em si mesmos, se alimentando desse sistema que se auto-promove. Assim, acabam por gerar um pêndulo que se bifurca entre as eleições e os jogos palacianos. Os jogos palacianos têm nos parlamentares seus protagonistas, quase sempre avalistas de ministros ou que chantageiam diariamente os governos”.
Sem solução
Na Assembleia Legislativa, deputados começaram a colher sugestões para discutir, numa conversa franca, o problema da dívida de Minas com a União. Uma conclusão óbvia: tendo de pagar juros em cima de uma dívida de R$ 64 bi, ela jamais poderá ser saldada.
Lapicua
Na política, como em qualquer campo de atividade, não faltam supersticiosos. No Congresso, todos conhecem essa característica do senador José Sarney. Mas são muitos que, por exemplo, não gostam de brincar com números. E, amanhã, vão preferir não tomar atitudes mais importantes, por causa da lapicua (números que, invertidos, dão no mesmo, como as letras palíndromas): 11 do 11 do 11.
A inversão mais perfeita, incluindo horas e minutos, quando nenhum dos atuais políticos estará vivo, será daqui a 101 anos: 21 12 21 12 2112. A última lapicua perfeita da História.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS))
Em gotas
Já se viu que seis ministros foram defenestrados, e o sétimo está a caminho. Essa sucessão, em tão curto espaço de tempo, é inédita, e pode ser considerada uma interrogação para a reforma ministerial que tem de vir nas primeiras semanas de 2012: se, por um lado, tamanha desocupação facilitaria o trabalho da presidente, pode também ser um problema, porque os provisórios que estão chegando vão querer mostrar serviço para serem mantidos. De qualquer forma, pode ser uma reforma tratada em regime de conta-gotas.
Apertado
Não obstante alguns expedientes que aplicou para salvar a própria pele, no temporal das denúncias contra seu Ministério, Carlos Lupi parece estar em corda bamba por causa de um detalhe, que agrava sua situação: há três meses ele foi chamado a palácio e recebeu orientação para conter a sede de dinheiro de seus assessores. Não tomou providências.
Reflexo
A crise que envolve o Ministério do Trabalho não se restringe à posição do ministro e dos principais assessores. Ela se estende ao PDT e à Força Sindical, que, da mesma forma como se deu com o PCdoB no Ministério dos Esportes, querem se manter no controle da Pasta, o que reduz em muito a capacidade de o governo articular.
Secretário
Eleito, no dia 23 do mês passado, segundo secretário da executiva do PPC de Juiz de Fora, o ex-vereador Marcos Pinto já vai assumir a cadeira de primeiro secretário, que ficou vaga na terça-feira com a morte de Wagner Riani.
Os partidos
A definição vem de Rudá Picci, sem sofrer reparo:
“ Sem partidos inseridos no cotidiano nacional, há pouco protagonismo social. Os partidos parecem fechados nos seus velhos esquemas de contrapeso, de chantagens, pressões, trancamento de pautas parlamentares e composições. Fecham-se em si mesmos, se alimentando desse sistema que se auto-promove. Assim, acabam por gerar um pêndulo que se bifurca entre as eleições e os jogos palacianos. Os jogos palacianos têm nos parlamentares seus protagonistas, quase sempre avalistas de ministros ou que chantageiam diariamente os governos”.
Sem solução
Na Assembleia Legislativa, deputados começaram a colher sugestões para discutir, numa conversa franca, o problema da dívida de Minas com a União. Uma conclusão óbvia: tendo de pagar juros em cima de uma dívida de R$ 64 bi, ela jamais poderá ser saldada.
Lapicua
Na política, como em qualquer campo de atividade, não faltam supersticiosos. No Congresso, todos conhecem essa característica do senador José Sarney. Mas são muitos que, por exemplo, não gostam de brincar com números. E, amanhã, vão preferir não tomar atitudes mais importantes, por causa da lapicua (números que, invertidos, dão no mesmo, como as letras palíndromas): 11 do 11 do 11.
A inversão mais perfeita, incluindo horas e minutos, quando nenhum dos atuais políticos estará vivo, será daqui a 101 anos: 21 12 21 12 2112. A última lapicua perfeita da História.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS))
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Os provisórios
Já se sabe que 90% dos partidos que estarão participando da campanha eleitoral do próximo ano ficarão na condição de comissão provisória, não diretórios como tal organizados. Mas não se trata de uma realidade local, porque a situação é a mesma no resto de Minas.
