quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Difícil cirurgia

Em sua primeira reunião geral com o secretariado, na segunda-feira, o prefeito Bruno deu ênfase à necessidade de cada um dos titulares descobrir caminhos que levem à redução de gastos, o que, diferentemente do que se pensa, não está entre as tarefas fáceis. Cortar despesas é, muitas vezes, mais difícil que criá-las, até porque as secretarias que mais consomem são as que dispõem de orçamentos intocáveis. Como estender, por exemplo, um plano de contingenciamento às secretarias de Educação e Saúde?, onde jamais sobra o dinheiro que está sempre faltando.
Onde cortar?
Quanto aos fornecedores, é quase sempre impossível restringi-los, porque sem os materiais que vendem a administração não anda. Não menos difícil é pensar em economizar nas folhas dos servidores, mesmo sabendo que eles são cerca de 16.000, uma população maior que a de muitos municípios vizinhos. Mas, para que se obtivesse uma economia razoável nesse item, seria necessário um corte profundo, atirando alguns milhares nas ruas. E isto, além de não ser uma solução,passaria a constituir problema social.
Interpretação
Vá ver que o governador Antônio Anastasia foi mal interpretado quando recebeu a visita do deputado Júlio Delgado, a quem teria prometido apoio à sua candidatura à presidência da Câmara. O governador havia previsto é a possibilidade de o deputado ganhar o apoio da maioria dos colegas da bancada mineira. Ele recebe hoje outro candidato, Henrique Alves, o mais forte na disputa, pois conta com o apoio das bancadas governistas.
Vivos e mortos
A imprensa latino-americana continua explorando o mutismo do ex-presidente Lula, desde que veio a público o caso Rosemary Noronha. E usado para fazer humor negro, como se viu ontem na internet: “A Venezuela é governada por um morto; Cuba pelo irmão do morto; a Argentina pela mulher do morto; o Brasil, governado pela sucessora do vivo que se finge de morto”.
Devolução
A nova legislatura estaria cambaleando em seus primeiros passos se a Câmara não se dispusesse a dar o tiro de misericórdia nessa excrescência que se convencionou chamar de 14º e 15º salários. Fez bem não só em extinguir tal benefício, como criar obstáculos a vereadores que futuramente cometessem a veleidade de ressuscitá-lo. Ficou faltando é a devolução da primeira parcela pelos que receberam o prêmio, ou fazer como fez o vereador Antônio Aguiar, que doou todo o benefício que lhe cabia e mostrou as entidades beneficiadas. Tem vereador que diz que doou, mas não prova.
A diferença
Já que a legislatura apenas começou, e como sempre vem à baila a discussão sobre subsídios dos vereadores, é oportuno considerar que os R$ 15 mil que cada um vai receber são ao mesmo tempo uma remuneração justa e absolutamente inadequada. Para os bons vereadores, competentes e sinceramente dispostos a trabalhar, trata-se de um subsídio justo. Lamentavelmente, constituem a minoria. Para os outros, um dinheiro que a cidade joga pelos ralos que vão dar no Paraibuna.
Hora de ouro
O dado foi levantado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. O brasileiro, acima de qualquer outro povo do planeta, é o que mais consome horas de trabalho para sustentar impostos. Paga 2.600 horas por ano. O boliviano, 1.080 horas; o vietnamita, 941; o nigeriano, 938; o venezuelano, 864. Observe-se que o atraso está intimamente ligado à crueldade tributária.
Aniversário
O Partido Verde completa 27 anos hoje,fundado sob a promessa de adotar políticas preservacionistas, como também lutar pela criação de uma nova mentalidade de defesa dos recursos ambientais do Brasil. Em 20 de julho de 1995, a comissão provisória de Juiz de Fora se formou por um grupo de idealistas liderados por José Elias Valério. Reuniam-se numa sala do edifício Procópio Vale. Hoje, o partido é presidido por Sidnei Scalioni, para quem outra preocupação é combater as injustiças sociais.
Presente
A prefeitura do Rio contemplou Bruno Siqueira com um volume de luxo do álbum “Paisagem... janela do tempo”, com imagens das belezas cariocas. O emissário foi o jornalista Carlos Henrique Damasceno, que veio ontem. Mas encontrou o prefeito viajando.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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