quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vereadores reagem

Tirante Juiz de Fora, Santos Dumont, Cataguases e Ubá, além de mais alguns poucos centros, os vereadores da região vão engrossar, a partir de segunda-feira, a campanha contra projeto do senador goiano Cyro Miranda, que manda eliminar a remuneração do mandato de vereador em município com menos de 50 mil habitantes. Como a reação em 90% deles é contra o projeto, sua aprovação parece totalmente impossível.
Prós e contras
A gratuidade de mandato público é, em princípio, inadequada, por se supor que só se pode cobrar por um serviço quando vem acompanhado de justa remuneração. Mas, por outro lado, o mandato exercido sem subsídio permite admitir que estarão de fora os que pensam apenas em ganhar dinheiro. Houve época, coincidentemente com as legislaturas mais ilustres, em que vereador nada recebia. Na de 1947 o faltoso ainda era multado.
Socorro
O prefeito Bruno volta a Brasília, na próxima semana, quando terá audiência com o vice Michel Temer, presidente licenciado do PMDB. O que vai pedir são gestões de Temer junto ao governo para que as obras viárias de Juiz de Fora sejam incluídas no PAC - Plano de Aceleração do Crescimento. Não parece haver outro caminho, porque o Ministério dos Transportes, de onde se esperavam os R$ 80 milhões necessários, está disposto a enviar apenas R$ 12,5 milhões.
Logística
Em nota recente, opinamos que, para se sair bem sucedido nas incursões como a que vai empreender em Brasília, o prefeito fica dependendo mais da boa vontade política que propriamente do poder das urgências e dos argumentos técnicos. É exatamente o caso do PAC acudindo o plano viário urbano. Se a rota é essa, o jeito é organizar uma base de apoio de políticos cujo prestígio tenha fôlego para ir além de Benfica.
Ao trombone
Quem assistiu, ontem, à solenidade de apresentação do Plano de Saneamento Básico e ouviu o discurso preocupado do prefeito, saiu com a impressão de que ele não pretende se calar sobre as dificuldades que diz ter recebido de seu antecessor. Talvez alguma condescendência tivesse de ser respeitada se o ex-prefeito Custódio fosse integrar (como se esperou) o primeiro escalão do governo estadual, porque nesse caso poderia haver constrangimento nas relações. Mas o cuidado deixou de existir, depois que o ex foi ser secretário do prefeito de Belo Horizonte.
Desconforto
Diante dos riscos de que em breve o ex-prefeito e o atual estarão trocando farpas sobre dívidas, consolidadas ou não, e obras que não deviam ser interrompidas, pode ser que acabem em situação desconfortável os colaboradores imediatos que serviam antes e continuam servindo agora. Como transitar entre os fogos sem comprometer a lealdade?
Dois Fernandos
Na TV Câmara, durante debate com Carlos Zaratini, o deputado Marcus Pestana discordou e ironizou quando o colega paulista atribuiu a Fernando Haddad, hoje prefeito de S.Paulo, todos os méritos no setor educacional. Para o mineiro, o que melhor se fez nesse campo deveu-se “ao outro Fernando”, referindo-se a FHC.
Esquecidos
Uma nova pesquisa em curso nas principais capitais deverá confirmar o que todos sabem: cerca de 70% dos eleitores brasileiros não são capazes de dizer, quando consultados nas ruas, em que candidato a deputado votaram na eleição anterior. Reconhecendo, antecipadamente tal realidade, alguns deputados já sugeriram que a Câmara trabalhe muito na divulgação das atividades parlamentares.
Questão grave
É preciso incorporar o discurso político ao debate sobre o recrudescimento da violência envolvendo cada vez mais os menores, como agentes ou vítimas. É preciso que o problema tire o sono do Congresso, porque já saiu do campo das tragédias eventuais e isoladas para ganha dimensão sistêmica. Os moços se organizam em quadrilhas e partem para a violência, mesmo quando enclausurados nas entidades de recuperação.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Independentes

Completados dois meses da nova administração municipal, os partidos que participaram da eleição do prefeito ainda não disseram o que querem dele em relação aos seus programas, embora quase todos tenham sido ligeiros na reivindicação de cargos. Em contrapartida, a administração também nada tem a ver com os partidos, porque trata dos interesses diretamente com os vereadores.
Agora vai?
Dizia-se, ontem à tarde, em Brasília, que está confirmada a disposição do colégio de líderes da Câmara de acionar em plenário a reforma política, a partir de abril. Mas, para que não nos percamos em falsas expectativas, vale dizer que, na melhor das hipóteses, o que vai se votar é o financiamento público das campanhas eleitorais.
Consulta
No começo do segundo semestre, talvez mesmo antes, o PMDB deverá promover consulta entre deputados, diretórios e prefeitos sobre a conveniência de o partido disputar o governo de Minas em faixa própria. Neste momento, com tamanha antecedência, e por se saber que a montagem das peças sucessórias ainda está para acontecer, é temerário prever o que os peemedebistas pensam a respeito. Mas, em relação a Juiz de Fora, espera-se que prefeito e diretório se pronunciem por candidatura própria, até porque foi idêntica a bandeira que se levantou para a campanha de Bruno.
O retorno
Por falar em PMDB, seus planos imediatos e futuros, a mais recente novidade é a disposição revelada pelo ex-ministro Hélio Costa de disputar a cadeira de Minas no Senado, onde já atuou.Estaria pronto para encarar o esquema de Anastasia, candidato certo do PSDB. Mas, entrando na disputa, o cuidado que Hélio deve ter é não mais dar ouvidos aos acenos aliancistas do PT, porque foi por esse cano que entrou na eleição de 2010. ______________________________________________________________________________________
As chuvas têm causado problemas à Cemig, que sofre, independentemente de sua alta competência, em várias regiões. Mas como se vive na cidade o risco de desabastecimento de água, talvez valesse a pena parafrasear Vinícius de Moraes: que nos perdoe o estado, mas a chuva é fundamental.
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Em memória
A passagem, em julho, do segundo aniversário da morte de Itamar Franco, poderá ser marcada com a inauguração de seu memorial, que está sendo construído ao lado do Museu Murilo Mendes. E é possível que no mesmo mês a prefeitura coloque o busto do ex-presidente na Praça Jarbas de Lery.
