Eleições municipais 2024 ( L)
Candidato
Na solenidade em que seu filho assumia cargo na diretoria do Tupi Futebol Clube o ex-prefeito Alberto Bejani dizia, a amigos e correligionários, que é candidato a voltar à prefeitura na eleição de 2024. Essa disposição ele já havia anunciado, dias antes, durante uma visita à feira dominical. Bejani, ainda que indagado, não disse a que partido pretende filiar-se.
Insegurança
A crise da segurança pública no Sudeste (e outras regiões) poderá ser o melhor cabo eleitoral das próximas eleições. A segurança é tarefa dos governadores, mas pode influenciar no perfil dos prefeitos que querem se eleger, avaliam alguns analistas políticos.
A direita tem projetos mais pragmáticos para essa política pública, com foco na repressão, o que é capaz de angariar mais votos. A esquerda ainda não consegue encontrar o foco no tema, segundo as mesmas avaliações.,
Os estudiosos do fenômeno da crescente violência nas grandes cidades afirmam que não existe solução simples para problema tão complexo.
As eleições municipais de 2024 devem proporcionar intenso debate sobre a escalada da violência, e como a administração municipal pode dar enfrentamento a essa questão.
Novos nomes
Polêmico na Câmara de Belo Horizonte é o projeto que pretende mudar algumas placas de ruas, que ostentam nomes de personalidades e datas ligadas ao golpe de estado de 64. Exemplo: a rua 31 de Março passaria a ser Edgar Matta Machado. O assunto desperta muita discussão, não apenas por reacender divergências ideológicas, mas porque mudanças dessa natureza causam muitos problemas para moradores e serviços públicos.
Em Juiz de Fora, com o mesmo propósito de apagar memória da ditadura, já houve movimento para retirar a homenagem a Garrastazu Médici e Costa e Silva em logradouros. Mas houve quem indagasse o que fazer então com as placas de outros ditadores, como Floriano Peixote e Getúlio Vargas…
“Fundão”
O Congresso Nacional ainda não definiu valor do financiamento das eleições municipais de 2024, que poderá atingir a cifra de R$ 5 bilhões. Mas o aumento do chamado “fundão” pode deixar parlamentares com menos emendas no orçamento federal do próximo ano.
Segundo o jornal Estado de São Paulo, para aumentar o valor do fundo eleitoral os parlamentares precisam tirar recursos de algum lugar; e o dinheiro sairá das emendas de bancada, recursos indicados pelo conjunto de deputados e senadores de cada Estado e do Distrito Federal. São verbas de forte interesse dos parlamentares e de governadores, pois bancam obras e serviços públicos nos redutos eleitorais.
E os remédios?
Leu-se no Jornal do Brasil de ontem:
“O PT promoveu assembleia nacional de dirigentes, militantes e futuros candidatos; e nisso contribuiu para ampliar as preocupações políticas de seu chefe, presidente Lula, agora sobrecarregado de queixas e postulações, que nascem e prosperam na cozinha de casa.”(…) futuras.
“A queixa que parece mais intensa fala da “influência desmedida” que o Centrão exerce sobre o governo federal. A preocupação é procedente, mas os queixosos não cuidaram de colocar no colo presidencial planos objetivos para conter os espaços tomados pelo fisiologismo partidário, hoje dono de pontos estratégicos na esplanada dos ministérios. Os petistas diagnosticam o mal, mas não prescrevem o remédio”
“Parece claro que os amigos empurram o presidente contra a parede, pedem mais ar, porque se sentem antecipadamente asfixiados sob o calor da disputa eleitoral. Porém, ficam devendo mostrar ao chefe os tubos de oxigênio e as portas de emergência”.
À esquerda
Em 2022 foram constituídas duas federações de esquerda a nível nacional, com mandato de quatro anos, e a elas deverá se submeter o processo de escolha municipal em 2024. Uma delas reúne PT, PC do B e PV. A outra é constituída por PSOL e REDE.
Segundo a coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, as presidentes nacionais do PT e do PSOL, Gleisi Hoffmann e Paula Coradi, encontram-se para conversar sobre as eleições.
Em pauta, o apoio mútuo na disputa pelas capitais. Mas será que os demais partidos, que compõe as respectivas federações, foram convidados para essa conversa?
Revista mais lida do Brasil, com tiragens nunca superadas, a revista “O Cruzeiro”, dos Diários Associados, levantou e publicou, na década de 40 do século passado, uma relação de ruas e avenidas indicadas como as mais belas do país, sem revelar os critérios obedecidos para a eleição. Mas consultou jornalistas, artistas e viajantes. Era uma época em que Juiz de Fora figurava entre as mais importantes nas atividades econômicas, o que a tornava uma referência. Certamente foi o que contribuiu para a Avenida Rio Branco entrar na lista, tendo como trecho mais apreciado o que faz esquina com a Marechal Deodoro. Mas nunca deixando de respeitar o traçado original, criação de Henrique Halfeld. Nos seus primórdios, quando era um dos três caminhos para se chegar à corte, a Avenida chamou-se Principal, depois Direita, antes de ganhar o nome Rio Branco, que conserva até hoje.
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