Nem todos admitem, mas nas altas rodas do governo já se discute, ainda que pouco além da linha de consultas, quais os rumos que poderá tomar a sucessão dos prefeitos nos municípios de maior influência política. A eleição vai ocorrer na metade do mandato do governador Anastasia, que também por essa razão terá interesse em influir na campanha e tentar eleger seus favoritos.
Quanto a Juiz de Fora, com a ressalva de que muita coisa nova pode acontecer, há um dado desde agora definitivo: Custódio Mattos disputará a reeleição em 2012, e para esse projeto não faltaria a simpatia do governo do estado. O prefeito ainda não pode confirmar isso, mas desde agora parece disposto a pacificar e rearticular as forças que o ajudaram em 2008, como se sente, por exemplo, na entrevista que deu à “Tribuna de Minas” neste domingo, na qual tece generosas loas ao deputado Marcus Pestana, que não apoiou na recente eleição e de quem anda afastado. Antes, Custódio já havia dado apoio explícito à permanência de Antônio Jorge na Secretaria de Estado da Saúde. Pestana e Antônio Jorge, ambos de antecedentes no tucanato, podem ter desempenho importante na eleição de 2012.
Ouvi mais em Belo Horizonte no fim de semana: sendo certa a candidatura de Custódio, bem provável também é que o PT queira aproveitar o bom desempenho de outubro passado e lance de novo Margarida Salomão. Reeditando-se a dupla do embate final de 2008, reedita-de também o jogo de influência dos palácios sobre Juiz de Fora. Antes, Aécio e Lula; agora, Anastasia e Dilma.
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