Velho Conselho
O governo federal nunca manifestou desejo de maiores homenagens à memória de Itamar. Mas, se desejasse fazê-lo, podia instalar o Conselho da República, órgão superior de consultas, previsto na Constituição de 88, a ser formado pelos ex-presidentes da República. Atualmente, os ex-presidentes vivos são apenas quatro: Fernando Collor, José Sarney, Fernando Henrique e Lula.
Sob suspeita
Na esteira da interminável discussão sobre os vetos apostos pela presidente Dilma ao Código Florestal, ressurgem, ainda que discretamente, as críticas às ONGs – Organizações Não Governamentais, quase todas estrangeiras, que procuram, através de pressões, influir nas decisões do Executivo, tal como ocorreu no caso desse código. Com isso, deputados que veem favorecidos os ecologistas, em detrimento dos produtores brasileiros, voltam a questionar a sinceridade e o interesse daquelas entidades em ajudar o Brasil a resolver seus problemas.
Escondidos
Sob o manto da filantropia ou da orientação religiosa, geralmente praticada em pontos distantes dos grandes centros (há um gosto especial pela Amazônia) várias ONGs já fizeram muito para justificar a fiscalização rigorosa de suas ações.
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Para um governante
“Santo Agostinho, autor em toda esta matéria primaz, ensina que há dois gêneros de inimigos, uns que perseguem, outros que adulam: mas que mais se há de temer a língua do adulador, que as mãos do perseguidor”.
(Padre Vieira, sermão da Primeira Sexta-Feira,Lisboa, 1651)
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os divididos

Quando no PSDB o grupo mineiro toma a iniciativa de abrir o debate em torno da sucessão presidencial, e traz o senador Aécio Neves como pré-candidato, os paulistas reagem, impõem dúvidas e ressuscitam a tese das prévias. No Nordeste, onde está o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, a ala cearense dos irmãos Gomes garante que há outros nomes a considerar. E Campos adverte que o Ceará não fala pelo partido.
Governo pontua
Se os adversários se dividem, quando o jogo nem começou, quem conta ponto é o governo, porque sua candidata certamente não sofrerá esse tipo de problema na base. E mais ainda, porque vive a expectativa de aplaudir um racha no campo adversário, graças à ex-senadora Marina Silva, que chega criando novo partido, querendo se apropriar de propostas e ideias que são naturalmente da oposição. Em toda guerra, nos campos ou nas urnas, o primeiro passo para quem quer vencer é dividir o inimigo.
Quem chega
O presidente da Cemig, Djalma Morais, vem à cidade na sexta-feira, quando visita a Santa Casa de Misericórdia e inaugura o novo sistema de energia consumida pelo hospital. O sistema está baseado na energia solar, e vai representar economia significativa para a instituição.
Três queixas
Tão logo assumiu suas funções, a equipe do prefeito Bruno identificou o primeiro objeto de crítica à administração anterior. Referia-se ao fato de ela ter transferido uma dívida da ordem de R$ 35 milhões. Passados dois meses, foram acrescidas mais duas queixas: os recursos para obras viárias foram apenas prometidos, não consolidados, e a paralisação das obras da adutora de Chapéu D'Uvas.
Entre cristais
Ainda sobre as queixas em relação às heranças de Custódio: além dos mosquitos da dengue, que lhe zunem aos ouvidos, o secretário de Saúde, José Laerte, presidente do PSDB, partido da administração anterior, corre o risco de acabar em situação delicada. Não pode deixar de defender o prefeito passado, mas sem atacar o prefeito presente.
Endereço certo
O movimento intitulado “Salvem o Cine Excelsior” está atirando em direção errada, quando reclama a preservação do imóvel, por nove vezes negada pelo órgão municipal competente. Não adianta atacar os proprietários, nem ofender o Comppac, como fizeram cinco vereadores derrotados e hoje secretários municipais. O que esse movimento tem a fazer é virar seus canhões na direção daqueles secretários, para que, coerentes, exijam do prefeito a desapropriação do imóvel.
Solução difícil
Reuniões promovidas pela Assembleia Legislativa, uma das quais realizada no ano passado em Juiz de Fora, para debater o problema da dívida de Minas com a União, continuam pontificado o óbvio: reconhece-se o compromisso, lamenta-se a total falta de condições para honrá-lo, denuncia-se a ditadura dos juros, mas não são apresentadas soluções viáveis. Bom seria um maior envolvimento do governo federal, credor interessadíssimo. Justifica-se: quando a dívida é muito alta, o problema é mais do credor do que do devedor.
Puxador de votos
O candidato a governador,independentemente de suas possibilidades eleitorais, é importante para quem disputa uma cadeira de deputado, porque ganha um palanque privilegiado, consegue agregar custos à campanha majoritária e divide a propaganda. Em 2014 será eleito o sucessor de Anastasia, e os candidatos a deputado já começam a elaborar planos.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mudanças difíceis

Na onda das campanhas pela moralização, como ainda agora se vê em relação ao senador Renan Calheiros, é interessante observar que, embora visíveis na consciência coletiva, as mudanças em geral não se operam com facilidade. E não é preciso muito esforço para entender a distância que vai entre o desejável e o realizável: o mesmo eleitor que reclama e protesta é aquele que no momento do voto vai fazer caridosa concessão ao candidato prestimoso que lhe fez um favor ou que chega recomendado por parente ou amigo.
Causas distantes
A intensidade do desejo renovador dá-se, portanto, quando ainda estão distantes as urnas. É da tradição: outubro vai despontando e as boas expectativas se esvaziam, somando-se a isso uma certa preferência das camadas eleitorais por não mudar o que está posto, ainda que sobrem razões para cassar a delegação dada a homens e mulheres que não satisfizeram. Nos estudos a respeito, a conclusão geralmente aceita é que faz parte da índole nacional o temor por mudanças; uma aguda desconfiança em relação ao novo. E aí os corruptos tradicionais levam vantagem.
Contra Renan
Já que os partidos e as lideranças da cidade não se movimentaram para levá-la a aderir à campanha de destituição de Renan Calheiros da presidência do Senado, um grupo com cerca de cem estudantes promoveu passeata e protestos. Mas, foi no sábado à tarde, quando a movimentação no Centro já havia cessado. Na Rua Batista de Oliveira poucos assistiram à pequena passeata, que acabou sendo útil, pois evitou a omissão total dos juiz-foranos.
