quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

 

Eleição 2024 em pauta ( LVIII)



O MDB

O MDB da cidade se reuniu na segunda-feira. A preparação para as eleições municipais tem ocupado a militância.

O partido não elegeu vereadores na eleição passada, mas poderá ter uma bancada em breve, pois vão se filiar, em março, os vereadores Vagner Oliveira e João Wagner. E a meta é concorrer com a chapa completa de candidatos à Câmara.

A informação que circula sobre candidatura própria à prefeitura é que ela continua indefinida. Há quem, do meio político, especule sobre o interesse do MDB em apoiar a reeleição da prefeita Margarida. E a pretensão seria indicar o candidato a vice-prefeito.


TRANSPARÊNCIA

Transcrevo do “Jornal do Brasil” desta semana:

O caráter subjetivo com que a Transparência Internacional avalia os países mais corruptos do mundo pode autorizar certa reserva, mas é inquestionável que suas conclusões se baseiam em fatos e dados que não é possível negar. Portanto, não parece justo assumir a defesa dos governos suspeitos, nem se pode desautorizar as conclusões a que chegou. No caso particular do Brasil: haverá alguém que se sinta confortável para dizer, num arroubo de patriotismo, que não figuramos entre os campeões da corrupção? As evidências do dia a dia tornariam ridícula tal afirmação”.

De acordo com a ONG internacional que trata da matéria, despencamos mais ainda na escala vergonhosa, com a constatação de que pioramos por causa do Judiciário, onde, não raro, vai se tornando difícil a defesa dos direitos fundamentais; mas, ao contrário, com facilidade premiam-se criminosos contumazes, perdoam-se dívidas fabulosas. Ou, não menos grave, quando altos juízes não escondem a influência política em suas decisões”.


TUCANO NOVO

Mesmo nestes dias de aquecimento dos foliões para o carnaval, informações de bastidores afirmam, enfaticamente, que o Plano B de filiação partidária do ex-deputado Júlio Delgado é o PSDB, para se candidatar à prefeitura.

A informação que se tem é sua filiação ao União Brasil. Nota veiculada na imprensa local. Mas estariam ocorrendo algumas dificuldades políticas no decorrer do processo.

Caso o ex-deputado venha a se filiar ao PSDB será um tucano novo, algo que não se imaginaria capaz de acontecer, tendo em vista a rivalidade política dos Delgados com o núcleo local do partido.


O VICE

Analista de plantão, em conversa com seleto grupo de interesse na política local, constatou que há, hoje, uma vasta lista de pretendentes ao cargo de vice-prefeito na chapa encabeçada pela prefeita.

O mesmo analista conjectura que as notícias sobre os possíveis pretendentes a vice-prefeito também podem ser notícias veiculadas por petistas interessados em fortalecer a tese de que a atual prefeita será reeleita. Com isto pretenderiam criar uma onda de voto útil para ela.

A ver.


CLIMA E ELEIÇÃO

Artigo da revista Carta Capital "Como as mudanças climáticas podem redefinir as eleições municipais brasileiras", ( 29/1/24), de Josué Medeiros, cientista político e professor da UFRJ, e Mariana Castro, doutoranda em Ciência Política pela IESP-UERJ, contribui para um debate necessário na atual conjuntura.

Escreveram um texto de opinião, trazendo a informação de que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima alerta que 3.679 municípios brasileiros, representando 66% do total, não estão preparados para enfrentar as consequências das mudanças climáticas. Segundo os articulistas, a particularidade do tema é que as mudanças climáticas são, ao mesmo tempo, uma questão global, nacional e local.

Citam, como exemplo, o prefeito de S. Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que atribuiu os alagamentos na cidade aos maiores volumes de chuva em um tempo mais curto.


CLIMA E ELEIÇÃO (II)

Mesmo que seja verdadeiro o argumento, os articulistas consideram ser uma forma de se desresponsabilizar pelas consequências devastadoras que atingem, principalmente, as periferias.

Segundo dados estatísticos, em 2023 aproximadamente 14,5 milhões de pessoas foram afetadas por desastres climáticos no Brasil. Mais da metade dos municípios brasileiros, 2.797 de um total de 5.568, emitiram decretos de emergência ou estado de calamidade, em resposta a essas adversidades. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, no ano ocorreram 716 eventos hidrológicos, caracterizados por fenômenos como transbordamento de rios, e 445 geológicos, principalmente deslizamentos.

Juiz de Fora está contido nesse contexto, e a prefeita, com aprovação da Câmara, encaminhou, em 2022, pedido de empréstimo internacional para realização de obras de drenagem em locais que sofrem anualmente com as chuvas. Entretanto, a iniciativa ainda não obteve resultado satisfatório.


COINCIDENTES

Apesar de todas as divergências e de planos de poder que se chocam, em um ponto, pelo menos, os candidatos a prefeito são coincidentes: tratando-se de eleição, as coisas só começam a clarear e tomar rumo depois que passar o carnaval. Antes disso, tudo é muito vago e incerto.


O QUE APRENDER?


O PT celebrou convênio com o Partido Comunista Chinês para troca de experiências, mas ainda não explicou o que exatamente pretende. Porque na China não há sindicatos nem partidos para exigir melhores salários e fim das jornadas de 90 horas semanais... Sindicato único, é governista.

Então, o que teríamos de aprender com eles sobre organização partidária e sindical?, se aqui temos centenas dessas entidades, e eles com apenas uma em funcionamento. E, da parte deles, quais as nossas experiências que gostariam de importar?

Os orientais, extremamente gentis, certamente não diriam à presidente do PT, como efetivamente não disseram, que, sob o modelo chinês, se ela contestasse a política econômica do governo, como tem feito, já estaria recolhida a um longo castigo penitenciário…


UNIFICANDO


O jornalista Cláudio Humberto, em publicação na rede social X, ,informa que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que a PEC que unifica as eleições (majoritárias e municipais) será uma das prioridades da Casa, em 2024: “o Brasil sai de um estado de permanência eleitoral”.

A pergunta que deveria ser encaminhada à classe política: a quem interessa o atual processo eleitoral?

Não há tranquilidade para um prefeito administrar o município, pois, após um ano de governo, inicia o segundo ano em clima de campanha para eleições gerais.

Na sequência pós-eleições gerais, ele retoma os projetos locais no terceiro ano, mas logo chega o quarto ano, que é de conclusão do mandado, e, talvez, de tentar a reeleição.

Fica difícil administrar com esse processo, que força o país a ficar em permanente tensão, pois tudo depende da política.


Se há razão do município para lamentar maus tratos com o advento da República, um deles, sem dúvida, foi o fato de, com o novo regime, Juiz de Fora acabar perdendo 35 % de seu território, que havia se tornado praticamente intocado no período de D Pedro II. A perda mais significativa ocorreu com o desmembramento de Matias Barbosa. Depois de amanhã, transcorre o centenário da emancipação de Matias.


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