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São frequentes as queixas formuladas contra a preferência da
imprensa pelo negativo, ainda mais ferozes quando se denuncia que o crime e o
pecado recebem mais publicidade do que os comportamentos exemplares. Pois
deveríamos gostar e aplaudir essa preferência, porque o mal ainda é recebido
como novidade, algo não comum no dia a dia das pessoas e das nações. Lamentável
a hora em que a bondade e a integridade se tornarem tão raras, que precisem
ocupar as páginas dos jornais e os horários da televisão. O ruim ainda é
exceção, novidade. Ótimo que o avião desça normalmente no aeroporto. Mas é o
comum, não será notícia, ao contrário daquele que caiu no mar. Se todos os
brasileiros recebessem propina das empreiteiras a Lava-Jato já teria ido para o
arquivo morto, por total desinteresse.
É antiga a queixa contra a imprensa, que já nasceu preferindo se
ocupar do mal, embora prefira o bem. Queixoso também foi o embaixador Adllai
Stevenson, que disputou duas vezes a presidência dos Estados Unidos:
- Eu sei o que fazem os jornalistas. Eles separam o joio do trigo,
e publicam o joio...
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