segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Coincidindo

Não falta quem sugira a divulgação do secretariado do prefeito Bruno Siqueira no dia 3 de dezembro, para coincidir com a festa de posse da nova executiva de seu partido, o PMDB. Mas ele continua relutante em anunciar a data, porque não sabe exatamente quando estarão concluídos os entendimentos com os partidos que o apoiaram. A ideia é bem vista por quem pretende ver prefeito e partido cada vez mais entrosados.
Regional
A coordenação regional do PMDB vai continuar sob o comando de Orlandsmidt Riani, decisão da direção estadual do partido. Riani, que acaba de ser eleito vice-presidente da executiva em Juiz de Fora, vem realizando um trabalho que os prefeitos elogiam, e muitas vezes pedem que ele os represente nas questões estaduais.
Primeiro teste
Bruno desembarcou em Brasília, para, segundo disse, tratar com autoridades federais da consolidação de recursos financeiros que permitirão a continuidade de obras viárias iniciadas pelo prefeito Custódio Mattos. É costume do governo manter congeladas verbas federais confiadas a uma gestão cessante, até que se conheça a que vai começar. E nesse ínterim perde-se muito tempo. É o que preocupa. O futuro prefeito confia muito nas ações políticas do vice-presidente Michel Temer. Está em curso seu o primeiro teste de relacionamento.
Porta para Minas
Já que em todos os setores políticos considera-se que vai se aproximando uma inevitável reforma ministerial, ainda que setorial, as especulações se ampliam diante da indagação sobre o papel de Minas, que hoje tem apenas um ministro, Pimentel, mesmo assim considerado mais da cota pessoal da presidente do que propriamente por representar o estado. Como os mineiros estariam contemplados no primeiro escalão? Pode ser que comecem a aparecer espaços significativos, por uma razão facilmente compreensível: candidata a um novo mandato, ela terá de iniciar, exatamente aqui, o cerco ao provável adversário, Aécio Neves. O PT e Dilma certamente não vão querer que o PSDB e senador corram livres no segundo entre os maiores colégios eleitorais do País. Se na minirreforma aparecerem uns dois mineiros a preocupação estará sinalizada.
Vagas na Câmara
A Câmara dos Deputados começou a preparar os expedientes para receber o pedido de renúncia dos 25 parlamentares que vão interromper o mandato, pois foram eleitos para as prefeituras dos municípios onde têm seus redutos eleitorais. Entre os federais, quatro são de Minas: Gilmar Machado, Paulo Piau, Carlaile Pedrosa e Márcio Moreira, que assumirão, respectivamente, em Uberlândia, Uberaba, Betim e Sete Lagoas.
Sem ilusão
“Ninguém se iluda: quem manda menos no município é o prefeito, mero agente executivo, uma espécie singular de escravo, que tem um sem número de senhores, uns de ordem objetiva - as circunstâncias dos interesses em jogo -, outro subjetivos, ou sejam, os órgãos de opinião pública, dotados de sensibilidade sutilíssima”. (Menelick de Carvalho, em “Diário de um Prefeito)
Sobre Lulinha
O bem informado Jorge Serrão garante que a presidente Dilma recebeu “preocupantes informações de que alguns funcionários de carreira do órgão (Receita Federal) estariam, à revelia do governo, promovendo um acompanhamento pente fino da veloz evolução patrimonial do empresário Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a mídia chama popular e pejorativamente de “Lulinha”. O ex-presidente já teria pedido a Dilma para interceder no caso, e ela avisou que nada pode fazer.
As diferenças
Dizia, ontem, o deputado Marcus Pestana, que muitos lhe perguntam sobre diferenças essenciais entre seu partido, PSDB, e o PT. Quanto ao seu, garante que “há um fio de absoluta coerência ligando o PSDB atual ao partido que esteve ao lado de Tancredo no colégio eleitoral, que aprovou a Constituição em 1988, apoiou Itamar em 1992, construiu o novo País do real, da modernização do Estado e das políticas de inclusão social”. Mas, sobre o adversário, não deixa por menos: “a trajetória do PT é um verdadeiro zigue-zague, incoerente e pragmático, envelopado em enxurrada verborrágica torrencial, que navega em precário arcabouço teórico-ideológico, mas se escuda em eficiente capacidade de comunicação e mobilização social”.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

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