terça-feira, 20 de novembro de 2012

Grande luta

O PMDB ainda não se sente em condições de confirmar a disposição de disputar o governo de Minas, em 2014, em faixa própria, mas já pode prever que será cenário de uma intensa luta para a terceira cadeira de Minas no Senado, hoje ocupada por Clésio Andrade. Ele próprio apontado como candidato a um novo mandato, teria de disputar a preferência dos convencionais com Hélio Costa ou Newton Cardoso. Pode ser que até lá esteja definida a situação do suplente. Quando começou a atual legislatura ocorreu de sete novos suplentes estarem em plenário. Hoje,das três cadeiras de Minas duas estão ocupadas pelos suplentes Clésio Andrade e Zezé Perrella, substituindo Eliseu Resende e Itamar Franco.
Fora de hora
Já se falou em sugestões ao novo prefeito para a ampliação da estrutura administrativa, como a criação de uma secretaria para o turismo. Agora,a Câmara é chamada a votar projeto do Executivo que transforma a Agenda JF em secretaria, o que parece não ser não ser boa ideia para uma administração que termina e outra que está para começar, e ainda não revelou o que pretende em relação aos órgãos de primeiro escalão.
Os advogados
No sábado haverá eleição para presidência da OAB/MG, Conselhos Estadual e Federal, bem como presidência da 4ª Subseção JF e respectivos conselheiros municipais. São duas chapas concorrendo no estado: a situação, cujo presidente, Luiz Cláudio, se recandidata, e a oposição, representada por Luiz Fernando Valladão. Em Juiz de Fora, são três chapas em disputa: a da situação, representada por Denilson Closato e vice Cláudia Vieira Campos; José Maurício, tendo Alexandre Elias como vice, e outra de oposição, encabeçada por Abdalla Couri, com Alexandre Jabour como vice. Um detalhe que às vezes escapa do eleitor: é possível votar na situação em BH e na oposição aqui, ou vice-versa. Há liberdade para tanto.
Sutilezas no TSE
Centenas de candidatos condenados por prática de propaganda ilegal estão recorrendo da decisão de instâncias inferiores, baseando-se em diferenças pontuais, objeto de estudo do advogado Arthur Rollo. O primeiro ponto é estabelecer a diferença entre propaganda política e propaganda eleitoral. Diz ele, que “propaganda política é gênero; propaganda eleitoral, propaganda intrapartidária e propaganda partidária são espécies desse gênero. A maior dificuldade sempre consistirá em identificar a propaganda eleitoral antecipada. Isso porque os políticos buscam, a todo instante, manter-se em evidência, como forma assegurar suas eleições futuras. “Político que não é lembrado não é votado”, explica Rollo.
Discriminação
Não faltam projetos de lei que estão destinados a produzir efeitos contrários e mais graves do que os erros que pretendem corrigir. Está neste caso a propositura do deputado Luiz Alberto, do PT da Bahia, que quer a fixação de uma cota mínima de cadeiras no Congresso e nas Assembleias Legislativas para cidadãos negros. Ao pretender extinguir uma discriminação ele consegue discriminar mais, pois veda a representação de cidadãos de outras raças. Alberto é como os terroristas: quer combater o mal com um mal maior.
Prefeitos do PMDB
O prefeito eleito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, foi quem falou, ontem, em nome de seus colegas, na reunião que o PMDB promoveu em Belo Horizonte, com a presença do senador Clésio Andrade e do ex-governador Newton Cardoso. Os oradores manifestaram entusiasmo com os resultados que o partido obteve nas recentes eleições, e deixaram a reunião certos de que o atual presidente da executiva estadual, Antônio Andrade, será reeleito para um novo período.
Sinal dos tempos
Os setores políticos mais ligados ao governo já admitem, em confabulações internas,que uma parcial reforma do ministério virá mesmo em janeiro, no mais tardar fevereiro, o que permitirá à presidente Dilma Rousseff alguns ajustes, exatamente quando estará abrindo a segunda e última parte de sua gestão. Não apenas para ajustar peças do governo, o que permitirá agilizá-lo, mas as mudanças também sinalizarão ou não a disposição da presidente de criar bases político-partidárias para disputar um segundo mandato. Detalhe revelador de tal disposição seria a ausência de influência de Lula nas escolhas.
Dívidas e impasse
Os governadores apenas esperavam passar as eleições e já se preparam para voltar à carga na questão das dívidas com a União. O assunto é antigo, com a diferença de que neste ano criaram coragem e se confessaram responsáveis por dívidas impagáveis. No caso de Minas, os principais compromissos acumulados chegam a R$ 400 bilhões, e o governador não esconde: é impossível honrar isso. Mas o problema não se resolve apenas com a humildade da confissão. Fica um impasse: se não há como pagar, também não há como deixar de receber, denuncia o Palácio do Planalto.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS))

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