terça-feira, 17 de outubro de 2017







Uma cadeira no Senado


As duas cadeiras proximamente vagas na bancada de Minas no Senado são hoje tema de muita especulação nos meios políticos. Explica-se: os ingredientes da eleição são incertos e o destino dos postulantes cercado de muitas dúvidas. Em nada se pode apostar.

Primeiro, para confirmar o que sempre acontece – e não é de hoje – quando o partido chega a escolher esse candidato é porque já compôs, não compôs ou pretende compor na formação da chapa de governador. Quem não pode o mais pode o menos. A cadeira do senador, de fato, muitas vezes foi o destino dos que não tiveram vez na corrida para o Palácio da Liberdade.  Hoje, na capital, uma corrente política pretende fazer o atual governador, Fernando Pimentel, candidato a uma das duas vagas, o que, sendo eleito, lhe daria condições de preservar a necessária imunidade, e com ela enfrentar suspeitas de graves denúncias. As pesquisas estimulam essa corrente, mostrando que Pimentel está bem no Interior, embora nem tanto na capital e na grande BH.

O problema para os petistas poderia ser a importação da candidatura de Dilma Rousseff, já que outro caminho não lhe resta. Bastaria avocar sua naturalidade mineira para se manter no cenário do qual foi alijada pelo impedimento.

Uma indagação cercada de reticências é Aécio Neves, que vinha como candidato natural à reeleição, mas isso passou a  ficar na dependência de suas desventuras junto ao Supremo Tribunal e o próprio Congresso. Não faltam tucanos achando que possa ser melhor para Aécio virar deputado federal, com uma eleição tranquila.

Nas hostes do PMDB o prefeito Bruno Siqueira já foi convidado a disputar uma das duas cadeiras. Para tanto, além de pretender levantar a bandeira da renovação, o partido lança mão de um apelo que é também um compromisso: continuar a obra de seu padrinho político, Itamar Franco, que esteve no Senado em três mandatos, o terceiro ceifado no oitavo mês pela “indesejada das gentes”, como diria Bandeira. O assunto é de domínio público. Só Bruno não fala. Não confirma, mas também não nega. Dele sabe-se apenas que só entraria na disputa se a conjuntura lhe garantir a possibilidade de êxito. 








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