quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Força à Settra

Há evidências de que o prefeito Bruno Siqueira pretende conferir importância de primeira linha à Secretaria de Transportes, o que está demonstrado nos muitos contatos que vem realizando para a escolha do titular. Não se negue, por outro lado, que ao escolhido caberá uma das missões mais espinhosas da futura administração, pois está muito claro que se não vierem incursões severas na capacidade de mobilidade do cento urbano, em quatro anos estaremos mergulhados no caos.
As verbas
Bruno dedicou a semana a contatos em Brasília, na tentativa de que o governo federal não deixe que lhe faltem verbas para atacar obras viárias já projetadas para desafogar o tráfego central. Trabalha-se em torno de R$ 124 milhões. Vindo no próximo exercício, esse dinheiro pode ajudar muito, mas também dependerá de uma série de medidas como parte de um conjunto de iniciativas que não dependem apenas de dinheiro.
Interessado
No seu mandato como vereador, José Figueirôa se revelou um constante debatedor dos problemas do tráfego, principalmente as limitações física da zona urbana, que em Juiz de Fora é carente de alternativas. Interessado em contribuir com as iniciativas do prefeito nessa área, ele tem procurado reunir opiniões de especialistas.
Convalescença
O ex-prefeito José Eduardo Araújo deixa a UTI do Albert Sabin, depois de ter se submetido a uma cirurgia para corrigir a fratura na perna que o surpreendeu na queda provocada por pedestre que o empurrou, apavorada ao tentar escapar de atropelamento. A fratura ocorreu no mesmo local da perna que havia quebrado, há menos de um ano, em praia do Espírito Santo.
Um problema
O acidente com José Eduardo, além de aborrecer seus correligionários do PMN, tornou-se um problema político para o partido, que o tem liderando a lista de sugestões para tomar parte na futura administração. É que a recuperação do ex-prefeito deve demandar uns três meses.
Velhas ligações
Coube ao engenheiro Marcello Siqueira o mais novo diploma de Cidadão Benemérito, titulo que se confere aos que, tendo nascido em Juiz de Fora, aqui permaneceram e ofereceram relevantes serviços. Seu discurso de agradecimento, pronunciado diante de cerca de duzentos amigos e familiares, foi a rememoração de uma vida que procurou ser sempre permanente declaração de amor à cidade. Sentimento dele e de sua família, começando pelo pai, Moacyr Siqueira, médico e criador do Pronto Socorro, passando por ele, deputado e um dos mais influentes nas gestões de Itamar Franco, e agora com o filho, que em janeiro assumirá a prefeitura.
Cuca cheia
Se bem pensar, não há quem queira ter um fim de ano como o da presidente Dilma, acumulada de problemas que, além de não serem poucos, impõem complexas soluções. Um deles é a posição que o governo tem de adotar em relação às expectativas na exploração do petróleo, que os estados do Rio e do Espírito Santo pensam ser um privilégio regional, enquanto o resto do País reclama sua cota nessa riqueza. Outro desafio são os monumentais escândalos, antes artigo banal do governo Lula, mas agora respingando nela. Também para vestir a presidente de saia justa, vem o imbroglio em que vai se transformando a luta pelas cadeiras de presidente da Câmara e Senado.
Sem futuro
São escassas as possibilidades de êxito para o projeto de Lei Complementar apresentado pelo deputado federal Dr. Grilo (PSL-MG), que quer incluir no rol dos inelegíveis usuários de drogas e dependentes químicos. Tais usuários, diferentemente do traficante, são antes de tudo, doentes, e é difícil colocar a Constituição contra pessoas que padecem de qualquer tipo de enfermidade. Mas o parlamentar mineiro vai direto à suposição: “Imaginem um traficante assediando um de nossos governantes, por ser ele usuário de drogas. Possivelmente ele ficaria à mercê dos mandos e desmandos do mesmo, fazendo com que a população também ficasse vulnerável”.
Verba perdida
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, depois de quatro meses de discussões, negou aprovação ao projeto de reforma da Praça da Estação, que seria financiada pela MRS. Com isso, vão-se R$ 2,5 milhões, que a empresa transfere para obras de restauração em São Paulo e Espírito Santo. E Juiz de Fora fica excluída de futuras parcerias no campo cultural.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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