quinta-feira, 7 de julho de 2011

Como Herodes

A presidente Dilma, num esforço para revelar confiança em sua equipe, decidiu que as denúncias de graves irregularidades no Ministério dos Transportes, o que inclui tráfico de influência e superfaturamento, serão apuradas pelo pessoal do próprio ministro. Eles mesmos erraram, eles mesmos vão apurar, eles mesmos vão se isentar de culpa. Os suspeitos julgando seus próprios crimes é como se atribuísse a Herodes apurar o que aconteceu com as criancinhas de Belém.


Busca dos jovens

O PSDB se diz disposto a intensificar a busca dos eleitores jovens, e, tanto quanto possível, engajá-los na vida partidária. Quem afirma é o deputado Marcus Pestana, ao avaliar dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral, onde se revela que a mocidade não quer mais tomar conhecimento dos partidos.As filiações se dão entre homens e mulheres com idade que vai de 45 a 59 anos.


As cinzas

As cinzas que restaram do corpo incinerado do ex-senador Itamar Franco chegam hoje à cidade, trazidas por familiares. Amanhã, às 11h, após a bênção concedida por monsenhor Miguel Falabella, elas serão depositadas no túmulo do cemitério municipal onde está sepultada dona Itália Franco.


Rumos do DEM

O Democratas vem de uma longa temporada sem atividades em Juiz de Fora, para isso contribuindo a morte do senador Eliseu Resende e, depois, seu líder, Edmar Moreira teve de se dedicar a tratamento de saúde. Agora, o partido pode ser reativado, quando vai ganhar cadeira na Câmara, com a posse de Romilton Faria, suplente de Rodrigo Mattos.


Governo ganha

No dia 1º de fevereiro, quando se instalou a nova legislatura, a bancada de Minas no Senado tinha dois votos na oposição ao governo federal – Aécio Neves e Itamar Franco. Clésio Andrade o governista. Agora, com a morte de Itamar e a posse de Zezé Perrella, a presidente Dilma fica com a maioria. Perrella já recebeu orientação do PP para aderir. Oposição mineira no Senado é só Aécio.


Homenagem

Mesmo depois de o prefeito Custódio Mattos propor o nome de Itamar Franco para atual Avenida Independência, são muitos os que consideram ser mais justo e adequado perpetuar o nome dele no aeroporto de Goianá, que deixou quase pronto, quando governador de Minas, e que começa a operar em agosto.
Puxando pela memória: Itamar, quando prefeito em 1967, teve algumas dores de cabeça para fazer prevalecer seu desejo de chamar aquela avenida de Independência. Porque, originalmente, ela era um inexpressivo e curtíssimo trecho, que ia da Rio Branco ao Clube Caiçaras. Chamava Carolina Brochado, mãe do tabelião José Brochado. Desejou a família que, aberta a avenida em toda a sua extensão, permanecesse o nome, o que Itamar achou inadmissível. Escolheu Independência, e por isso perdeu a amizade e uma feroz oposição de toda a família daquela senhora.

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A política e o destino dos povos se fazem tanto caminhando como tropeçando, dependendo do poder do imponderável. Se Napoleão não perdesse em Waterloo, o mapa da Europa não teria sido retalhado; portanto, provavelmente não haveria a Primeira Guerra Mundial; não havendo a Primeira não haveria a Segunda. E por aí vai a imaginação.
No Brasil, a Constituição outorgada em 1969 mandava cassar o mandato de quem mudasse de partido. Fosse assim, Tancredo não teria sido eleito presidente, o PSDB não teria sido criado, Fernando Henrique não teria surgido em 94. E talvez hoje tudo fosse diferente.



(( publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))

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