sexta-feira, 10 de março de 2017






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São frequentes as queixas formuladas contra a preferência da imprensa pelo negativo, ainda mais ferozes quando se denuncia que o crime e o pecado recebem mais publicidade do que os comportamentos exemplares. Pois deveríamos gostar e aplaudir essa preferência, porque o mal ainda é recebido como novidade, algo não comum no dia a dia das pessoas e das nações. Lamentável a hora em que a bondade e a integridade se tornarem tão raras, que precisem ocupar as páginas dos jornais e os horários da televisão. O ruim ainda é exceção, novidade. Ótimo que o avião desça normalmente no aeroporto. Mas é o comum, não será notícia, ao contrário daquele que caiu no mar. Se todos os brasileiros recebessem propina das empreiteiras a Lava-Jato já teria ido para o arquivo morto, por total desinteresse.

É antiga a queixa contra a imprensa, que já nasceu preferindo se ocupar do mal, embora prefira o bem. Queixoso também foi o embaixador Adllai Stevenson, que disputou duas vezes a presidência dos Estados Unidos:

- Eu sei o que fazem os jornalistas. Eles separam o joio do trigo, e publicam o joio...






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