Isso não recomenda os dirigentes estaduais. Eles preferem deixar seus representantes na condição de provisórios, porque podem destituí-los facilmente no caso de desobediência.
Contra drogas
Hoje. Às 19h, no salão da Cúria Metropolitana, estará reunido o Fórum Permanente de Defesa dos Direitos Humanos, um espaço para entidades e pessoas que atuam na defesa dos direitos humanos na cidade. Temas para hoje: andamento projeto de lei do Conselho Municipal de Políticas Integradas sobre Drogas, as atividades do Fórum sobre população de rua e análise da situação dos hospitais universitários, que podem ser descaracterizados com a criação de empresa para administrá-los.
O Fórum foi fundado em junho de 2008, pela OAB/4ª Subseção, Câmara Municipal, CDDH/JF, Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz e Pastoral Carcerária.
Baixo custo
Não faltou candidato a vereador que discordasse de nota da coluna na qual se estima que a campanha para se chegar à Câmara Municipal deverá custar em torno de R$ 300 mil, quando se tratar de candidato viável. Geralmente quem discorda e diz que vai gastar “muito menos” está fazendo vestibular para o fracasso nas urnas.
Acidentados
Uma escrivã aposentada da Polícia é a mais recente vítima das canaletas do Calçadão da Rua Halfeld, com suas tampas tortas e fora de nível, a todo momento provocando tropeços e quedas. Um problema que o serviço responsável pode resolver com algumas marteladas.
Dona Inês fraturou o ombro, agora sustentado por peça de platina, e terá de suportar a tipoia nos próximos dois meses.
Luto
A comissão provisória do PPS está de luto, com a morte de seu secretário, Wagner Riani, sepultado ontem à tarde. Aos 54 anos, ele foi vítima de infarto. Desde a fundação em Juiz de Fora, Wagner despontava como o principal organizador do partido.
Poucas chances
Setenta e duas horas depois de ser intensificada a campanha para destituí-lo, são poucos os capazes de apostar todas as fichas em Carlos Lupi como ministro do Trabalho. Quem conhece os meandros de seu gabinete sabe que os problemas no Ministério vão se revelar mais graves à medida em que as investigações forem aprofundadas no campo de suas relações com as ONGs.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Isso não recomenda os dirigentes estaduais. Eles preferem deixar seus representantes na condição de provisórios, porque podem destituí-los facilmente no caso de desobediência.
Contra drogas
Hoje. Às 19h, no salão da Cúria Metropolitana, estará reunido o Fórum Permanente de Defesa dos Direitos Humanos, um espaço para entidades e pessoas que atuam na defesa dos direitos humanos na cidade. Temas para hoje: andamento projeto de lei do Conselho Municipal de Políticas Integradas sobre Drogas, as atividades do Fórum sobre população de rua e análise da situação dos hospitais universitários, que podem ser descaracterizados com a criação de empresa para administrá-los.
O Fórum foi fundado em junho de 2008, pela OAB/4ª Subseção, Câmara Municipal, CDDH/JF, Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz e Pastoral Carcerária.
Baixo custo
Não faltou candidato a vereador que discordasse de nota da coluna na qual se estima que a campanha para se chegar à Câmara Municipal deverá custar em torno de R$ 300 mil, quando se tratar de candidato viável. Geralmente quem discorda e diz que vai gastar “muito menos” está fazendo vestibular para o fracasso nas urnas.
Acidentados
Uma escrivã aposentada da Polícia é a mais recente vítima das canaletas do Calçadão da Rua Halfeld, com suas tampas tortas e fora de nível, a todo momento provocando tropeços e quedas. Um problema que o serviço responsável pode resolver com algumas marteladas.
Dona Inês fraturou o ombro, agora sustentado por peça de platina, e terá de suportar a tipoia nos próximos dois meses.
Luto
A comissão provisória do PPS está de luto, com a morte de seu secretário, Wagner Riani, sepultado ontem à tarde. Aos 54 anos, ele foi vítima de infarto. Desde a fundação em Juiz de Fora, Wagner despontava como o principal organizador do partido.
Poucas chances
Setenta e duas horas depois de ser intensificada a campanha para destituí-lo, são poucos os capazes de apostar todas as fichas em Carlos Lupi como ministro do Trabalho. Quem conhece os meandros de seu gabinete sabe que os problemas no Ministério vão se revelar mais graves à medida em que as investigações forem aprofundadas no campo de suas relações com as ONGs.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Em memória
O ex-presidente Itamar Franco, recentemente falecido, será homenageado, dia 28, pelo Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, com oradores ainda não anunciados. O detalhe é que essa homenagem estava programada há vários meses. O presencial se transformou em memorial.
Alto custo
Não cabe suspeita, pois o estudo foi elaborado por um petista, o deputado federal Francisco Praciano, do Amazonas: a corrupção está custando aos brasileiros, todo ano, entre R$41 bilhões e R$ 69 bilhões.
Salvando a pele
Cansado de ver os ministérios vizinhos pegando fogo e colegas caindo sob a carga de denúncias de corrupção, o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, tirou o seu da reta. Afastou, incontinenti, seu assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, sobre quem caem sérias suspeitas de desvio de verbas. Antes que os estilhaços lhe caiam na cabeça o ministro mandou pra casa o responsável pelo tiroteio.
Olho na campanha
O Ministério Público, instado pelo deputado estadual João Leite, deve anunciar, até o final da semana, as primeiras medidas para a investigação de ONGs em Minas, a começar pelo envolvimento delas com a campanha eleitoral do ano passado. Quanto a Juiz de Fora, não tem outra direção a suspeita sobre o programa Segundo Tempo do Ministério dos Transportes. Como atuou esse programa na campanha eleitoral do PCdoB ? Trabalhou para algum candidato? O deputado João Leite guarda dados interessantes a esse respeito.
Ideológicos
Uma vez mais, a campanha eleitoral deverá revelar baixo conteúdo ideológico, o que se observa principalmente nas disputas da prefeitura. É quando afloram e se tornam mais sensíveis os problemas administrativos da cidade.
Os partidos ideológicos (não os de fachada) são sempre modestos. Não têm como crescer. Se querem crescer têm de perder a identidade.
Brasil 64-85
O Centro Educacional de Referência Herval Braz, na Rua Oswaldo Aranha, vai abrir hoje a exposição “Brasil 64-85 nunca mais”, que poderá ser visitada até sexta-feira. Trata-se de mostra didática, resultado de pesquisa dos próprios alunos, que trabalham com música, poesia e outras manifestações artísticas. Mas todas as atividades mostradas estão concentradas na experiência sombria que o País viveu, a partir do golpe que derrubou o governo João Goulart.
((publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
Alto custo
Não cabe suspeita, pois o estudo foi elaborado por um petista, o deputado federal Francisco Praciano, do Amazonas: a corrupção está custando aos brasileiros, todo ano, entre R$41 bilhões e R$ 69 bilhões.
Salvando a pele
Cansado de ver os ministérios vizinhos pegando fogo e colegas caindo sob a carga de denúncias de corrupção, o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, tirou o seu da reta. Afastou, incontinenti, seu assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, sobre quem caem sérias suspeitas de desvio de verbas. Antes que os estilhaços lhe caiam na cabeça o ministro mandou pra casa o responsável pelo tiroteio.
Olho na campanha
O Ministério Público, instado pelo deputado estadual João Leite, deve anunciar, até o final da semana, as primeiras medidas para a investigação de ONGs em Minas, a começar pelo envolvimento delas com a campanha eleitoral do ano passado. Quanto a Juiz de Fora, não tem outra direção a suspeita sobre o programa Segundo Tempo do Ministério dos Transportes. Como atuou esse programa na campanha eleitoral do PCdoB ? Trabalhou para algum candidato? O deputado João Leite guarda dados interessantes a esse respeito.
Ideológicos
Uma vez mais, a campanha eleitoral deverá revelar baixo conteúdo ideológico, o que se observa principalmente nas disputas da prefeitura. É quando afloram e se tornam mais sensíveis os problemas administrativos da cidade.
Os partidos ideológicos (não os de fachada) são sempre modestos. Não têm como crescer. Se querem crescer têm de perder a identidade.
Brasil 64-85
O Centro Educacional de Referência Herval Braz, na Rua Oswaldo Aranha, vai abrir hoje a exposição “Brasil 64-85 nunca mais”, que poderá ser visitada até sexta-feira. Trata-se de mostra didática, resultado de pesquisa dos próprios alunos, que trabalham com música, poesia e outras manifestações artísticas. Mas todas as atividades mostradas estão concentradas na experiência sombria que o País viveu, a partir do golpe que derrubou o governo João Goulart.
((publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
domingo, 6 de novembro de 2011
Inauguração, enfim
O que o ex-presidente Itamar Franco desejou ardentemente vai acontecer no próximo dia 19, quatro meses depois de sua morte: a inauguração oficial do Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá. Ainda governador de Minas, ele mandou elaborar o projeto, promoveu as desapropriações e realizou 50% das obras.
A solenidade será presidida pelo governador Anastasia, se Dilma não puder estar presente. Hoje, o aeroporto está atingindo a marca de 10 mil passageiros atendidos.
Fora o juro
Pelo menos que o estado se livre ou adie indefinidamente os juros que pesam sobre as dívidas que tem acumuladas na União, hoje, bem somadas, de vencimento imediato, em torno de R$ 1 bi. É o tema que a Assembleia Legislativa vai debater, nesta tarde, mas sem desejar que se manifestem apenas os deputados. Sindicatos, entidades civis, federações e servidores públicos também foram convidados a opinar. Na atual conjuntura, os parcos recursos do erário pagam dezembro e o 13º dos servidores, mas o abono de produtividade perde-se de vista.
Estamos, contudo, diante de uma realidade: a bem da verdade, todos os demais estados também são devedores e com eles dividimos nossas aflições.
Resistência
Senador pernambucano Eunício Oliveira, que preside a comissão que estuda a reforma do Código Penal, reconhece que ainda suscita divergências e discussões apaixonadas a proposta de atualização de matéria de tamanha importância. As leis precisam evoluir, principalmente quando é sabido que se trata de um código dos anos 40, quando não havia sido tipificado o crime hediondo, o sequestro era uma raridade e não se conheciam os delitos via internet, até porque ela não existia.
É o código de um Brasil que era rural e hoje é urbano.
Um alívio
Depois de amanhã - está prometido - o Supremo Tribunal Federal vota o destino definitivo da Lei da Ficha Limpa. Ontem, como resultado de uma avaliação das tendências dos ministros, considerava-se como certo que ela vai viger em 2012. Isto posto, chega-se a duas conclusões: 1) o País deverá estar livre da tralha de ladrões contumazes que desembarcam na política, e 2) os bons cidadãos ganham um instrumento de defesa contra eleitores que não são capazes de resistir aos apelos dos candidatos bandidos.
Boa ideia
Acuada diante de uma realidade que coloca sob suspeita a maioria das ONGs que operam no País, a presidente Dilma Rousseff se vê na contingência de examinar alternativas, uma das quais seria a paulatina substituição dessas organizações por instituições mais modernas e resistentes à corrupção. Há uma proposta para que se adote a experiência dos consórcios municipais, que, aliás, têm em Juiz de Fora um modelo exitoso, a Acispes, que atua na área de saúde e vem servindo de base para igual iniciativa em outros estados.
O governo sustou, por um período de trinta dias, a liberação de verbas para as ONGs. Isso não as assusta porque têm caixa para resistir a tão breve falta de oxigênio.
Grito mineiro
Parece não ter alcançado a repercussão merecida a iniciativa de algumas lideranças e partidos políticos de propor uma ação vigorosa em Brasília para que Minas retome, mesmo que apenas em parte, seu antigo prestígio, o que lhe valia tratamento diferenciado da parte do governo federal. A proposta precisa ganhar eco, sem o quê não será ouvido o grito mineiro.
Para ilustrar nossa fase de desprestígio: Minas é a segunda maior população do País e o sétimo na escala da investimentos federais na Saúde.
O custo da campanha
Se não vão além de mero exercício de futurologia as previsões sobre como andará a economia mundial em 2012 e seus reflexos para o Brasil, quem poderia se aventurar a um orçamento, aproximado que seja, em relação ao custo da próxima campanha eleitoral? O máximo que se tem feito, e é o que se faz, não vai além de uma projeção com base em valores atuais. Por exemplo, quanto ao material gráfico de propaganda, estima-se que o encarecimento refletido sobre a campanha de 2010 fique entre 15% e 18%, não muito diferentemente do custo da produção do material de propaganda para os horários gratuitos em rádio e televisão.
Mas o que importa, antes de tudo, é considerar que há candidaturas experimentais ou fruto de aventura e as candidaturas sérias e viáveis à vereança. Quanto a estas, a projeção estaria em torno de R$ 300 mil, um dado que oscila, na dependência de o candidato ser menos ou mais conhecido do eleitorado.