Vale insistir
Dez anos depois de terem sido declaradas insuficientes as instalações do Fórum, o governo do estado está propondo que alguns secretários se manifestem sobre a possibilidade de a atual sede ser permutada com a prefeitura. O novo Fórum ficaria na área vizinha à MRS, já agora abandonada a alternativa de ocupação de terrenos no extremo sul da Avenida Brasil. O plano é de interesse geral, mas já se percebeu que só evoluirá se vier o apoio das forças políticas, que em Juiz de Fora primam pela desunião e mútuas desconfianças.
Bem coordenado
Não apenas em relação ao novo Fórum, tão necessário, mas para qualquer projeto de vulto que depender de trânsito nos governos estadual e federal, o Executivo municipal não poderá abrir mão de uma base de apoio político de expressão. Governador e prefeito podem conversar e decidir, mas sem a participação de uma base política de sustentação, compondo-a deputados, senadores e ministros, a coisa não anda.
Base regional
O comando estadual do PT, que vê como certa a candidatura de Fernando Pimentel ao governo de Minas em 2014, já tem algumas ideias sobre como planejar a campanha e como garantir resultados mais proveitosos. Uma das sugestões apresentadas diz respeito a conduzir a movimentação do futuro candidato identificada com questões regionais, o que tem tudo para ser adotado, porque o estado vive perfis e problemas diferenciados. Uma prioridade na Zona da Mata não prevaleceria para o Jequitinhonha, por exemplo. Mas pode ser que o plano não seja uma exclusividade dos petistas. Sobre regionalização há quem a defenda também nos ninhos tucanos.
Problema sério
Desde o ano passado que técnicos credenciados vêm alertando para o fato de que chegou ao limite a capacidade de os reservatórios manterem o nível normal de abastecimento de água à população. Em outubro, sem maiores explicações, foram interrompidas as obras da adutora que vem de Chapéu D' Uvas, e, se elas forem retomadas agora, o desassossego em relação ao serviço fica para o próximo ano.
Preocupação
Quem esperava que as campanhas salariais fossem a primeira preocupação do prefeito Bruno, pode ficar sabendo que muito pior para ele e para a população é o risco de desabastecimento da água. Principalmente quando se somam a isso os dias quentes e as chuvas escassas.
As diferenças
Recebo pela internet:
    Se você rouba milhões de reais do povo ou dos cofres públicos, várias coisas podem acontecer: vai passar 15 dias num resort na Bahia; vai ser empossado deputado federal; será eleito presidente do Senado; vai se eleger deputado ou senador; nomeado ministro ou para um alto cargo no governo. Se você tiver menos de 18 anos completos, aí se você rouba, assalta, estupra, até mata, não tem problema. Você não pode ser preso, porque é menor. Só não pode comer bombom, tomar xarope pra tosse ou tomar remédio homeopático, porque se você for parado numa blitz, vai preso.    
(( publicado na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Causa difícil

Já que uma mulher chegou à presidência da República, não custa aproveitar o embalo e partir rumo a novas conquistas para a representação feminina. É o que se depreende de muitos projetos que estão tramitando pelas comissões do Congresso. O mais recente quer que todas as chapas de candidatos, quaisquer que sejam os cargos em disputa, tenham a metade das vagas destinada a elas. Foi dito aqui, em outros tempos, que é preciso diferenciar: a maioria das mulheres tem revelado aspirar na política a coisas nem sempre coincidentes com as feministas.
Pela tradição
O conselheiro Sebastião Helvécio, que durante duas décadas teve intensa atividade política em Juiz de Fora, acaba de ser empossado na vice-presidência do Tribunal de Contas do Estado. A se cumprir o que é tradicional ali, no próximo ano ou em 2015 ele vai para a presidência.
Como explicar?
Na decisão do Tribunal de Contas da União de mandar o ex-prefeito alberto bejani devolver R$ 155 mil aos cofres da prefeitura (juro de empréstimo pessoal que fez) fica faltando uma explicação importante e necessária: se em 1990 ele tinha no bolso R$ 2.3 milhões para emprestar, de que forma e por meio de que expedientes se valeu para ter esse dinheiro? Recém-desembarcado de uma vida de dívidas e aperturas, como ganhou tanto, a ponto de poder fazer empréstimo naquele montante? Por fim: isso que o Tribunal quer que bejani devolva é uma insignificância do muito que ele precisa devolver ao município.
Prazo curto
Março vai chegando, e com ele o prazo fatal para que eleitores faltosos se atualizem nos cartórios da Justiça Eleitoral. Consideram-se faltosos os que deixaram de votar, e não se justificaram, em três pleitos seguidos. A inadimplência em relação aos dias de votação tem crescido. Hoje em Minas são 122 mil, e sobre eles pesa a ameaça de ficar sem o titulo.
Coincidência?
Seria coincidência o fato de a ausência de votantes aumentar na mesma proporção em que caem o prestígio e a confiança que a população deposita nos homens públicos? Pois é fato concreto: a abstenção eleitoral sobe com os mesmos números que indicam a queda da confiança nos políticos.
Demora culpada
A Comissão da Verdade, criada com a missão de desvendar os abusos praticados pelas forças de opressão durante a ditadura, tem a seu favor a presença de nomes ilustres, mas é pouco provável que consiga castigar todos os culpados que continuam escondidos. É o que se tem visto. Essa comissão teria eficácia se fosse criada décadas atrás, porque, se os casos mais graves ocorreram há 45 anos, a maioria dos torturadores já morreu, e a localização de ossos dos mortos tornou-se mais difícil.
Ao relento
Um problema tem impressionado a todos, mas principalmente aos que cruzam a cidade altas horas da noite. É o volume da mendicância e dos que dormem em bancos, praças e sob as pontes. A previsão é de que se tornará mais grave quando chegarem os dias de baixas temperaturas. Dói saber que esses abandonados sofrem e vão sofrer ainda mais no frio. O problema não foi criado pelo prefeito, mas se ele assumir pessoalmente o enfrentamento, impedirá que se agrave.
Não se mexe
Já se tem como certo que neste ano (e provavelmente nunca) a Câmara não vai desengavetar o projeto que pretende a redução do número de deputados. Ninguém se anima a tratar da matéria com interesse, que é prejudicial à classe politica. Houve várias tentativas, a última das quais por iniciativa do deputado Clodovil Hernandes, falecido. Seu projeto era o mais radical de todos; exatamente por isso o mais enrustido. Pretendia reduzir para 270 os atuais 513 membros da Câmara.
