QUEDA-DE-BRAÇO
Para entendermos o caso, vamos recorrer à história recente:
Em dezembro, o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Luiz Fux suspendeu a tramitação da matéria, anulando todas as
fases percorridas pelo projeto, inclusive as diversas alterações promovidas
pelos deputados até a votação final na Câmara. Uma das medidas incluídas pelo
Legislativo no projeto foi a que trata dos crimes de responsabilidade para
punir juízes e membros do Ministério Público.
Luiz Fux ordenou o retorno do citado projeto à
Câmara, por considerar a existência de uma “multiplicidade de
vícios”. O mandado de segurança que deu origem à decisão
judicial foi impetrado pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP).
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) fez, então, um acordo com o Ministro Fux. O ministro
determinou a conferência pela Câmara das assinaturas dos apoiadores da
proposta. Então, Maia, em fevereiro, solicitou que o trabalho fosse
executado pela Secretaria-Geral da Mesa e atestado pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). O presidente da CCJ, deputado
mineiro Rodrigo Pacheco (PMDB), encaminhou de volta ao presidente da Câmara o polêmico
projeto de iniciativa popular, considerando válidas 1,7 milhão
de assinaturas de endosso do projeto, e o atendimento da quantidade
legal necessária.
A história precisa ser contada com detalhes para que os leitores percebam como acontecem os lances no jogo de poderes no Brasil. O indigitado projeto das dez medidas tornou-se uma verdadeira ‘queda-de-braço’ dos políticos (alvos de investigações) e os membros do Ministério Público Federal. A classe política anda incomodada com o futuro da ‘Operação Lava Jato’, pois uma parcela considerável será atingida pelas investigações em curso. Mesmo que devamos reconhecer os excessos cometidos por autoridades em relação aos políticos, precisamos reconhecer que os políticos querem frear as iniciativas da Polícia Federal e do MPF.
A história precisa ser contada com detalhes para que os leitores percebam como acontecem os lances no jogo de poderes no Brasil. O indigitado projeto das dez medidas tornou-se uma verdadeira ‘queda-de-braço’ dos políticos (alvos de investigações) e os membros do Ministério Público Federal. A classe política anda incomodada com o futuro da ‘Operação Lava Jato’, pois uma parcela considerável será atingida pelas investigações em curso. Mesmo que devamos reconhecer os excessos cometidos por autoridades em relação aos políticos, precisamos reconhecer que os políticos querem frear as iniciativas da Polícia Federal e do MPF.
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