Eleição 2024 em pauta (XXII)
1 - Fuad Noman (PSD), prefeito de Belo Horizonte, que assumiu com a renúncia de Alexandre Kalil (PSD), ainda não decidiu se vai concorrer à reeleição, segundo seu secretário de Assuntos Institucionais, Claudiney Dulin, numa entrevista, na terça-feira, à FM O Tempo.
Explica o secretário: “A gente tem uma prefeitura e uma administração bem avaliada e um prefeito que é pouco conhecido. Prefeito Fuad é pessoa extremamente discreta, que passa pela administração de forma muito sutil.", afirma o secretário.
2 - Um atento observador da cena política, ao ouvir a entrevista relembrou situação singular em passado recente de Juiz de Fora, quando o vice-prefeito Antônio Almas (PSDB) sucedeu ao prefeito Bruno Siqueira (MDB), reeleito em 2016, e que renunciou no início de 2018, com a intenção de candidatar-se ao Senado Federal. Avalia o observador: "Almas assumiu a Administração como prefeito interino, e não implementou sua marca. As dificuldades administrativas, devido aos recursos insuficientes, e, em seguida, a pandemia trouxeram desgastes ao prefeito pelas restrições de serviços decorrentes da emergência sanitária. Acarretaram a inviabilidade para a reeleição. .
3 - A ministra do STF Cármen Lúcia Antunes Rocha tomou posse, na semana passada, como vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Eleita por 6 votos a 1, ela ocupará o posto deixado pelo ministro aposentado Ricardo Lewandowski. Cármen Lúcia assumirá a presidência da corte em junho de 2024. Comandará o processo das próximas eleições municipais.
4 - Empresários preocupados com a sucessão municipal acreditam que há espaço para entrar na disputa, atrelados a um projeto que prioriza a reinserção de Juiz de Fora no mapa de grandes empreendimentos industriais. Não dizem claramente, mas confiam mais é num desastroso desempenho do presidente Lula e seus reflexos no município. Um primeiro passo, já para ser dado até setembro próximo, é ouvir Wilson Rezato, que saiu da última eleição em segundo lugar, com votação expressiva. Mesmo que não pretenda disputar, tem cabedal para opinar e influir.
5- Amanhã, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, estará reunido com representantes dos Tribunais Regionais Eleitorais de todo o país. O principal tema em discussão é a unificação de procedimentos de segurança nos próximos pleitos municipais e nacional. O mesmo tema será tratado pelo TRE de Minas Gerais nos dias 2 e 3 de junho, em Belo Horizonte.
6 –O PT da cidade pode ser instado a antecipar esquema para a eleição do próximo ano, o que parece ser consequência natural da decisão de Juanito Vieira de sair da presidência, prevista para só acontecer no próximo ano. Alega questões particulares para não permanecer, mas é certo que contribuem dificuldades financeiras do partido. No final do ano passado, o PT teve de entregar o imóvel onde funcionava a sede do diretório. O problema de sempre: aos que se elegem pela legenda parece desagradável desembolsar a contribuição prevista no estatuto.
7 – Uma tarefa que aguarda a prefeita Margarida é buscar solução conciliatória na reorganização do comando partidário. O que nem sempre se alcança com facilidade, porque há correntes internas, que postulam participação, no partido ou nos quadros da prefeitura.
8 - Há uma confiança que os políticos da direita vêm alimentando. Acham que em breve, aproximando-se as eleições municipais, o Nordeste brasileiro estará mudado. A expectativa deles e de seus partidos direitistas é que a região mude logo, porque só faltaria isso para o país alavancar. A conferir.
9 - A juíza Márcia Santos Capanema de Souza, da 23ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, cassou o mandato do deputado federal e ex-prefeito da capital Marcelo Crivella (Republicanos), e torná-lo inelegível pelos oito anos subsequentes às eleições municipais de 2020. Ele é acusado, quando prefeito, de liderar o esquema Guardiões do Crivella, em 2020, para impedir reportagens sobre a área da saúde na cidade. A persistir a decisão no STF, o partido (ligado à Igreja Universal) terá de procurar alternativa para disputar em 2024.
Têm razão as mulheres de todo o mundo, quando celebram as datas que marcaram sua luta pela igualdade do exercício do voto, muitas décadas legalmente reconhecida como direito restrito à população masculina. A Nova Zelândia se ufana, com justificado orgulho, de ter sido o primeiro país do mundo a reconhecer o voto feminino. Foi em 1893. No Brasil, esse reconhecimento chegou em 1932, mas pouco adiantou, porque logo veio a ditadura varguista. Ditaduras nunca se deram bem com o voto, seja masculino ou feminino.