Une e divide
O momento de disputas por posições políticas é sempre adequado para tirar das páginas o que dizia o Marquês do Paraná, em 1853, quando tentava formar o Gabinete com os saquaremas e os luzias: “A ambição do poder é a mesma razão que divide e une os homens”.
((publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Começo de jogo

O discurso que o senador Aécio Neves acaba de pronunciar, denunciando os pontos mais vulneráveis dos dez anos de passagem do PT pelo poder, fica como o lance inicial da disputa presidencial em 2014. Os treze itens que ele criticou, “as treze tragédias destes tempos brasileiros”, como disse em telegrama de congratulações um de seus amigos de Juiz de Fora, podem figurar como bases da plataforma do candidato oposicionista à sucessão de dona Dilma. A entrada de Aécio em cena perturbou, pelo menos em parte, a festa petista de uma década no poder.
Zona de perigo Não apenas os meios políticos dedicaram a quinta-feira a analisar o discurso de Aécio. Interessou-se por ele também o pessoal das áreas estratégicas da economia, pois o senador juntou sua suspeita aos outros parlamentares que veem a Petrobras caminhando para a falência. Diz Aécio que a estatal brasileira está valendo, hoje, menos que a petrolífica da Bolívia.
Nova campanha
Na Zona da Mata, os comícios e as campanhas políticas não constituem raridade, mesmo quando ainda distantes as eleições. Neste fim de semana, por exemplo, Santana de Cataguases reinicia a campanha para a vaga da prefeita eleita, Maria Jucélia Procaci, que teve o mandato cassado pelo TRE, acusada de abuso de poder econômico. O Tribunal não gostou do que dona Jucélia andou aprontando, tanto que a considerou inelegível nos próximos oito anos.
Ganhar o tempo
Para não perder longas incursões no interior do País, o Rede de Sustentabilidade, novo partido da ex-senadora Marina Silva, está propenso a mapear umas oitenta cidades, dando-lhes a tarefa de ramificar suas propostas políticas e o conteúdo programático. Sendo assim, parece se confirmar a previsão de Juiz de Fora desempenhar papel relevante nos planos da ex-senadora. Mas, antes de tudo, é preciso definir quem vai assumir a tarefa.
Preto no branco
Agora, a postulação é oficial, não mais apenas fruto de manobras e conversas de bastidores. O PMDB de Minas comunicou à direção nacional do partido que se sente preparado para ocupar uma cadeira no Ministério, tão logo a presidente Dilma dê início à esperada reforma no primeiro escalão. Foi prudente tornar a coisa oficial, porque, como se sabe, não se trata de ideia facilmente aceita pela executiva nacional do partido.
PRB em cena
O PRB ainda está entre os partidos de melhor performance na história recente da política brasileira. Partindo para seu sétimo ano de vida, conta com uma bancada de nove deputados federais e dois estaduais. Nesse período, a legenda assinalou um crescimento de 500%, o que nenhum outro obteve nos processos eleitorais mais recentes. Em Juiz de Fora, baseando-se nesses índices de crescimento, os militantes, em sua maioria ligados a templos evangélicos, fazem uma previsão: se no ano passado a sigla tinha 28 candidatos a vereador, na eleição de 2016 também estará em condições de disputar a majoritária com candidato próprio. Como é comum pregar nos cultos, pra Deus nada é impossível.
Vício poderoso
Ainda está para ser inventada e patenteada a fórmula que permitirá constatar e provar a compra de votos em uma campanha eleitoral, por mais que se saiba da existência desse vício. A dificuldade é conhecida: o comprador do voto tem interesse em manter o negócio totalmente escondido, e quem vende também se cala, envergonhado por ter participado disso. Trata-se, portanto, de um negócio em que vendedor e comprador se omitem. Presume-se, então, que será penosa a tarefa da Procuradoria Regional Eleitoral, que prometeu abrir guerra à compra de voto.
… E abrangente
Está para sair um livro do professor e sociólogo Eleutério Peres, de S. Paulo, sobre a influência da compra de votos na formação dos poderes políticos do País. No final do ano passado, quando esteve em Juiz de Fora visitando familiares, ele contou a jornalistas, que, sem a veleidade de conhecer a verdade dos fatos, suas pesquisas já o levaram a concluir que pelo menos metade das bancadas do Congresso e das Assembleias formou-se com base na influência direta do varejo na compra de votos em véspera de eleição.
Presença jovem
A TV Cultura, reeditando a série de entrevistas com ex-presidentes da República, mostrou uma gravação feita com Itamar Franco em 2009, quando ainda eram muitos seus projetos políticos, dois anos antes de morrer. Um dado marcante da entrevista é que ele falou menos de sua passagem pela presidência, mas defendeu a necessidade de os jovens terem maior participação na vida pública do País. Insistia muito nisto. Se a juventude não entrar em cena, a política brasileira passará por dificuldades, segundo suas previsões.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vocação de vice

Veterano pesquisador, que vem levantando dados sobre a presença de médicos na política, mas prefere manter-se no anonimato, estranha que, diferentemente do que se vê em outras cidades, aqui raramente eles ocuparam a prefeitura. Contudo, os médicos foram fartos como vice-prefeito. Ainda agora, Custódio Mattos teve como vice Eduardo de Freitas, e em 2004, disputou tendo ao seu lado Antônio Almas, não sendo eleitos. Mas em 1992, elegendo-se, seu vice era o médico Ivan de Castro. Quatro anos antes, ao concorrer pela primeira vez, o companheiro de Custódio na chapa era o pediatra Laurindo Netto.
Tradição respeitada
Tarcísio Delgado, prefeito durante 14 anos, não escolheu profissão diferente para acompanhá-lo nas três eleições que venceu. Em 1982, João Carlos Arantes; em 1996, João César Novaes, e em 2000 Sebastião Helvécio. Todos médicos. O ex-presidente Itamar Franco, eleito prefeito pela segunda vez, em 1972, seu vice era o médico Saulo Moreira, que assumiria dois anos depois, quando Itamar foi para o Senado. Antes de todos eles, em 1947, na redemocratização, Dilermando Cruz teve como vice Eudóxio Infante Vieira. E quando vieram os tempos de Olavo Costa e Adhemar Andrade, o vice não era médico, mas passou perto: Arlindo Leite, o dentista.
