VELHA MALDIÇÃO
A presidente
Dilma atravessa agosto, mês dos desgostos e dos maus presságios, procurando
recursos cirúrgicos capazes de salvar o pouco prestígio que resta em seu
governo, onde a fartura de enfermidades se agrava diante de um ministério que
não sabe o que fazer em meio a essa tempestade; e se soubesse, teria grandes
dificuldades diante do desafio do como fazer. Há um clima de desesperança a
caminho do desespero.
A situação
se agrava diante de um fato singular: a Oposição, ainda que pretenda à beira do
abismo contribuir para que a crise pelo menos preserve as instituições, pouco
pode fazer, porque suas lideranças se dividem diante da iminência dos despojos.
Uma ala, do grupo de Aécio Neves, quer que Dilma seja substituída logo, pela
via de eleição presidencial ainda este ano. Outra ala, inspirada pelos
paulistas, prefere ver o governo Dilma sangrando até o fim, na suposição de que
dessa forma obterá a vitória de Geraldo Alckmin para o Planalto.
Tudo isso
ajudando a alimentar uma velha conhecida nossa: a maldição do segundo mandato.
Foi assim com Lincoln, assassinado; com Nixon, que sofreu impeachment; com
George Pompidou, derrubado por um câncer quando governava a França pela segunda
vez; Getúlio, que se suicidou; De Gaulle, vencido pelo plebiscito de 69.
A História é
hábil em ciladas, e a presidente deve saber disso.
CARNAVAL DUVIDOSO
O prefeito
Bruno Siqueira está de volta à cidade, depois de dez dias de férias, para
enfrentar um quadrimestre que não traz perspectiva de superação da crise
financeira, crise que não é só de Juiz de Fora, mas das prefeituras do Brasil
inteiro. O Brasil está falido e os municípios solidários compulsórios na
indigência.
No sábado
expira o prazo dado às escolas de samba para que informem se aceitam ou não a
oferta de R$ 900 mil para o desfile de 2016. Graças à crise, nem um real a
mais.
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