terça-feira, 27 de novembro de 2012
Passa pra frente
Os vereadores chegaram a uma conclusão: não é adequado votar agora, em fase final de legislatura, tomar decisões e votar projetos que, em rigor, dependem das disponibilidades e da orientação a ser adotada pela futura administração. Criação de novas secretarias, por exemplo. E até as demandas relacionadas com emendas que foram aplicadas ao orçamento ficaram para janeiro ou fevereiro.
Flanelinhas
Para a administração que vai chegar fica o encargo de decidir sobre os chamados flanelinhas, atrás dos quais encondem-se alguns jovens criminosos, hábeis e ágeis em extorquir ou capazes de danificar o carro de quem não cede ao achaque.
Há quase dois anos eles são referência de um diagnóstico. No Brasil, quando não se pretende resolver um problema, promete-se o diagnóstico.
Benemérito
Uma sessão solene da Câmara, hoje às 19h30m, marca a entrega do diploma de benemerência ao engenheiro Marcello Siqueira. Nascido em Juiz de Fora, aqui ele dividiu sua vida entre a atividade empresarial, no campo da engenharia civil, presidiu a Cesama, e, antes, por convite de Tancredo Neves, foi diretor do Banco de Crédito Real. Na política, além de deputado federal, tornou-se um dos colaboradores mais próximos de Itamar Franco, que o levou à presidência da Copasa e de Furnas.
A pesquisar
A maioria dos deputados tem dúvidas sobre algumas questões pontuais da reforma política; não por suas convicções, mas por não saberem exatamente o que a opinião pública pensa sobre elas. Alguns têm proposto neste fim de ano que o Congresso promova, no primeiro trimestre de 2013, uma pesquisa de âmbito nacional para que se possa conhecer, com precisão, os itens aceitos ou não.
Data única
Um dos pontos da reforma política que se revela obscuro junto à população é o que diz respeito à coincidência de datas para as eleições, de forma que em apenas um dia o cidadão vote desde o vereador até o presidente da República. Há vários projetos nesse sentido, e um dos mais bem fundamentados é do deputado Eduardo Azeredo.
Há dois aspectos a serem analisados sobre a data única. A favor dela, é que a nação não tenha de parar de dois em dois anos para dar atenção às campanhas. Contra: mesmo com os altos custos, uma eleição sempre robustece a democracia.
Influência má
Outra questão, no mínimo polêmica, é sobre prazos máximos para a divulgação de pesquisas eleitorais. Coincidiu que, ontem, recebemos carta do ex-deputado Luiz Sefair em que expõe sua opinião sobre a matéria:
“Num País com baixíssimo índice de cultura política como o nosso, a divulgação dos resultados apurados acerca das intenções de voto do universo de eleitores pesquisado, antes do respectivos pleitos, é um grave e lamentável equívoco, já que, no mais das vezes, provoca mudanças de comportamento em considerável parcela de eleitores e eleitoras que, na ânsia desesperada e ignóbil de vencer, decidem votar no candidato que as pesquisas apontam como o mais cotado”.
Trabalho extra
O Tribunal Superior Eleitoral julgou mais de 400 mil processos, e em relação aos que foram levados aos TREs, cerca de 8.000 candidatos recorreram novamente ao TSE, para serem julgados nas sessões plenárias das terças e quintas-feiras, além dos demais dias dedicados às decisões monocráticas dos ministros.
Com tantos processos para serem julgados, a presidente Cármen Lúcia acha que o Tribunal não escapa de sessões extras.
Incógnita
Se muita expectativa existe em relação à formação do novo secretariado municipal, muito mais em relação à cota que poderá caber ao PSDB e PPS, partidos que tiveram alguns de seus grupos apoiando Bruno no primeiro turno, mas já totalmente integrados no segundo. Consta que ambos postulam a Secretaria de Saúde. Quanto ao nome do titular, é questão para se entenderem o deputado Marcus Pestana e o secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge, que falam pelos dois partidos.
Os partidos
O número ideal de partidos para servir à política e à democracia é algo que jamais permitiu consenso. Mas fato é, que tanto o excesso como a escassez prestam grandes desserviços. O Brasil tem hoje 30 legendas. Na ditadura eram apenas dois partidos. Hoje como ontem, os problemas são muitos, a começar pela pulverização da representatividade.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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