Eleição 2024 em pauta (XXI)
1 - As temáticas para uma campanha eleitoral que começa a prosperar já no final do próximo semestre podem incluir questões não propriamente políticas, mas excitantes. Dois exemplos: 1 – as divergências e debates sobre relações entre ambientalistas e empresas, como ocorre agora com importante projeto da Petrobras; e 2- os incidentes provocados pelo racismo, um problema que acirra e cresce exatamente quando se pretende combatê-lo.
2- Em Belo Horizonte, aonde foi para conversar com lideranças petistas e de partidos aliados, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deixou claro na entrevista ao jornal O Tempo:
“Com certeza queremos ampliar o nosso número de prefeitos, prefeitas, de vereadores e vereadoras, principalmente, mas óbvio que nós temos a Federação, vamos conversar entre nós, quais são os candidatos com mais competitividade em cada município, e fazer uma avaliação da situação política, mas, com certeza, o nosso foco é ampliar”, disse.
O que significa que os olhares já se concentram em 2026.
3 – Aqui, como em capitais e grandes cidades, a questão do transporte coletivo também vai se destacando como tema para a campanha dos candidatos a prefeito. O setor vem sofrendo dificuldades, agravadas com a pandemia, quando se observou acentuado retraimento de volume de usuários. No caso de Juiz de Fora, há que se notar a ausência da alternativa dos trens e metrôs; só ônibus.
O jornal O Pharol analisou a questão local:
“ Outro assunto, que traz inquietações aos trabalhadores rodoviários, são demissões futuras e atuais dos trocadores de ônibus, transferindo sua tarefa para os motoristas que, já nos finais de semana, acumulam a dupla função, e com a sinalização de essa função se estender para demais dias da semana”.
A prefeita Margarida tem que se preparar para futuros debates sobre este serviço essencial, que em Juiz de Fora já consome robusto subsídio.
4 - O PSDB recebeu a notícia da desfiliação do ex-deputado Marcus Pestana, mas parece disposto a não dar maior importância ao fato; até porque, antes, do partido já haviam saído expressões como Alkmin e João Dória. Pestana foi convidado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para a direção do Instituto Fiscal Independente. Mas ainda precisa ser sabatinado pela Casa.
5 -Se acontecer – tudo é possível - a Federação PSDB, MDB, Cidadania e Podemos, para as eleições municiais do ano que vem e a presidencial de 2026, pode se transformar na onda política capaz de sinalizar alternativa para os projetos de Lula e Bolsanaro. Nisso têm apostado defensores de ampla aliança partidária centro-esquerda.
6 -A observação consta de nota do Jornal do Brasil, na terça-feira:
“Com razoável antecedência, já é possível admitir a repetição de defeito grave para o processo eleitoral de 2024, graças a uma velha conhecida nossa, a impunidade. Outra coisa não se pode imaginar depois que a Câmara dos Deputados admite anistiar os partidos que, em pleito anterior, descumpriram as cotas destinadas a mulheres e negros nas chapas de candidatos, historicamente excluídos do processo.
De tão absurda, a decisão poderia tolerar um toque de ironia. Vagarosa muitas vezes, omissa em outras, a Câmara dos Deputados - reconheça-se – também tem seus momentos de eficiência. Ainda agora, no episódio dos partidos irregulares, consegue ombrear, na mesma linha de agressão à lei, governistas e oposicionistas, remove as divergências, passa por cima da seriedade e admite, no gesto criminoso, que a formação de chapas de candidatos é tarefa que cabe apenas aos interesses dos caciques desses pobres partidos de fantasia”.
7 -Projeto destinado a estimular diretórios municipais do MDB a se preparem para o período pré-eleitoral e eleitoral, visando às eleições de 2024, foi desencadeado na semana passada. O projeto é desenvolvido pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), que produziu vídeos transmitidos pelo YouTube, sobre temas pertinentes à capacitação dos emedebistas.
O juiz-forano Carlos Aberto Lúcio Bittencourt (1911-1955) foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro, eleito deputado federal em 1950, e depois senador. Foi, logo depois, lançado candidato ao governo de Minas, concorrendo com Bias Fores, do PSD, e Bilac Pinto, da UDN. Um detalhe de uma campanha de grandes limitações, é que ele, praticamente, correu todo o Estado, pois chegou a todos os municípios onde pudesse pousar um avião. A partir dali ia falar nas redondezas. Em 9 de setembro de 1995, às 14 hs, viajava para Araçuaí, quando o Cesna PT-AIF em que viajava caiu em Itaopim, município de Medina. Bittencourt morreu no local.
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