Diferentemente
Ao falar nas diferenças
entre a atual campanha para a prefeitura e as que a antecederam, e que
são várias, não se pode considerar, em primeiro lugar, o papel do
prefeito, a quem se atribui o favor da máquina quando disputa a
reeleição. Em outros tempos, sendo ou não candidato a um novo mandato, o
prefeito era sempre a primeira e principal vítima dos opositores, apanhando
muito.
Não é o que está
ocorrendo com Bruno Siqueira, que postula permanecer no cargo nos próximos
quatro anos. Nem dos adversários do PT ele tem sofrido agressões, mesmo
porque até recentemente os petistas e o PMDB do prefeito eram aliados no
governo federal, e permanecem aliados no plano do governo estadual.
No caso local e presente
quem vem batendo com vigor no prefeito e em sua administração é o deputado
Lafayette Andrada, que disputa o mesmo cargo. Sendo ele o único a assumir esse
papel, políticos admitem que, qualquer que seja o desempenho do deputado
nas urnas do mês que vem, e se Bruno for eleito, Lafayette assumirá o comando
da oposição municipal, o que não é pouco para quem tem longos projetos
políticos.
Outra campanha seguinte
Ainda que para muitos
imperceptível, a campanha eleitoral de 2018 já começou, sem atropelar ou
danificar a municipal que estamos vivendo hoje. O combate que o PT e seus
aliados vêm dando ao governo mostra que o objetivo é não deixar Temer
andar, criando-lhe dificuldades possíveis e impossíveis; objetivo que não
exclui oposição ao plano de privatizações, embora os governos Lula e Dilma
também tenham visto aí uma rota para desobrigar o Estado de responsabilidades
genuinamente empresariais.
Essa oposição e os
planos do PT para a retomada do poder têm dois estágios, nitidamente
identificados. O primeiro é ver sepultadas as possibilidades de dona Dilma
candidatar-se em 2018, depois de um féretro com sentidas comoções. Um segundo
desafio é lutar tanto e até quando for possível para salvar Lula das garras do
juiz Moro. Salvando-se, mas dependendo dos estragos em sua passagem pela Lava
Jato, ele se viabiliza como candidato natural da oposição.
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