segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PMDB forma novo diretório

O PMDB vai reformar o seu diretório municipal em votação dos filiados que está marcada para o dia 24, em sua sede, onde os votos serão recebidos a partir de 8h. O quórum previsto é de 161, mas para que determinado grupo obtenha representatividade no colegiado de comando precisa obter 20% dos votos. Ao contrário do que se observou em eleições anteriores, quando foi possível organizar chapas consensuais, desta vez é quase certo que haja disputa, pois, além de uma chapa que vem encabeçada pelo prefeito eleito, Bruno Siqueira, sabe-se que uma outra está sendo montada por militantes ligados ao ex-prefeito Tarcísio Delgado. Horas após ser conhecida a formação do diretório, seus integrantes serão chamados a eleger a nova executiva. Quanto a esta, é possível afirmar que, qualquer que seja o grupo vencedor, haverá mudança em todos os cargos. Há um vasto campo para se trabalhar nessa campanha partidária, porque cerca de 400 novos filiados foram registrados nos dias que antecederam o lançamento da candidatura de Bruno Siqueira à prefeitura.
Formar o Secretariado é um trabalho delicado
Há informações que o novo Secretariado municipal terá seus nomes conhecidos no final do mês ou nas primeiras horas de dezembro, resultado de entendimentos que Bruno e os colaboradores procuram manter sob reserva até o dia em que isso for possível. Quando se trata de convocar os auxiliares diretos, o novo prefeito não escapa de um cuidado: não pode protelar o anúncio dos nomes, para reduzir as pressões, mas também não pode precipitar, porque precisa de tempo para contornar insatisfações. Para quem se der ao trabalho de ler a crônica política da cidade é fácil perceber que exemplos antigos e recentes não ensinam como ter pleno êxito na formação do Secretariado, mas revelam o caminho certo para o fracasso. Mas são cinco os pontos que levam o prefeito a ter sérios problemas: 1 – Não definir claramente as atribuições e responsabilidades de cada secretário; 2 - Permitir que um interfira no campo de ação do colega; 3 - Se tiver preferência ou simpatia pessoal por um dos auxiliares, cuidar para tal sentimento seja conhecido por todos; 4 - Deixar que queixas quanto a ingerências indevidas e irregularidades sejam tratadas nos corredores e nas reuniões sociais; 5 - Não cobrar do secretário de governo sua tarefa interna, a permanente articulação junto aos diversos setores da administração.
Hora de mostrar as contas da eleição
Os candidatos que concorreram ao segundo turno da eleição para prefeito, no último domingo de outubro, terão de fazer a prestação de contas até o dia 27, prazo improrrogável. A exigência abrange eleitos e não eleitos, e com isso tornam-se interessados todos que disputaram. Quem descumprir não poderá obter a certidão de quitação eleitoral e, em consequência, ficará impedido de registrar candidatura para a próxima eleição. Além das contas de candidatos e comitês financeiros, a Justiça Eleitoral espera, no mesmo prazo, a entrega das prestações de contas dos diretórios dos partidos (municipais, estaduais e nacionais) referentes ao segundo turno. Os candidatos que participaram somente do primeiro turno devem apresentar as contas até 6 de novembro.
Um mineiro para presidir o PSDB
O deputado mineiro Rodrigo de Castro, atual secretário-geral do PSDB, é lembrado para assumir a presidência nacional do partido. Pelo estatuto, o deputado Sérgio Guerra, atual presidente, não pode concorrer a novo mandato. O nome do deputado estaria sendo lembrado pelo senador Aécio, primeiramente indicado para a presidência com base em articulação de Tasso Jereissati, que argumenta: o candidato tucano à sucessão da presidente Dilma deve dar a linha da oposição, até porque será o candidato em 2014. Mas, sobre a escolha de Aécio surge uma dúvida: o senador, provável candidato em 2014, ficaria fortalecido na presidência ou melhor seria um correligionário de sua confiança para conduzir o processo? Rodrigo atuou como coordenador da campanha de Aécio para o Senado. Mas, de novo a dificuldade vem de São Paulo, onde os tucanos querem se armar e reconquistar o prestígio.
Aberta a campanha presidencial de 2014
A presidente Dilma mal esperou conhecer os prefeitos das grandes cidades para dar início às articulações de sua própria campanha rumo ao segundo mandato. E começa a trabalhar com os cálculos e cuidados que o projeto requer, depois de o PT ter êxito no primeiro passo, que foi a conquista da prefeitura de S.Paulo. Ela vem dedicando este mês a aferir as condições da base aliada, com o PMDB e o PSB solidários, ainda que se sobreponha uma questão delicada, que é a vice-presidência. A cadeira de Temer precisa continuar com o PMDB, mas não é menos importante ter na mão o PSB do governador Eduardo Campos, este também pretendido pelo senador Aécio Neves.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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