sexta-feira, 9 de setembro de 2016






Tendências


A eleição municipal, até a presente data não apresenta surpresas em termos de pesquisas de intenção de voto. Com menos de um mês para o primeiro turno, no dia 2 de outubro, os resultados de pesquisas, sendo registradas ou não, demonstram a existência de três candidaturas no grupo dianteiro da disputa. O prefeito Bruno Siqueira (PMDB), a deputada federal Margarida Salomão (PT) e o deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), tecnicamente empatados. Dois deles irão para o segundo turno.

Se não acontecer um fato novo (difícil neste curto prazo) os demais concorrentes terão dificuldade para ameaçar o protagonismo dos três citados. Em comentários informais, um ano atrás, esse trio já se situava na dianteira das intenções de voto dos entrevistados.
Há uma lógica nisso, pois já são políticos com mandatos, e que tiveram bom desempenho eleitoral nos últimos pleitos.

O prefeito Bruno Siqueira ao candidatar-se à reeleição tem a oportunidade de prestar contas das realizações do mandato, credenciando-se a disputar mais um mandato. A deputada Margarida Salomão disputa a prefeitura pela terceira vez, e nas anteriores sempre foi para o segundo turno. E conta também com a militância petista, que comparece nas suas campanhas, apesar de divergentes tendências contidas no PT.

O deputado Noraldino Júnior disputa a majoritária municipal pela primeira vez, mas já foi eleito vereador por duas vezes, e o mais votado da cidade na última eleição para a Assembléia Legislativa. É também oriundo do segmento bejanista, pois surgiu na política local sendo do primeiro escalão do último governo do prefeito alberto bejani, que não concluiu o mandato, preso por envolvimento com atividades criminosas.

As demais candidaturas ainda não aparecem bem colocadas nas pesquisas, devido também ao pouco tempo de campanha, o que dificulta visibilidade maior por parte do eleitorado. Mas é bom lembrar que a pesquisa reflete o período da aplicação dos questionários; e na política as coisas podem mudar de uma hora para outra.



Notas


1) Os programas eleitorais até agora apresentados na TV tocam o cuidado de mostrar apenas qualidades e propósitos dos candidatos, e alguns prejudicados pelo reduzido tempo que a proporcionalidade partidária lhes dá na tela.

Nota-se que não se fala nos partidos. Alguns candidatos mais cuidadosos nem tratam da filiação e suas alianças. Os partidos, cada vez mais esvaziados, pecam pela pobreza dos programas. Quanto aos compromissos ideológicos nem se fala.

É o que faz prever, para outubro, uma queda nos chamados votos puros de legenda, isso é, o voto do eleitor que não opta por um dos candidatos, mas vota apenas no partido de sua simpatia.


2) Um fenômeno interessante na atual campanha, sem dúvida fato inédito: o governo Fernando Pimentel em Minas não tem quem o defenda nem quem o critique. Transita virgem sobre as graves dificuldades que vive, agravadas agora com o PT fora do Planalto.


3) Muitos estarão lembrados. Durante não menos de dez anos as lideranças locais trabalharam para que Juiz de Fora contasse com um grande cento de convenções, exposições e congressos. O Expominas acabou chegando, mas só raramente não fica condenado às moscas. Pouco se faz, quase nada se promove ali.

Um projeto a ser pensado, sem que para tanto sejam exigidos grandes sacrifícios, é a realização de uma feira industrial permanente do Sudeste mineiro. Se for assim, certo de que multidões afluirão,  que se conte com a boa vontade da Polícia Rodoviária, que  se revela ávida na aplicação de multas sobre motoristas que ocasionalmente ocupam acostamentos durante os raros eventos.






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