PREFEITURAS FECHADAS
Não
todas, mas certamente muitas prefeituras da região cerram suas portas nesta
segunda-feira para protestar contra o descaso do governo federal em transferir
recursos financeiros que são devidos aos municípios. Em Juiz de Fora, decisão
do prefeito Bruno é a paralisação apenas na sede, funcionando normalmente os
demais órgãos. Em relação aos outros municípios, o protesto dos prefeitos gera
a suspensão dos trabalhos de assistência à saúde na Acispes, que é mantida por
eles em Juiz de Fora.
Em
relação aos protestos contra o governo, um detalhe a considerar: a total
ausência de duas grandes organizações da sociedade brasileira: a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil e a OAB. Em contrapartida, também surpreendendo,
a Maçonaria, sempre discretíssima, está em campo amplamente mobilizada,
criticando o governo e propondo projeto de lei de iniciativa popular para
conter a corrupção.
O
Palácio do Planalto ainda não disse, com clareza, como encara o protesto nas
manifestações de rua. Não se sabe se vai continuar tolerando, em nome do
direito da liberdade de manifestação, ou se criará algum plano de ações de
resistência.
FOLCLORE
Ficou
no esquecimento o Dia do Folclore, anualmente comemorado em 22 de agosto. O
País se debate com tantos e tão graves problemas, que entidades culturais
públicas e privadas preferiram deixar a data passar em branca nuvem.
Mas
ficou algo: no bojo das celebrações do centenário de nascimento do professor
Wilson de Lima Bastos foi proposta a reorganização do Centro de Estudos
Sociológicos, que Lima Bastos criou exatamente para promover o estudo e a
preservação da riqueza folclórica de Juiz de Fora e da região.
TÁTICA
Depois
de anunciar a suspensão do pagamento antecipado de metade do 13º, o que gerou
descontentamento entre os aposentados, o governo retificou a decisão, e promete
que um pedaço da parcela virá em setembro. No Ajuste Fiscal, outro polo de
protestos, a primeira proposta veio amarga e sinistra, mas logo depois foram
consentidas emendas paliativas.
O
governo vem agindo com a tática de anunciar o pior para depois ceder no menos
ruim. Como um médico diante do paciente, quando pinta um quadro grave, para
depois dizer que não é bem assim...
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