domingo, 18 de novembro de 2012
Novo presidente
Paulo Gutierrez será o novo presidente do diretório municipal do PMDB, eleito na tarde do próximo sábado, logo após o partido renovar todo o seu colégio de comando. Definido também que Orlando Riani assumirá a vice-presidência, mas continua indefinido o nome do secretário, um cargo estratégico.
Na semana passada, havia previsão do surgimento de uma segunda chapa, o que acabou não ocorrendo até o esgotamento do prazo para registro. O que permite prever que o grupo do prefeito eleito, Bruno Siqueira, terá o controle total do partido na cidade.
No sábado, os peemedebistas prestarão homenagem ao coronel Adelmir Romualdo, que liderou o diretório neste ano e levou o PMDB a viver sua maior transformação nos últimos trinta anos.
À guisa de sugestão
Afora os problemas para a formação do secretariado, sem que faltem pressões e postulações, o prefeito eleito, Bruno Siqueira, também tem de ouvir uma infinidade de sugestões sobre como e onde mexer na estrutura da máquina administrativa. Como ocorreu com vários de seus antecessores, não falta quem recomende a extinção da Secretaria de Agropecuária, por considerá-la desnecessária. Outros querem o turismo elevado ao status de primeiro escalão, o que parece ser desnecessidade ainda maior.
Os provisórios
Não se sente na direção estadual dos pequenos partidos ânimo para a transformação de suas comissões provisórias no município em diretórios. Desinteresse que se observa mesmo entre os que deram apoio ao prefeito eleito, e junto a ele se mostrariam mais robustos
para conversar.
O caráter provisório é sempre do interesse dos dirigentes estaduais, que podem nomear e destituir sem aviso prévio e sem maiores explicações.
Às favas a Justiça
Dois pronunciamentos, fora de hora e fora de propósito, marcaram o fim da semana em que a Justiça mostrou o caminho da cadeia para José Dirceu, condenado, entre outras coisas, por formação de quadrilha. Num flagrante desrespeito ao Supremo Tribunal Federal e à sociedade, o ex-presidente Lula deu notícia de que o povo anda mais preocupado com o mau desempenho do Palmeiras do que a sorte do mensalão. Depois, numa feroz disputa de inoportunidade, o líder dos sem-terra, José Rainha, convocou a população a tomar as ruas em defesa de José Dirceu.
Um protesto
O que os atuais e futuros prefeitos mais desejam é que o governador Antônio Anastasia divida com eles a luta contra a atual insensibilidade do governo federal, que vem garroteando as fatias que lhes cabe do bolo tributário. O Fundo de Participação dos Municípios vai fechar novembro empobrecido em cerca de 30%. É preciso protestar, e só com a voz do governador pode haver algum reparo.
Trata-se de um problema que, se pesa sobre os atuais prefeitos no estertor de seu mandato, é ainda mais sinistro para quem vai começar em janeiro.
Hegel, o último
Num ano que tem sido cruel com algumas das mais destacadas inteligências da cidade, o sábado assistiu ao sepultamento de Hegel Pontes. Há anos distante das atividades culturais, enfermo, aos 80 ele sucumbiu a implicações agravadas com uma crise renal.
Advogado, mineiro de Monte Santo, Hegel fica como um dos maiores poetas líricos que Juiz de Fora viu nascer no século passado. Mas foi, sobretudo, o trovador, campeão em todos os jogos florais de que participou, e tem seu nome inscrito em todas as antologias de trovas. Uma das que ele criou corre o mundo de língua portuguesa: “Morre Cristo, o palestino / e na vida transitória / a história do seu destino / muda o destino da História.”
Publicou, entre intelectuais, ”Sonetos e poesias diversas”, e com amigos poetas fundou o Núcleo Mineiro de Escritores. Lá estavam Rangel e Colbert Coelho, Dormevilly Nóbrega, Roberto Medeiros, Sílvio Machado e José Carlos. Hegel é o último a sair da vida.
Coincidência
Agora o sistema prisional brasileiro, com todas as suas mazelas, sempre denunciado pelas entidades internacionais de direitos humanos, entra na ordem do dia do ministro da Justiça e do Supremo Tribunal Federal. Parece coincidência que tal aconteça depois de atribuídas as penas aos condenados no julgamento do mensalão.
A condenação de José Dirceu e sua gente serviu, pelo menos, para escancarar a realidade carcerária, seu novo endereço.
Legisladores
Faz vinte anos hoje que Laudelino Schetino, presidente da Associação dos Vereadores da Zona da Mata, que não existe mais, escreveu:
“A próxima legislatura mostra uma queda de qualidade intelectual dos vereadores. Elegem-se sem um mínimo de informação sobre a atividade legislativa. O que reflete no empobrecimento politico”.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TRT NOTÍCIAS))
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