Quanto aos candidatos a prefeito, o que se diz nos partidos, é que o custo da campanha vai depender do potencial político de cada um e do poder de fogo dos que vierem com a simpatia de Brasília ou Belo Horizonte. Mas, no primeiro turno, nada menos de R$ 20 milhões para dar a saída.
Diagnóstico da oposição
Com um campo tão fértil para atuar, por que a oposição não cresce e aparece? Por quê? Ora, porque o poder de manobrar com as dotações e as verbas está concentrado no Executivo. Eis o porquê. É o entendimento de alguns cientistas políticos e oposicionistas confessadamente atordoados, como também Rudá Ricci, que se preocupa com a questão, e vem garimpando uma explicação. Mas, em outros tempos, a capacidade de distribuir o dinheiro dos impostos era a mesma, e os contestadores se mostravam muito fortes.
Querem outros que a oposição está apagada por ser apenas uma oposição parlamentar, não ganha as ruas. Contudo, foi em outros tempos que, sendo nada além de parlamentar, que o oposicionismo de um Carlos Lacerda derrubava governos.
Talvez quando se aprofundar mais na questão seja possível concluir que são várias as explicações, mas o diagnóstico tem de partir, necessariamente, da fragilização dos partidos, todos eles, sem exceção, desviados de suas linhas programáticas e tolerando a convivência com corruptos.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
A solenidade será presidida pelo governador Anastasia, se Dilma não puder estar presente. Hoje, o aeroporto está atingindo a marca de 10 mil passageiros atendidos.
Fora o juro
Pelo menos que o estado se livre ou adie indefinidamente os juros que pesam sobre as dívidas que tem acumuladas na União, hoje, bem somadas, de vencimento imediato, em torno de R$ 1 bi. É o tema que a Assembleia Legislativa vai debater, nesta tarde, mas sem desejar que se manifestem apenas os deputados. Sindicatos, entidades civis, federações e servidores públicos também foram convidados a opinar. Na atual conjuntura, os parcos recursos do erário pagam dezembro e o 13º dos servidores, mas o abono de produtividade perde-se de vista.
Estamos, contudo, diante de uma realidade: a bem da verdade, todos os demais estados também são devedores e com eles dividimos nossas aflições.
Resistência
Senador pernambucano Eunício Oliveira, que preside a comissão que estuda a reforma do Código Penal, reconhece que ainda suscita divergências e discussões apaixonadas a proposta de atualização de matéria de tamanha importância. As leis precisam evoluir, principalmente quando é sabido que se trata de um código dos anos 40, quando não havia sido tipificado o crime hediondo, o sequestro era uma raridade e não se conheciam os delitos via internet, até porque ela não existia.
É o código de um Brasil que era rural e hoje é urbano.
Um alívio
Depois de amanhã - está prometido - o Supremo Tribunal Federal vota o destino definitivo da Lei da Ficha Limpa. Ontem, como resultado de uma avaliação das tendências dos ministros, considerava-se como certo que ela vai viger em 2012. Isto posto, chega-se a duas conclusões: 1) o País deverá estar livre da tralha de ladrões contumazes que desembarcam na política, e 2) os bons cidadãos ganham um instrumento de defesa contra eleitores que não são capazes de resistir aos apelos dos candidatos bandidos.
Boa ideia
Acuada diante de uma realidade que coloca sob suspeita a maioria das ONGs que operam no País, a presidente Dilma Rousseff se vê na contingência de examinar alternativas, uma das quais seria a paulatina substituição dessas organizações por instituições mais modernas e resistentes à corrupção. Há uma proposta para que se adote a experiência dos consórcios municipais, que, aliás, têm em Juiz de Fora um modelo exitoso, a Acispes, que atua na área de saúde e vem servindo de base para igual iniciativa em outros estados.
O governo sustou, por um período de trinta dias, a liberação de verbas para as ONGs. Isso não as assusta porque têm caixa para resistir a tão breve falta de oxigênio.
Grito mineiro
Parece não ter alcançado a repercussão merecida a iniciativa de algumas lideranças e partidos políticos de propor uma ação vigorosa em Brasília para que Minas retome, mesmo que apenas em parte, seu antigo prestígio, o que lhe valia tratamento diferenciado da parte do governo federal. A proposta precisa ganhar eco, sem o quê não será ouvido o grito mineiro.