Favoritismo
Os prefeitos do interior estão sendo informados que o governador Anastasia considera simpática a candidatura de Toninho Andrada, de Barbacena, à presidência da Associação Mineira de Municípios, cargo que está disputando com Antônio Júlio, de Pará de Minas. Na região de Juiz de Fora sente-se o favoritismo tender para Andrada, que já esteve aqui se apresentando como candidato.
Eles fazem bem
Em palestra para estudantes de Comunicação, pediram-me sugestão sobre os melhores textos da imprensa para quem quer aprender a escrever e, ao mesmo tempo, “saber das coisas da vida, do passado, do presente e como caminha a humanidade”, no dizer da jovem apresentadora. Sugeri três nomes, sem tropeçar e sem medo de errar: Eduardo Almeida Reis, Vittorio Medioli e Mauro Santayana.
O que fazer?
O vereador Rodrigo Mattos, que levantou o problema das pichações, essa imundície que irrita a cidade, merecia conclusões mais objetivas ao final da audiência pública que, a seu pedido, a Câmara acaba de promover. Quando todos se levantaram, depois de reconhecer que o problema existe e se agrava, ficaram apenas boas intenções, sem se saber o que realmente vai ser feito para conter a poluição visual e defender os proprietários que têm seus imóveis prejudicados.
Choque brutal
Há uma diferença abismal entre a experiência das donas de casa nos supermercados e os órgãos oficiais que promovem o levantamento dos artigos e produtos de necessidade diária. À mesa, a população está gastando cada vez mais, diferentemente dos modestos índices atribuídos a uma cesta básica que o governo sempre considera generosa.
Inacreditável
Vê-se cada coisa nestes tempos do governo de dona Dilma! Mais espantoso que a renúncia de um Papa e o meteorito que despencou do céu, é o senador Renan Calheiros prometer seriedade e transparência durante sua gestão como presidente do Congresso Nacional.
Perfil confirmado
Nos últimos dias de fevereiro do ano passado fazia parte dos cálculos de partidos de Minas que, conhecidos os novos prefeitos, em outubro, seria possível traçar o perfil político do interior, com projetada influência na eleição de 2014. Não eram esperadas mudanças significativas, o que acabou se confirmando: o naco mais suculento do comando municipal permanece dividido entre PMDB, PSDB e PT.
O inesperado
Não bastassem os muitos problemas que enfrentam, prefeitos de pequenos municípios se veem agora diante de uma dificuldade que não fazia parte de suas previsões. Estão sendo processados por não terem pago obras e serviços com o dinheiro que o governo federal lhes prometeu, mas ficou só na promessa do PAC. Eles não viram um centavo de Brasília, e estão pagando pelo calote que não deram. Na região há casos em que já são acionados através da Universidade.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Convocação

Em artigo que assinou ontem no jornal “O Tempo”, de Belo Horizonte, o prefeito Bruno faz um apelo à união das forças políticas de Minas em favor de uma política de participação nacional nos resultados dos royalties do petróleo, lembrando que riquezas distantes das praias e em profundidade pertencem a todos os estados, não a um pequeno clube de dois ou três. Este é um momento crucial que, segundo ele, está a exigir a mobilização de todas as lideranças em favor do nosso e dos outros estados que têm sido excluídos.
Uma ameaça
No jogo entre baixar e subir o dólar em ciranda vertical, quem pode acabar pagando o pato é a imagem política da presidente. As exportações estão entrando em parafuso. Para o senador José Agripino, trata-se do segundo grande embaraço do atual governo. O primeiro, diz ele, foi ter prometido redução na tarifa da energia elétrica, sem estudar os reflexos dessa “gentileza”, um dos quais a fuga de investimentos no setor, com o risco da volta dos apagões.
E o Excelsior?
Apurou-se ontem. Até o final da tarde o prefeito Bruno não havia recebido qualquer sugestão para a compra do imóvel onde funcionou o Cinema Excelsior, iniciativa que devia partir de seis de seus secretários, ex-vereadores há quatro meses derrotados nas urnas. Quando tinham mandato, eles votaram moção de repúdio ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural por não ter acolhido a proposta, mas, ao contrário, a rejeitou nove vezes. Aguerridos e raivosos defensores daquele imóvel, é estranho que ainda não tenham se manifestado ao prefeito, que tanto prestígio lhes conferiu, diferentemente do que manifestaram as urnas.
Propaganda
Nem bem desceram ao chão as poeiras da campanha eleitoral, e já está de volta a propaganda dos partidos políticos em rádio e televisão. Às segundas, quartas e sextas-feiras passam a ter direito a dez inserções de 30 segundos cada uma. Não deixa de ser aceitável o argumento de que a população precisa conhecer os partidos. Mas o Tribunal Superior Eleitoral devia exigir que essa propaganda se restringisse a questões programáticas. Hoje, as inserções se limitam a conversa fiada e promoção pessoal dos dirigentes.
Dúvida mineira
São desencontradas as informações que rolam em Brasília sobre a possibilidade de um mineiro ser convocado para compor o Ministério, o que teria como objetivo fortalecer, desde já, a candidatura de Pimentel ao governo do estado. Para quem joga na possibilidade, o argumento está no projeto do Planalto para a sucessão do governador Anastasia. Os desanimados, que estão pelas bandas do PMDB, alegam que um mineiro peemedebista no primeiro escalão não caiu no gosto de Michel Temer. Se é assim, nada feito.
Convidado
Já era esperado. Políticos do grupo da senadora Marina Silva convidaram o advogado José Elias Valério, fundador do PV em Juiz de Fora, para ajudá-la a criar aqui um núcleo do novo partido, o Rede da Sustentabilidade. Acredita-se que tenha sido a primeira incursão da ex-senadora no interior do estado, até porque, em 2010, ela teve aqui 30,6% dos votos. Pelo que se sabe, Valério apenas agradeceu o convite, mas não se posicionou.
Café cotado
Na reunião que deputados promoveram em Juiz de Fora, na segunda-feira, alguns procuraram dar ênfase à criação do Fundo Estadual do Café, sem faltar a esperança de que a Zona da Mata volte a ter a expressão cafeeira do passado. Vive-se um processo de otimização em torno da cafeicultura de Minas, o que estará confirmado em setembro, com a realização, em Belo Horizonte, da quinta reunião da Organização Internacional do Café. Hoje, em cada cinco sacas do produto consumidas uma é de Minas. Estamos produzindo 26,9 milhões de sacas.
