A notícia de que uma corrente do PDT vem trabalhando para refundar o antigo Partido Trabalhista Brasileiro ainda não obteve eco em Juiz de Fora. Foi o que se ouviu, no último dia 4, entre pedetistas reunidos no Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, que foram ouvir os planos de Figueirôa, pré-candidato do partido à vereança.
A propósito: o plano de Figueirôa, baseado num projeto coletivo de política social, pretende dar um toque muito inovador na campanha.

TRABALHISTAS (II)
Quem também tratou do assunto foi o “Jornal do Brasil”, de terça-feira:
“A novidade mais recente é que que se pretende exumar, do passado, o Partido Trabalhista Brasileiro, que a ditadura extinguiu pelo Ato Institucional 2, em 1965, mas logo depois recriado, para experimentar, sob a liderança da deputada Ivete Vargas, o papel de força auxiliar da direita. Não deu certo, e acabou morrendo de novo, em humilhante fusão. Pois está em curso o esforço para ressuscitá-lo, obra que tem sido atribuída a veteranos brizolistas. Dizem tratar-se do resgate da memória do ex-governador Leonel, mas, para o registro e a homenagem, ainda dependem da adesão de 591.148 integrantes dos colégios eleitorais, distribuídos pelas diferentes regiões do país, segundo determina legislação pertinente”.
“O Brasil não precisa de novos partidos, como tem sido demonstrado em inúmeras oportunidades nas experiências contemporâneas da política nacional. Mais ainda quando se sente certo apego a velhos modelos. O PTB, cuja glória maior prosperou com o getulismo, carrega o peso de três vertentes, nenhuma delas adequada para o presente momento da política brasileira; e para tal insuficiência precisam estar atentos os que hoje propugnam por sua volta ao cenário. A primeira foi a vertente do personalismo, para muitos chamada de caudilhesca, com Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. A segunda foi a vertente do socialismo de Alberto Paschoalini e Fernando Ferrari; e, como terceira, a do fisiologismo, que teve seu ponto alto no sindicalismo de Goulart. Pois, por onde desejar trilhar, o PTB renovado terá de submeter-se a uma vigorosa atualização. É uma exigência da história”.

OS VICES
Não constitui novidade. Os meios empresariais, quando se ressentem de dificuldades para lançar candidato a prefeito, empenham-se no projeto de apresentar o nome do vice. Hoje, considera-se que, no páreo, está o industrial Marcelo Detoni, mais chegado ao PT, onde, contudo, há outros, também evidentes.

DESAFIO
A tragédia do Rio Grande do Sul, somada ao fato de que não há região que esteja inteiramente livre de vivenciar problemas daquela dimensão, é um desafio geral. Por exemplo, aos vereadores – todos candidatos à reeleição – cabe indagar como anda a política ambiental do município. O que se fez e o que ainda tem de ser feito para escaparmos de tragédias semelhantes.
As maiores preocupações, com a chegada da temporada de chuvas, é o bairro Santa Luzia.

A ESCOLHA
Comentário ouvido durante uma corrida de táxi, enquanto o motorista fazia previsões sobre a possibilidade de chuvas: já se percebe, aproximando-se, uma enxurrada de candidatos a vereador, sem que faltem os casos ridículos de sempre. Fica a dúvida: essa fartura é boa, porque dá maior chance de escolha, ou é ruim, porque muitos, os mais qualificados, acabam se perdendo na enchente das mediocridades?!

No dia 10 de maio de 1930 ocorreu uma das raras vezes em que um político de militância local chegou ao palácio da governadoria de Minas, pelo voto direto. Com o presidente de Minas, Olegário Maciel, elegia-se também seu vice, Pedro Marque de Almeida, que aqui foi vereador e agente executivo.
Nascido em Juiz de Fora, em 1888, e aqui falecido em 1934, Pedro foi advogado e promotor de Justiça, vereador em duas legislaturas, deputado estadual, presidente da Assembleia e diretor administrativo da Escola de Engenharia.