Eleição 2024 em pauta (XVIII)
1 - Kennedy Ribeiro está fadado a se tornar o mais discreto vice-prefeito da História de Juiz de Fora. Dois anos depois de ser eleito, em aliança com o PT, não tem gabinete, não despacha nem se aproveita de eventuais ausências da titular. Mas, agora, para não continuar esquecido, é lembrado pelo presidente da Câmara, José Márcio, que mandou citá-lo na reedição da História de Juiz de Fora, de Paulino de Oliveira.
2- Segundo a BBC Brasil, os desgastes de Lula e as próximas eleições municipais são fatores que mais influenciaram para o retorno do ex-presidente Bolsonaro ao Brasil, após a temporada de alguns meses nos Estados Unidos.
3 - A estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para eleger prefeitos na eleição municipal de 2024 está focada em cidades menores, com até 200 mil habitantes, onde não há segundo turno. Os estrategistas do PL apostam que naquelas cidades o ex-presidente pode se dedicar mais, porque, acredita-se, com seu apoio transfere de 20% a 30% de votos para um candidato que seja aliado.
4 - Torna-se cada vez mais evidente que está em construção o projeto destinado a levar para um mesmo palanque, os governadores Tarcísio Freitas e Romeu Zema. Em São Paulo, na abertura de um evento do agronegócio, Tarcísio disse que tem acertado porque se espelha no colega mineiro.
5- A Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, noticia articulações para eleições municipais do ano que vem. Em Juiz de Fora, a tendência é que PSD, base de Lula, apoie a reeleição de Margarida Salomão (PT). Na capital pode ocorrer o contrário: petistas apoiarem a reeleição de Fuad Noman.
6 - Na semana passada, segundo a “Tribuna de Minas”, a Universidade Federal realizou no campus a abertura do Fórum Permanente de Prefeitos e de Prefeitas da Zona da Mata.
Também há previsão de realização, em junho, do Fórum Permanente de Prefeitos e de Prefeitas da Região do Vale do Rio Doce, na microrregião de Governador Valadares, no campus avançado.
São, no entender de observadores políticos, espaços de articulação da prefeita, com vistas à eleição majoritária para o Senado, em 2026.
Sob os auspícios da UFJF, onde foi reitora por dois mandatos, ela tem no reitor Marcus David um aliado. Ele poderia ser o futuro vice-prefeito na chapa de reeleição de Margarida.
Caso a prefeita consiga ser interlocutora dos colegas junto ao governo do presidente Lula, das duas grandes regiões mineiras, pode estar pavimentando caminho para a campanha de 2026.
7 – Não só o próprio Bolsonaro, mas vários membros do governo anterior acham que e ex-primeira dama Michelle reúne, mais que o marido, melhores condições para disputar o Senado, por Brasília, em 2026.
8 – Remissão. Depois de tudo que anda dizendo, fazendo ou deixando de fazer, o senador mineiro Rodrigo Pacheco lavra um ponto, ao propor que o Congresso reinicie estudos sobre o fim da reeleição para cargos majoritários. Desde Fernando Henrique, primeiro a beneficiar-se, a reeleição já demonstrou que não deu certo.
Um possível e natural obstáculo está nos governadores e prefeitos que se elegeram pela primeira vez.
9 - O jornal “Estado de Minas” informa que o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) vai disputar a prefeitura de Belo Horizonte em 2024. O parlamentar disse que recebeu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que “missão dada é missão cumprida”. O PL-MG tem o nome do deputado Federal Nicolas, o mais votado do país, e o mais lembrado do partido em pesquisa de opinião na capital mineira. Na política mineira costuma-se dizer que "candidatura antecipada é candidatura queimada".
Antônio Carlos, secretário estadual de Finanças, prefeito da capital, senador estadual, vereador e agente executivo de Juiz de Fora em 1907, deputado federal, ministro da Fazenda, presidente de Minas, constituinte em 1934, de novo deputado federal em 1935-37.
A Constituição de 34 eliminou a figura do vice-presidente da República. A maior autoridade republicana era substituída, nas eventualidades, pelo presidente da Câmara. Em maio de 35 Getúlio Vargas viajou para Uruguai e Argentina, ocupando a Presidência Antônio Carlos, que ficou no cargo até 17 de maio. Recusou-se a receber o dinheiro correspondente àquele período, alegando que a Presidência sempre foi seu sonho, e por isso não podia ser remunerado.
Toda a vida política de Antônio Carlos esteve vinculada a Juiz de Fora. Por capricho do destino, ao morrer, em 1º de janeiro de 1946, quem o assistia, junto à cama, era o médico juiz-forano Pedro Nava.
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