Para ilustrar nossa fase de desprestígio: Minas é a segunda maior população do País e o sétimo na escala da investimentos federais na Saúde.
O custo da campanha
Se não vão além de mero exercício de futurologia as previsões sobre como andará a economia mundial em 2012 e seus reflexos para o Brasil, quem poderia se aventurar a um orçamento, aproximado que seja, em relação ao custo da próxima campanha eleitoral? O máximo que se tem feito, e é o que se faz, não vai além de uma projeção com base em valores atuais. Por exemplo, quanto ao material gráfico de propaganda, estima-se que o encarecimento refletido sobre a campanha de 2010 fique entre 15% e 18%, não muito diferentemente do custo da produção do material de propaganda para os horários gratuitos em rádio e televisão.
Mas o que importa, antes de tudo, é considerar que há candidaturas experimentais ou fruto de aventura e as candidaturas sérias e viáveis à vereança. Quanto a estas, a projeção estaria em torno de R$ 300 mil, um dado que oscila, na dependência de o candidato ser menos ou mais conhecido do eleitorado.
Quanto aos candidatos a prefeito, o que se diz nos partidos, é que o custo da campanha vai depender do potencial político de cada um e do poder de fogo dos que vierem com a simpatia de Brasília ou Belo Horizonte. Mas, no primeiro turno, nada menos de R$ 20 milhões para dar a saída.
Diagnóstico da oposição
Com um campo tão fértil para atuar, por que a oposição não cresce e aparece? Por quê? Ora, porque o poder de manobrar com as dotações e as verbas está concentrado no Executivo. Eis o porquê. É o entendimento de alguns cientistas políticos e oposicionistas confessadamente atordoados, como também Rudá Ricci, que se preocupa com a questão, e vem garimpando uma explicação. Mas, em outros tempos, a capacidade de distribuir o dinheiro dos impostos era a mesma, e os contestadores se mostravam muito fortes.
Querem outros que a oposição está apagada por ser apenas uma oposição parlamentar, não ganha as ruas. Contudo, foi em outros tempos que, sendo nada além de parlamentar, que o oposicionismo de um Carlos Lacerda derrubava governos.
Talvez quando se aprofundar mais na questão seja possível concluir que são várias as explicações, mas o diagnóstico tem de partir, necessariamente, da fragilização dos partidos, todos eles, sem exceção, desviados de suas linhas programáticas e tolerando a convivência com corruptos.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
PPS avalia
O comando do PPS mineiro tem reunião hoje, em Belo Horizonte, para avaliar seus primeiros meses de atuação política no estado e o que vem pensando sobre seu papel no processo eleitoral do próximo ano. O presidente da executiva nacional, Roberto Freire, vai estar presente, e deve deixar como recado aos mineiros a necessidade de uma atuação mais vigorosa contra o governo Dilma.
O PPS está alinhado com o governo Anastasia, e um de seus secretários, Antônio Jorge, da Saúde, é o presidente em Juiz de Fora.
Um ponto a ser tratado na reunião de hoje são as novas filiações. Uma delas é do ex-deputado José Fernando Oliveira, que no ano passado, ainda no PV, disputou o governo do estado.
Bom conselho
A dois novatos pré-candidatos a vereador um amigo comum, veterano observador da política municipal falava sobre as condições básicas e mínimas para quem pretende disputar: ter dinheiro, não menos de R$250 mil para gastar, disposição para subir os morros e muitos amigos para ajudar no dia da eleição, porque é em cima da hora que muitos ganham os votos indecisos.
Nem tanto
Ao menos em duas ou três oportunidades, a presidente Dilma manifestou disposição de não interferir na campanha de 2012, a começar por S.Paulo. Pois é exatamente ali que ela acaba de agir de forma a demover a senadora Martha Suplicy de disputar a prefeitura, cedendo a vez para o ministro Haddad. Foi uma intensa articulação, da qual também participou o presidente Lula.
Desmobilização
Já se percebeu que neste fim de ano não haverá mais condições para mobilizar manifestantes contra a onda de corrupção que varre o País de Norte a Sul. O clima de festa e de expectativas não permite a adesão de multidões, como se pretende. Fica para o próximo ano, mas tem de ser no primeiro trimestre, porque depois o pessoal estará cuidando de convenções e eleições.
