terça-feira, 9 de agosto de 2011

Teste de fogo





Com a determinação de não interromper a faxina nos ministérios, mesmo que ainda não tenha sido totalmente convincente nesse propósito, a presidente Dilma vai entrando agora nos terrenos do teste de fogo. Já não age mais apenas junto aos partidos menores, altamente dependentes, que têm de medir a intensidade dos protestos; agora ela vai mexer no PMDB, quando se anuncia que entram na fase de investigação os ministérios de Turismo e Agricultura, onde os cargos foram preenchidos de acordo com indicações dos peemedebistas. Isso em confronto com o que horas antes haviam dito assessores de Dilma, que a definiam como entediada com a sucessão de crises e a corrupção desenfreada, com o que se sinalizaria o abrandamento da caça aos corruptos.
O partido do vice Michel Temer tem experiência suficiente para saber que sem altos cargos um partido que sobrevive.


Peça fúnebre

Na tarde desta quarta-feira o Senado promove sessão solene para homenagear a memória de Itamar Franco, que morreu no mês passado. Até ontem não haviam sido definidos todos os oradores, a não ser Pedro Simon, que foi um dos principais consultores políticos de Itamar, quando presidente.
Mas a homenagem vai incluir a distribuição de um catálogo fúnebre narrando as manifestações oficiais e públicas que se tornaram conhecidas desde o momento em que se divulgou a notícia do falecimento em São Paulo.


Longa ausência


Coincidindo com o momento em que o partido está em baixa cotação, o senador Clésio Andrade, do PR, leva ao governo uma queixa quanto à ausência de Minas nos altos cargos de Brasília. O que serviu para sinalizar que, em novas vacâncias, é preciso que se pensem as opções mineiras. Clésio faz as contas e diz que há dez anos o estado vem sedo relegado no preenchimento de cargos federais.


As dívidas

Os deputados mineiros não têm revelado ânimo para discutir a questão que já foi indicada como a mais grave da pauta deste segundo semestre. É o volume das dívidas de Minas acumuladas, hoje em torno R$ 60 bi.
Mas, ainda que não firam o assunto, é quase unânime que os parlamentares a tratem como uma dívida impagável. O que lhes resta é imitar os grandes devedores, como ainda agora os Estados Unidos. Dúvida. Dívida, quando impagável, rola-se.


Modelo

A proposta do PMDB aos diretórios do interior para que indiquem candidatos a prefeito, quando o número de eleitores for superior a 50 mil, pode se tornar modelo também para outros partidos. Uma boa ideia, comenta-se nas rodas políticas em que não falta gente do PP, DEM, PV e PDT.


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Uma pesquisa encomendada pelo PT para ver como a população define o governo Dilma vem com uma novidade: além das perguntas tradicionais, pede-se à pessoa consultada que diga se Dilma é regular positiva ou regular negativa. O eleitor não pode mais ficar em cima do muro.


(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))





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