Para advertir
Os acontecimentos em Santa Catarina, onde uma onda de destruição foi comandada de dentro dos presídios, não podem ser vistos como caso isolado, mesmo se for considerado que tais fatos ocorrem em um estado que jamais figurou entre os mais críticos nesse setor. É um problema que tem tudo para se alastrar, com o detalhe de que precisa ser avaliado com cuidado: não se trata apenas do poder de comando de quem está atrás das grades,mas também das quadrilhas de obediência criminosa que continuam nas ruas.
Questão ignorada
Os governos não têm encontrando tempo e disposição para encarar a situação dos presídios, onde é possível dizer que se organiza o crime com rigorosa precisão. E a sociedade, salvo manifestações isoladas, que geralmente começam e terminam ao sabor das rebeliões, tem conferido pouca importância ao que acontece ali.
Recordista
Em maio do ano passado, aproveitando que o vereador Wanderson Castelar defendia lei que tornasse obrigatório o relatório mensal do cumprimento ou descumprimento dos horários de ônibus urbanos, os jornais lembraram que se tornava não menos necessária uma outra providência em benefício da população: na esquina de Getúlio Vargas com Floriano Peixoto o sinal verde que é aberto ao pedestre tem a duração de apenas 4 segundos. Quase um ano depois do registro, o estranho recorde é mantido.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O exemplo bendito

Semana depois de ter anunciado disposição de renunciar, o que fará formalmente no próximo dia 28, o Papa Bento XVI tem sido elogiado pelo espírito de desapego e superioridade acima do poder temporal. Ao declarar que não se sente mais com forças suficientes para administrar o Sólio Pontifício e liderar 1 bilhão de católicos em todo o mundo, ele se transformou num símbolo de desprendimento por uma posição de prestígio universal; e nesse sentido serviria de exemplo, sobretudo para os políticos, que se agarram de unhas e dentes a seus cargos, e de tudo são capazes para não perdê-los.
Diferente e convergente
Mas o episódio da renúncia leva a uma reflexão comparativa, não menos importante, de imensa utilidade, não apenas para quem exerce função pública, mas qualquer pessoa tentada a desistir na rota da vida, onde se espalham mil e uma ciladas e dificuldades. Aí entra João Paulo II, que deixou uma outra lição: é preciso resistir e ir até o fim. No caso desse grande Karol Wojtyla, o que se viu foi a vitória da coragem sobre as seguidas tentações para ceder e parar. João Paulo levou seu calvário até o fim. Resistir foi o exemplo. Porém, Bento concluiu que melhor é parar, porque as energias que lhe faltam são as forças reclamadas por uma Igreja que se deseja mais ligeira nas decisões e nas atitudes.
Uma dupla lição
Um por resistir, o outro por se retirar, João Paulo II e Bento XVI constituem, cada qual na sua maneira de interpretar as responsabilidades com o Evangelho, um exemplo para todos os homens, a começar pelos políticos, mas não apenas eles. A aventura humana é capaz de criar desafios e situações em que tanto desistir como prosseguir são atitudes que levam a Deus. Depende de quem e para quê. Interessante: tão diferentes na visão das responsabilidades que lhes foram confiadas, esses dois papas são rigorosamente iguais no objetivo último e maior.
Sobre reforma
Ontem, durante a sessão de prestação de contas que a Assembleia Legislativa promoveu na Câmara, alguns políticos quiseram saber, e os deputados não souberam informar, sobre a esperada reforma no secretariado mineiro. O governador parece não ter pressa, e há quem considere que ele já nem pensa mais no assunto. A propósito, a Epamig está há quatro meses sem presidente. Quem responde interinamente é Paulo Romano, que se tornou célebre como deputado, ao dar o voto que consolidou o impeachment do presidente Collor.
Um teste
Em março, a Associação Mineira de Municípios vai eleger seu novo presidente, cargo disputado pelos prefeitos de Barbacena, Toninho Andrada ( PSDB), e de Pará de Minas, o peemedebista Antônio Júlio. A campanha pelo cargo vai além de projetos pessoais. Torna-se uma luta entre os dois partidos. Andrada, com uma proposta regional, já esteve em Juiz de Fora para pedir o apoio de Bruno, mas o partido do prefeito, PMDB, também quer esse voto. É um teste político.
Tempo ao tempo
Dividem-se os tucanos em dois times diferentes. Um deles defende que a oposição deve entrar logo em campo para mostrar suas ideias, independentemente do adversário a enfrentar. Outros, ao contrário, consideram que ainda é cedo para saber como agir na campanha de 2014. Para estes, é preciso conhecer o volume dos problemas e das facilidades do governo Dilma. Por exemplo: se ao chegar a eleição, ela estiver enfrentando uma inflação perturbadora? Um quadro totalmente diferente de hoje. Agir no momento errado pode ser fatal. Como ensinava Tancredo Neves, a hora certa é quando o mato está alto para ser capinado e baixo para ser roçado.
E as parcerias?
Há um ano, o governador Anastasia veio a Juiz de Fora para propor a via da parceria destinada a ampliar as expectativas da região, o que resultou em alguns poucos progressos. Afirmava ele naquela ocasião que é preciso consolidar um programa de colaboração mais objetiva entre estado e o município, caminho certo e menos acidentado para que se possa apressar a chegada de novos investimentos. Muitos projetos se viabilizariam e certamente se tornariam menos custosos se contassem com o apoio recíproco nos dois níveis da administração pública.
Números falam
Assim como as cartas da canção popular, também os números não mentem jamais. É o que se depreende de um painel da Câmara, para confirmar como é difícil a oposição fazer valer seus projetos no Congresso. Aos números: na Câmara, os oposicionistas são 100 entre os 513 deputados. No Senado, onde há 81 cadeiras, apenas 18 pertencem à oposição. Trata-se de uma situação que certamente se agrava com os poderes naturais do convencimento oficial.
Falar e calar
Os novos prefeitos, preocupados com o trabalho de contornar dificuldades políticas, devem ler Baltasar Graciana, do século XVII, que aconselhava cautela ao falar, porque entendia que o falar só faz sentido se for para melhorar o silêncio. Há que pensar muito, falar pouco e ouvir apenas o que não vier dos bajuladores.
