terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Questões regionais

Nesta terça-feira, às 15 h, o senador eleito Itamar Franco (PPS) vai receber em seu escritório, no edifício Credireal, um grupo de prefeitos da Zona da Mata, no primeiro encontro com lideranças regionais, desde sua eleição, em outubro passado. Não se elaborou uma pauta prévia, nem se sabe o que os prefeitos querem dizer, mas é inevitável que se trate de uma competente articulação política regional, quase sempre deficiente em relação ao poder estadual, mais ainda quanto ao centro de decisões em Brasília.
Itamar pode construir um novo modelo de diálogo da Mata com o governo, e já se disse disposto a assumir essa tarefa.
A reunião de hoje não obedece a parâmetros partidários.

A culpa está no mapa

Nos momentos de grande tragédia, como a que agora se abate sobre a região serrana do estado do Rio, o discurso repetitivo dos governantes versa sobre a necessidade de mapeamento das áreas de risco, como primeiro passo. É o que desrespeita a memória dos informados, e antes deles, agride a dor das famílias enlutadas. Porque os mapeamentos já existem há anos, não apenas nas áreas fluminenses, mas em quase todo o País.
(No caso de Juiz de Fora, para se tomar o exemplo do mapa local: em 1985 já se conhecia o traçado detalhado dos bairros mais vulneráveis, como Jardim Natal, Linhares, Furtado de Menezes, Retiro e JK).
O que tem faltado não é mais o mapear, mas atacar os pontos de deslizamento inevitável, aplicando-se as verbas votadas para obras de contenção. Vale dizer, para que os culpados não fiquem escondidos: nos dois últimos anos apenas 30% dos recursos federais foram aplicados para esse fim. O presidente Lula foi mais generoso com o Haiti e alguns ditradores africanos, pelos quais se encantava.

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