Tendências
A
eleição municipal, até a presente data não apresenta surpresas em termos de
pesquisas de intenção de voto. Com menos de um mês para o primeiro turno, no
dia 2 de outubro, os resultados de pesquisas, sendo registradas ou não,
demonstram a existência de três candidaturas no grupo dianteiro da disputa. O
prefeito Bruno Siqueira (PMDB), a deputada federal Margarida Salomão (PT) e o
deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), tecnicamente empatados. Dois deles
irão para o segundo turno.
Se
não acontecer um fato novo (difícil neste curto prazo) os demais concorrentes
terão dificuldade para ameaçar o protagonismo dos três citados. Em comentários
informais, um ano atrás, esse trio já se situava na dianteira das intenções de
voto dos entrevistados.
Há
uma lógica nisso, pois já são políticos com mandatos, e que tiveram bom
desempenho eleitoral nos últimos pleitos.
O
prefeito Bruno Siqueira ao candidatar-se à reeleição tem a oportunidade de
prestar contas das realizações do mandato, credenciando-se a disputar mais um
mandato. A deputada Margarida Salomão disputa a prefeitura pela terceira vez, e
nas anteriores sempre foi para o segundo turno. E conta também com a militância
petista, que comparece nas suas campanhas, apesar de divergentes tendências
contidas no PT.
O
deputado Noraldino Júnior disputa a majoritária municipal pela primeira vez,
mas já foi eleito vereador por duas vezes, e o mais votado da cidade na última
eleição para a Assembléia Legislativa. É também oriundo do segmento bejanista,
pois surgiu na política local sendo do primeiro escalão do último governo do
prefeito alberto bejani, que não concluiu o mandato, preso por envolvimento com
atividades criminosas.
As
demais candidaturas ainda não aparecem bem colocadas nas pesquisas, devido
também ao pouco tempo de campanha, o que dificulta visibilidade maior por parte
do eleitorado. Mas é bom lembrar que a pesquisa reflete o período da aplicação
dos questionários; e na política as coisas podem mudar de uma hora para outra.
Notas
1) Os programas eleitorais até agora apresentados na TV tocam o
cuidado de mostrar apenas qualidades e propósitos dos candidatos, e alguns
prejudicados pelo reduzido tempo que a proporcionalidade partidária lhes dá na
tela.
Nota-se que não se fala nos partidos. Alguns candidatos mais
cuidadosos nem tratam da filiação e suas alianças. Os partidos, cada vez mais
esvaziados, pecam pela pobreza dos programas. Quanto aos compromissos
ideológicos nem se fala.
É o que faz prever, para outubro, uma queda nos chamados votos
puros de legenda, isso é, o voto do eleitor que não opta por um dos candidatos,
mas vota apenas no partido de sua simpatia.
2) Um fenômeno interessante na atual campanha, sem dúvida fato
inédito: o governo Fernando Pimentel em Minas não tem quem o defenda nem quem o
critique. Transita virgem sobre as graves dificuldades que vive, agravadas
agora com o PT fora do Planalto.
3) Muitos estarão lembrados. Durante não menos de dez anos
as lideranças locais trabalharam para que Juiz de Fora contasse com um grande
cento de convenções, exposições e congressos. O Expominas acabou chegando, mas
só raramente não fica condenado às moscas. Pouco se faz, quase nada se promove
ali.
Um projeto a ser pensado, sem que para tanto sejam exigidos
grandes sacrifícios, é a realização de uma feira industrial permanente do
Sudeste mineiro. Se for assim, certo de que multidões afluirão, que se
conte com a boa vontade da Polícia Rodoviária, que se revela ávida na
aplicação de multas sobre motoristas que ocasionalmente ocupam acostamentos
durante os raros eventos.
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