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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Explicando

Houve quem estranhasse o fato de em Juiz de Fora nenhum partido político de expressão tomar a iniciativa de colher assinaturas de eleitores para propor o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros. Já são 1,4 milhão de adesões em todo o País. Pois seria verdadeiramente estranhável se ocorresse tal movimento, pois a eleição de Renan foi obra do PMDB, PT, PSDB, PSB e outros não menos culpados. Esperar o quê?
Em estudo
O PSB (não PPS, como saiu em nota anterior) vai renovar o comando de sua comissão provisória em março. Confirma-se que o médico José Roberto Maranhas, que representou o partido junto ao PT na eleição majoritária do ano passado, é citado como potencialmente preparado para a presidência, mas, por enquanto, apenas estudos.
Novidade
Em uma fase em que a renovação dos comandos partidários é assunto que ainda não empolga, vale citar como inovação garantida a que vem com o PSDB: a presença obrigatória de 30% de mulheres nas chapas submetidas aos filiados. A decisão já foi tomada pela direção nacional do partido.
Maquiagem
Amanhã, num evento que promete promover no Congresso, o PSDB quer debater o que considera grave maquiagem que o governo aplica nas contas públicas, procurando escamotear dados que comprometem o Palácio do Planalto. Na segunda-feira seguinte o partido leva Fernando Henrique a Belo Horizonte para abrir o seminário “Século 21: desafios, ameaças e oportunidades”.
Em defesa
Quarenta dias depois de empossado, o prefeito Bruno definiu o vereador oficialmente credenciado para falar em nome da administração. É Luiz Otávio Coelho, do PTC, partido que o apoiou na campanha eleitoral. Para o efetivo exercício da liderança o vereador tem de estar municiado de todas as informações sobre problemas e desafios da administração, para que possa defendê-la em quaisquer circunstâncias. Mas isso nem sempre aconteceu.
Contraponto
A montagem da oposição ao prefeito também não é conhecida, mas certamente trata-se de tarefa que vai caber ao PT, antes mesmo de agregar naturais descontentamentos em outras bancadas. Para contestar o prefeito, os petistas esperam as reivindicações salariais dos servidores. Sempre um prato cheio.
Concorrência
Depois que a presidente Dilma provocou o arrefecimento das expectativas em relação à reforma ministerial, que segundo ela não é questão imediata, os políticos passam a se interessar um pouco mais pela eleição do novo Papa, por causa das muitas implicações que resultam da diplomacia do Vaticano. O interesse certamente seria maior se um brasileiro figurasse entre os principais favoritos, mas a agência irlandesa Paddy Power, especialista em apostas, diz que o melhor entre os nossos, dom Idilo, só vem em 9º lugar na bolsa dos lances de entendidos.
Questão de gosto
Como a devolução de livro emprestado é fenômeno tão raro como a passagem do cometa Halley, comemoro a volta à estante do “Tancredo Casos & Campanha”, de Ronaldo Costa Couto, lembrando dele uma passagem interessante. Perguntava-se ao grande Guimarães Rosa quais as cidades de Minas que, no seu entendimento, ficaram com os nomes mais bonitos. O fato foi lembrado durante um voo no modesto Xingu do Palácio da Liberdade. O autor de “Grande Sertão: Veredas” tinha na conta de esplêndidos nomes, não apenas São João Del-Rey, que Tancredo logo citava, mas também Maria da Fé, Brejo das Almas, Dores do Indaiá, Dores da Boa Esperança, Soledade e Juiz de Fora. Quanto ao nosso, nem todos concordam.
Quem vai?
O novo partido lançado pela ex-senadora Marina Silva, que vai se chamar Rede da Sustentabilidade, ainda não tem em Juiz de Fora quem possa segui-la nessa jornada. De 2010, os que a acompanharam no Partido Verde já tomaram outros caminhos políticos, e não parecem dispostos a uma nova aventura. Quem assistiu pela TV, no fim de semana, ao lançamento da Rede, ficou com a impressão de que faltou alguma coisa na plataforma programática.
Os desistentes
Quando pintam os sinais do ressurgimento da indesejável inflação, a presidente precisa ficar atentar. Há ministros que não têm lealdade suficiente para enfrentar qualquer crise mais séria, e desembarcam logo. Foi-se o tempo de um Marechal Machado Betencourt, ministro da Guerra, que em 1897 colocou-se na frente de Prudente, recebendo a facada mortal que Marcelino de Melo havia planejado para o presidente.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Morre Fernando Lyra

O ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, um dos principais colaboradores de Tancredo Neves na transição democrática, morreu hoje, às 16h50m, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Lyra estava internado no Incor desde 5 de janeiro, para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva grave (que o acometia há cerca de 20 anos), associada a quadro de infecção sistêmica e à insuficiência renal aguda.

Nova safra

Parece ser disposição do Tribunal Superior Eleitoral deixar para o segundo semestre qualquer decisão sobre formação de novos partidos políticos, notícia que não é do agrado dos grupos interessados, que precisam andar ligeiro para poderem influir nas eleições de 2014. Há 20 novos partidos na fila aguardando o sinal verde do TSE. Apenas um entre eles, o Partido Militar Brasileiro, tem simpatizantes se articulando em Juiz de Fora.
À margem
Se há matérias incapazes de sensibilizar o Congresso, a proliferação dos partidos políticos é uma delas. A explicação para o descaso vem revelada em dois pontos. O primeiro é que, quando são muitos e pouco exigentes quanto às propostas programáticas, os partidos vigentes servem a eventuais mudanças de filiação, e os voos de infidelidade sempre são bem-vindos. O segundo ponto é que, sendo os excessos do pluripartidarismo um desserviço à democracia, são condenados pela unanimidade dos discursos parlamentares. Mas, da boca pra fora, porque no Congresso sempre que há uma questão sem divergência o destino dela é a gaveta.
Velho sonho
Certamente por causa do velho sonho de construir a nova sede segundo projeto que ela própria elaborou, a Câmara Municipal nunca revelou grande interesse em ganhar nova sede em imóvel pronto. Talvez por isso não se entusiasme com a retomada da discussão em torno de uma permuta entre estado e município, na qual os vereadores ficariam com o prédio do atual Fórum.
Participação
Quando se fala na necessidade de o jovem estar mais integrado no contexto social do seu tempo, isso deve incluir a participação na política, atuando no sentido de aperfeiçoá-la, disse o arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Odilo Scherer, durante entrevista na Rede Vida. Essa participação renovadora tem sido apontada por outros prelados como a única chance de a política brasileira melhorar.
