segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Um da Mata

O PDT quer que o governador Anastasia lhe ceda uma cadeira no secretariado, o que não é muito fácil, pois tem disposição de manter a equipe que o acompanha desde o primeiro dia. Mas, sendo atendida a pretensão, o partido indicará o deputado federal José Silva, abrindo-se vaga para o primeiro suplente, Mário Heringer, que tem seu reduto eleitoral na região de Juiz de Fora. Será mais um da Zona da Mata em Brasília. Na última eleição ele teve cerca de 4.500 votos na cidade, com apoio de parte do secretariado do prefeito Custódio Mattos.
Os suplentes
Pode ser que a futura reforma política não consiga eliminar o senador suplente, figura discrepante, pois é um proporcional em eleição majoritária. Mas, a se tomar por base a leitura do relatório da comissão especial para a reforma, no futuro será eleito apenas um suplente. Resultado disso é que essa suplência seria valorizadíssima, o que pode acabar ampliando as portas da influência do poder econômico.
Estranha coalizão
Quando chegar a hora da reforma política - se é que vai chegar - questão indispensável entre as que têm de ser tratadas é a estrutura da coalizão, hoje acertada sobre um disparate: partidos desaparelhados, programas inconsistentes, confusos em suas propostas ideológicas e reduzidos a feudos, dominados por senhores sedentos de poderes negociados pelas cúpulas. Assim, a coalizão virou um simples, porém poderoso corporativismo, em cuja esteira apenas caminham projetos grupais ou pessoais. De uma forma ou de outra, quase sempre em conflito com os interesses nacionais. A reforma política não contempla, pelo menos no que dela se conhece até agora, a necessidade de definição de novo conceito de coalizão, que nada tem a ver com a “colisão” provocada pela volúpia da conquista de cargos.
Terceiro lugar
Nos bilhões e bilhões que compõem a previsão orçamentária do estado, o secretário da Saúde, Antônio Jorge Marques, está em terceiro lugar entre os que controlam os maiores recursos de Minas. Estão sob sua administração receitas da ordem de R$ 4,4 bilhões.
Violência
A cidade precisa substituir o comodismo dos “níveis toleráveis de violência” e debater o problema como a primeira entre todas as prioridades, sem mascarar estatísticas, porque é melhor a população conhecer a realidade. Não bastasse a violência em si mesma, há situações em torno dela que assustam, a começar pelo envolvimento dos jovens, que são, alternadamente, vítimas e agentes. A leitura diário do noticiário policial mostra com clareza que os crimes em Juiz de Fora sempre protagonizam pessoas com menos de 30 anos, tanto homens como mulheres. As eliminações sumárias revelam acertos de contas entre gangues que se formam nos bairros onde se refinam e se comercializam as drogas. Ficam evidentes os sinais do crime quase organizado. Hoje, haverá uma reunião preliminar entre representantes da prefeitura, Câmara Municipal e OAB para avaliação do problema.
Nomeação
O prefeito Bruno Siqueira comunicou, ontem, ter optado por Douglas Fasolato para a superintendência do Mariano Procópio, cujo nome figurava em lista tríplice elaborada pelo Conselho de Amigos do Museu. A título de curiosidade: Douglas era considerado favorito para o cargo desde o momento em que se confirmou a vitória de Bruno, no ano passado. Ainda assim, foi o último nomeado para o primeiro escalão.
Realidade
Toda a cidade deplora, com razão, o fato de o Museu Mariano Procópio estar fechado ao público há quatro anos. Uma realidade que bate contra nossas tradições de cultura. Mas também é preciso que a cidade conheça o que tem feito a pequena e dedicada equipe de funcionários e estagiários para conservar e restaurar aquele rico acervo. É coisa de gente da mais alta competência e dedicação.
Trinta anos
O professor Almir de Oliveira acaba de completar 30 anos na presidência do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, agora substituído pelo arquiteto Antônio Carlos Duarte. Foi alvo de homenagem dos conselheiros, em sua maioria por ele empossados nessas três décadas. Coube ao conselheiro Paulo Roberto Medina fazer a saudação, acentuando que Almir sempre foi um defensor intransigente da preservação da Casa de Mariano, mas lembrando também a vasta contribuição que ele tem oferecido à cultura de Juiz de Fora.
((publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

Nenhum comentário:

Postar um comentário