"Em conflito com a lei"
O Brasil mudou na
abordagem da corrupção na vida pública. Antes neste País não se podia imaginar
notícias tais como:
"O
Presidente Michel Temer se transformou no primeiro mandatário do
Brasil denunciado à Justiça pela prática de crime cometido durante o
seu mandato.'
'Sentença do juiz
Sérgio Moro que condenou o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva a 9
anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro no caso do apartamento triplex, dentro das investigações da
Operação Lava Jato, foi distribuída no Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
em Porto Alegre, na quarta-feira, 23/8.'
'O
senador Fernando Collor de Mello virou réu em uma ação da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente da
República é acusado de receber R$ 30 milhões em propinas de uma subsidiária da
Petrobras.'
Com isto temos
alguns ocupantes do Palácio do Planalto em situação de conflito com
a lei. É inegável que houve uma mudança institucional. Parece que as
autoridades da Polícia Federal, Ministério Público Federal e da Justiça Federal
resolveram agir de forma coordenada no enfrentamento ao crime denominado no
passado de "colarinho branco", mesmo que as consequências cheguem ao
"andar de cima" da política brasileira. Há quem considere
que estas ações são consequências do amadurecimento institucional
adquirido a partir da Constituição Federal de 1988.
Reforma política em pauta
A Câmara Federal atualmente só tem uma pauta prioritária que
é apreciar o relatório da reforma política produzido pelo deputado
Vicente Cândido (PT-SP). Ele introduziu o Fundo de Financiamento da Democracia
(financiamento público), um novo sistema eleitoral denominado "distritão"
(que pode ser chamado de 'estadão'), e outras possibilidades de mudança não tão
relevantes.
Até hoje não há consenso em torno das proposições do relator sobre
financiamento e sistema eleitorais. Está evidente o desejo explícito dos atuais
deputados de reelegerem-se aprovando uma legislação casuística.
No caso do financiamento eleitoral deveriam ser mantidas as mesmas
regras das eleições municipais, somente permitidas as doações individuais. isto
só baratearia as campanhas eleitorais. Alguém diria que o denominado 'caixa-dois'
seria largamente utilizado. Entretanto, quem utilizar desse expediente sabe o
risco que estará correndo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário