quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

 

Eleição 2024 em pauta (LVIII)

UMA DÚVIDA

Muitos têm se perguntado, sempre com respostas indefinidas e muita dúvida, sobre a possibilidade de a crise política, que vai se agravando, chegar ao ponto de perturbar ou comprometer o calendário eleitoral do ano. Justifica-se a preocupação, porque, embora não sejam numerosos, há antecedentes. Uma dificuldade política pode ser pretexto para se dar como inoportuna uma eleição. No caso presente, o clima tende a tornar-se mais tenso por causa da radicalização entre os grupos lulista e bolsonarista.

UMA DÚVIDA (II)

A propósito, lê-se no “Jornal do Brasil” de anteontem:

“Às ações policiais dos últimos dias vamos ficar devendo os entraves na tramitação de projetos vários, como também o destino das eleições de outubro, com suas possíveis imperfeições. Desejamos sejam realizadas em ambiente de ordem e paz, mas não é o que sugere o panorama conflituoso em que têm se desentendido, a um só tempo, Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa situação é tudo que não se desejaria para o processo eleitoral que vai chegar, se já não bastassem ter, como complicador, os rumos da radicalização, que facilita o ódio e a violência”.

PARA DIVIDIR

O jornal “O Tempo” contabilizou sete pré-candidatos à prefeitura de Juiz de Fora. Não exagerou, embora não se possa dizer que todos terão fôlego suficiente para levar seus projetos até outubro. Seja como for, estarão contribuindo para garantia de a disputa ser transferida para o segundo turno.

Esse plano é tido como importante para a disputa com o Partido dos Trabalhadores e seus aliados.

CHEGA A HORA

Hélio Garcia costumava dizer que, em Minas, eleição de governador é coisa para de discutir só depois da parada de Sete de Setembro. Para prefeito, não é preciso esperar tanto: basta que passe o carnaval. O vereador Maurício Delgado, geralmente apontado como provável nome para concorrer, também aguardava o fim da festa para iniciar conversas objetivas.

JANJA

A imprensa nacional volta a destacar que o PT prepara a primeira-dama Janja Lula da Silva para subir aos palanques, e buscar votos para o partido nas eleições municipais. Sua presença gera muitos comentários nos bastidores políticos. Uns analistas acham que há um excesso de protagonismo político da militante petista. Outros veem isso com naturalidade, pela história de Janja no PT.

Há quem perceba uma hipotética candidatura no futuro da mulher do presidente Lula, conforme apostam no futuro político eleitoral de Michele Bolsonaro.

UNIÃO BRASIL

Informa o jornal “Tribuna Minas” que o vereador Antônio Aguiar foi oficialmente confirmado como presidente em Juiz de Fora do União Brasil, com base em publicação da Justiça Eleitoral.

O União Brasil surgiu em fevereiro de 2022 devido à fusão do Democratas (DEM) e do PSL. É um partido de centro-direita, mas está à frente de dois ministérios do governo Lula: Comunicações e Turismo. A participação no governo federal, segundo informações da legenda, é pela governabilidade. Atualmente, o partido tem a terceira maior bancada na Câmara, com 59 deputados, e a quarta do Senado, com sete cadeiras.

O vereador Antônio Aguiar está no Legislativo municipal desde 2013, concluindo o terceiro mandato. É médico pediatra, com atuação no SUS, voltado para a atenção às crianças e adolescentes.

Considera-se que a decisão do partido é assegurar a liderança local a Antônio Aguiar, afastada a tentativa do ex-deputado Júlio Delgado de assumir a legenda na cidade.

Por consequência, o vereador credencia-se nas negociações para alianças nas eleições municipais. Nos bastidores, comenta-se que o União Brasil poderia apoiar a prefeita, que busca a reeleição.

Nos últimos tempos, com a vulgarização das redes sociais, a indústria das mentiras cresceu assustadoramente, e, em muitos casos, causando grandes problemas. Nem a tragédia da pandemia escapou das invenções. Claro, a popularização de fatos inverídicos sempre povoou a História. Maria Antonieta, decapitada em 1793, nunca sugeriu que os pobres comecem brioches, sem lhes faltasse o pão. A frase foi inventada pela cortesã madame Montespan. Antiga fake-news.

Conter mentira nas redes sociais é coisa de que o Senado pretende cuidar neste mês. A observação vem a propósito de um lamentável pioneirismo da cidade, diferentemente daqueles dos quais nos orgulhamos. Trata-se de fake news de 1945, que agora citado na descoberta de um registro das memórias do ex-ministro da Justiça Prado Kelly, confirmando aquilo que aqui foi registrado. Fack news pioneiro foi a intriga dos ”marmiteiros” na campanha presidencial daquele ano, citando discurso, na Praça da Estação de Juiz de Fora, do brigadeiro Eduardo Gomes, candidato da UDN, na noite de 24 de novembro: “Eu não preciso de votos de marmiteiros”, frase que ele nunca disse, mas arquitetada por Hugo Borghi e devulgada numa emissora de rádio de S. Paulo”, segundo Kelly. Coisa antiga, portanto.

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