O governador Antônio Anastasia não foge à tradição indesejada, cumprida por seus antecessores, de abrir o mandato enfrentando graves problemas com as chuvas, que, mal começado o novo ano, já colocaram ao desabrigo milhares de pessoas e causaram destruição material com um volume de prejuízos que ainda não pôde ser calculado. Os janeiros dos novos governadores sempre são assim.
As chuvas caem em excesso. Na verdade, excedem-se em todos os cantos do mundo, sinalizando para a necessidade de se redobrarem os cuidados com a natureza ofendida. Em Minas, onde as coisas não seriam diferentes, as consequências das chuvas talvez fossem minimizadas se tivéssemos mais cuidado com os rios poluídos, cuja capacidade de receber as águas é cada vez menor. Dragagem dos rios é coisa que raramente se faz na bacia hidrográfica do estado.
De olho em Furnas
A presidência de Furnas está entre os cargos cobiçados da lista dos mais influentes do governo federal. Não é para menos, pois ela é responsável por 36% de toda a energia que se produz e se consome no Brasil.
É considerado um cargo certo para o PMDB. E quase sempre, para se cumprir uma tradição que começou com Juscelino, um mineiro é escolhido para ocupá-lo, mas isso corre o risco de não se dar agora. O primeiro nome lembrado foi o do senador Hélio Costa. Depois, falou-se em Marcos Lima.
Diz-se, em Brasília, que o PT não quer Hélio. Depois de cruzar os braços em Minas, deixando a candidatura dele entregue à própria sorte, agora quer inviabilizá-lo para Furnas.
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