Os otimistas
Da mesma forma como os pessimistas veem obstáculos em tudo e nada vale a pena, os otimistas pecam por ter a visão obnubilada. Facilmente recusam a realidade. Parece que estão nesse caso os partidos políticos que vão disputar em Juiz de Fora. Todos anunciam projeto de conquistar três cadeiras de vereador. É uma ofensa à aritmética. Se cada um elegesse três vereadores a Câmara teria de montar umas sessenta cadeiras...
___
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
O PPS está alinhado com o governo Anastasia, e um de seus secretários, Antônio Jorge, da Saúde, é o presidente em Juiz de Fora.
Um ponto a ser tratado na reunião de hoje são as novas filiações. Uma delas é do ex-deputado José Fernando Oliveira, que no ano passado, ainda no PV, disputou o governo do estado.
Bom conselho
A dois novatos pré-candidatos a vereador um amigo comum, veterano observador da política municipal falava sobre as condições básicas e mínimas para quem pretende disputar: ter dinheiro, não menos de R$250 mil para gastar, disposição para subir os morros e muitos amigos para ajudar no dia da eleição, porque é em cima da hora que muitos ganham os votos indecisos.
Nem tanto
Ao menos em duas ou três oportunidades, a presidente Dilma manifestou disposição de não interferir na campanha de 2012, a começar por S.Paulo. Pois é exatamente ali que ela acaba de agir de forma a demover a senadora Martha Suplicy de disputar a prefeitura, cedendo a vez para o ministro Haddad. Foi uma intensa articulação, da qual também participou o presidente Lula.
Desmobilização
Já se percebeu que neste fim de ano não haverá mais condições para mobilizar manifestantes contra a onda de corrupção que varre o País de Norte a Sul. O clima de festa e de expectativas não permite a adesão de multidões, como se pretende. Fica para o próximo ano, mas tem de ser no primeiro trimestre, porque depois o pessoal estará cuidando de convenções e eleições.
Os otimistas
Da mesma forma como os pessimistas veem obstáculos em tudo e nada vale a pena, os otimistas pecam por ter a visão obnubilada. Facilmente recusam a realidade. Parece que estão nesse caso os partidos políticos que vão disputar em Juiz de Fora. Todos anunciam projeto de conquistar três cadeiras de vereador. É uma ofensa à aritmética. Se cada um elegesse três vereadores a Câmara teria de montar umas sessenta cadeiras...
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(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Abrangência
Amanhã, em hora e local ainda não definidos, o vereador Isauro Calais (PMN) e o deputado Bruno Siqueira (PMDB) vão se reunir para conversar sobre o quadro sucessório que se avizinha. Calais é pré-candidato já apresentado pelo partido, enquanto no PMDB cerca de metade do diretório admite como viável a candidatura do deputado. Num primeiro momento, além de estar ou não na disputa, o que eles têm para conversar é a abrangência de uma possível aliança.
Desoneração
Em seu boletim de prestação de contas, que divulgou na terça-feira, o vereador José Sóter Figueirôa reclamou um maior esforço para a reforma tributária, que seja capaz não apenas de desburocratizar e simplificar, mas também combata a guerra fiscal, que ele define como “predatória, antropofágica e suicida”.
O vereador considera que, pelas características da cadeia produtiva, essa reforma tem especial importância para o município.
Rota oposta
Nem sempre as alianças parlamentares têm como objetivo conter ou policiar as atividades do governo, como ainda agora acordam o PSDB e o novato PSD. Decidiram apoiar a ideia de conferir à presidente Dilma a prerrogativa de promover desvinculações de receita da União em até 20%. Com isso, ela poderá rearticular recursos de rubricas diversas, sem que o Congresso possa protestar. É liberdade demais.
Mas, para que essa gentileza se concretize é preciso combinar com os demais partidos.
Prioridades
Depois de terem elaborado amargas queixas quanto ao desprestígio de Minas nas grandes decisões nacionais, o que nos tem valido escassez de recursos para obras, os partidos mais expressivos do estado decidiram atacar. Vão levantar a voz em Brasília, dando-se ao governador Antônio Anastasia a missão de encaminhar as propostas.
Elabora-se uma pauta de reivindicações. Já se sabe que dela constará a duplicação da BR-267 entre Juiz de Fora e Leopoldina, conforme sugestão do deputado Marcus Pestana.
Fala grosso
Animado com o prestígio que ganhou nos últimos dez dias, sob os holofotes da roubalheira que sua gente aprontou no Ministério dos Esportes, sem perder o poder de mando nesse campo generoso, o PCdoB engrossa a voz ao tratar do apoio à reeleição do prefeito Márcio Lacerda, em Belo Horizonte. Só adere depois de saber qual a secretaria que lhe caberá.
Missão
Ainda sobre o PCdoB, que acaba de confirmar seu grande prestígio junto a Dilma, como herança do governo Lula: com o afastamento de Aldo Rebelo, que se tornou ministro dos Esportes, a bancada comunista deve, naturalmente, assumir a defesa dos projetos que deixou para trás. Entre eles, a criação do Dia Nacional do Saci-Pererê, o Programa Nacional Pró-Mandioca e a limitação de expressões estrangeiras no comércio, nas artes e no cotidiano dos brasileiros.
Sinistrose
As enfermidades, quando escolhem pessoas de grande expressão, como é o caso de Lula, costumam gerar interpretações confusas, muitas vezes até se prestam a boatos maldosos. Também não faltam os “urubulinos”, capazes de elaborar previsões as mais sinistras.
O ex-presidente padece de um câncer que os especialistas definem como perfeitamente contornável, mas nem por isso deixam de se antecipar algumas previsões aterradoras. Pois esse câncer, por si só, sem complicações e sem novas surpresas, não vai removê-lo do campo de altas influências no poder. É prematuro, portanto, achar que a presidente Dilma começar a navegar com as suas próprias velas. Lula não ancorou.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))
Desoneração
Em seu boletim de prestação de contas, que divulgou na terça-feira, o vereador José Sóter Figueirôa reclamou um maior esforço para a reforma tributária, que seja capaz não apenas de desburocratizar e simplificar, mas também combata a guerra fiscal, que ele define como “predatória, antropofágica e suicida”.
O vereador considera que, pelas características da cadeia produtiva, essa reforma tem especial importância para o município.
Rota oposta
Nem sempre as alianças parlamentares têm como objetivo conter ou policiar as atividades do governo, como ainda agora acordam o PSDB e o novato PSD. Decidiram apoiar a ideia de conferir à presidente Dilma a prerrogativa de promover desvinculações de receita da União em até 20%. Com isso, ela poderá rearticular recursos de rubricas diversas, sem que o Congresso possa protestar. É liberdade demais.
Mas, para que essa gentileza se concretize é preciso combinar com os demais partidos.
Prioridades
Depois de terem elaborado amargas queixas quanto ao desprestígio de Minas nas grandes decisões nacionais, o que nos tem valido escassez de recursos para obras, os partidos mais expressivos do estado decidiram atacar. Vão levantar a voz em Brasília, dando-se ao governador Antônio Anastasia a missão de encaminhar as propostas.
Elabora-se uma pauta de reivindicações. Já se sabe que dela constará a duplicação da BR-267 entre Juiz de Fora e Leopoldina, conforme sugestão do deputado Marcus Pestana.
Fala grosso
Animado com o prestígio que ganhou nos últimos dez dias, sob os holofotes da roubalheira que sua gente aprontou no Ministério dos Esportes, sem perder o poder de mando nesse campo generoso, o PCdoB engrossa a voz ao tratar do apoio à reeleição do prefeito Márcio Lacerda, em Belo Horizonte. Só adere depois de saber qual a secretaria que lhe caberá.
Missão
Ainda sobre o PCdoB, que acaba de confirmar seu grande prestígio junto a Dilma, como herança do governo Lula: com o afastamento de Aldo Rebelo, que se tornou ministro dos Esportes, a bancada comunista deve, naturalmente, assumir a defesa dos projetos que deixou para trás. Entre eles, a criação do Dia Nacional do Saci-Pererê, o Programa Nacional Pró-Mandioca e a limitação de expressões estrangeiras no comércio, nas artes e no cotidiano dos brasileiros.
Sinistrose
As enfermidades, quando escolhem pessoas de grande expressão, como é o caso de Lula, costumam gerar interpretações confusas, muitas vezes até se prestam a boatos maldosos. Também não faltam os “urubulinos”, capazes de elaborar previsões as mais sinistras.
O ex-presidente padece de um câncer que os especialistas definem como perfeitamente contornável, mas nem por isso deixam de se antecipar algumas previsões aterradoras. Pois esse câncer, por si só, sem complicações e sem novas surpresas, não vai removê-lo do campo de altas influências no poder. É prematuro, portanto, achar que a presidente Dilma começar a navegar com as suas próprias velas. Lula não ancorou.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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