Pauta prioritária
Membros da Mesa diretora da Assembleia estarão em Juiz de Fora na segunda-feira, para mostrar o balanço das atividades legislativas de Minas no ano passado, estando prevista uma homenagem especial ao prefeito Bruno, que até outubro integrava a Casa como membro da bancada do PMDB. O relatório vai tratar de matérias de importância para todo o estado, mas seria interessante uma exposição dos projetos e indicações ainda pendentes e de interesse da microrregião de Juiz de Fora.
Explicando
Houve quem estranhasse o fato de em Juiz de Fora nenhum partido político de expressão tomar a iniciativa de colher assinaturas de eleitores para propor o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros. Pois seria verdadeiramente estranhável se ocorresse tal providência, pois a eleição de Renan foi obra do PMDB, PT, PSDB, PSB e outros não menos culpados. Esperar deles o quê?
O que é melhor?
Começa uma discussão, para alguns matéria bizantina, para outros essencial. Em se tratando do projeto de Aécio Neves de disputar a presidência da República, o que seria melhor: a disputa direta e exclusiva com dona Dilma ou a participação de vários candidatos?, de forma que os votos do governo fiquem divididos. A tendência dominante entre alguns tucanos é admitir que a fartura de candidatos seria benéfica ao projeto do senador mineiro. Nesse sentido, já seriam bem-vindas as candidaturas de Marina Silva e Eduardo Campos.
Outros tempos
Tirante excessos de saudosismo, que tendem a desmerecer tudo que veio e aconteceu depois dos últimos 50 anos, forçoso é reconhecer que a indústria de Juiz de Fora teve um apogeu que despertava admiração de todo o País. Basta lembrar. Está fazendo 90 anos hoje que as indústrias locais abiscoitaram os melhores prêmios da Exposição Internacional do Centenário da Independência, realizada no Rio: Grande Prêmio para Costa, Irmão & Cia. Medalha de ouro para Cervejaria José Weiss, Oto Loefler & Irmão, L'Astorina & Cia, Companhia Morais Sarmento e Companhia Santa Cruz. Medalha de prata para Meurer, Irmão & Cia. A medalha de Bronze ficou para Cristiano Horn & Cia. À Pantaleone Arcuri coube o diploma de honra.
Probidade
O Departamento de Probidade da Advocacia–Geral da União revelou, recentemente, que em 60% dos desvios nos órgãos responsáveis pela distribuição dos recursos destinados aos serviços da Saúde e da Educação figuram como principais culpados os prefeitos de pequenos e médios municípios, onde raramente desembarca o interesse da fiscalização. É importante lembrar que esse tipo de corrupção é antigo; veio de outros governos, embora tenha prosperado sensivelmente a partir do reinado de Lula.
Vista grossa
Pelo que se sabe, são muitas as unidades de ensino superior que não dão bolas para a engraçada Lei 12.605, já regulamentada, que reza em seu Artigo 1º: “As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.”
Generalidades
Então, é engenheiro ou engenheira, advogado ou advogada, médico ou médica. Lei bastarda daquela bobagem de condenar dona Dilma a ser presidenta. A tal lei tem de cair no esquecimento, até porque não é clara quando a palavra é a mesma para ambos os sexos, como dentista, economista, jornalista, policial, cientista, comandante, entre outros. Como se chamarão: “dentisto", ”jornalisto”?. E quando uma jovem formada pelo Senai optar pela profissão do companheiro Lula? Seria torneira mecânica?
Morre Fernando Lyra
O ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, um dos principais colaboradores de Tancredo Neves na transição democrática, morreu ontem, às 16h50m, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Lyra estava internado no Incor desde 5 de janeiro, para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva grave (que o acometia há cerca de 20 anos) , associada a quadro de infecção sistêmica e à insuficiência renal aguda.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Persistência

Restou um detalhe da recente conversa do prefeito Bruno com o governador Anastasia. Foi retomada a velha ideia de município e estado somarem seus recursos para a solução de dois problemas: a nova sede do Fórum e as instalações definitivas da Câmara Municipal. Trata-se de uma permuta: a prefeitura doa área suficiente no Terreirão do Samba para a Justiça, cabendo ao estado doar, em contrapartida, o prédio da esquina de Marechal Deodoro com Rio Branco, onde se instalaria a Câmara.
Fora, Renan!
Não se tinha visto, até hoje, tamanha mobilização via internet. Não obstante o carnaval, nada menos de 1,4 milhão de brasileiros subscreveram iniciativa popular para o impeachement do senador Renan Calheiros, pelas razões que todos conhecem. Em Juiz de Fora, ao contrário do que se viu em grandes cidades, não houve partido que tomasse a iniciativa de convocar a participação popular. Ainda assim, é certo que umas 50 pessoas aderiram à iniciativa.
Diferença
Na página de Eduardo Almeida Reis, no “Estado de Minas”, apareceu o seguinte, da lavra de R. Manso Neto: “Alguém precisa explicar à maioria dos políticos que o verbo é ufanar, não afanar o nosso país”.
Desmotivação
Até o dia 21, italianos aqui residentes poderão participar da eleição parlamentar de seu país de origem, ajudando a definir os seis deputados e senadores que representarão as colônias residentes na América do Sul. Poderão votar por carta. Mas, geralmente são poucos os que se interessam em participar.
Renovação
Dentro de mais alguns dias o PPS começa a preparar a renovação de sua comissão provisória, o que terá de ser feito em março. O partido convoca os filiados com dois fatos novos e importantes: ele participou com Maranhas da chapa do PT na eleição do ano passado e elegeu um vereador, façanha que não conseguia há mais de dez anos. Quanto ao nome para a presidência da provisória, o assunto ainda não está sendo tratado, mas se fala do entusiasmo que o doutor Maranhas assumiu pela política, o que o credencia.
O primeiro
O primeiro evento social no âmbito da administração municipal vem em março. O responsável pela política de Defesa Civil, Marcos Deotti, tem casamento acertado com a ex-vereadora Rose França.
É clarear
Passado o carnaval, o que é importante, porque os políticos acham que antes dele nada se decide, é hora de o PSDB começar a pensar objetivamente em seus planos para 2014. Quem parece concordar com isso é o presidente do partido em Minas, deputado Marcus Pestana. Diz ele que é chegado o momento de “clarear as ideias”.
Turbulência
Para os prefeitos, março costuma ser um mês aziago. Dizem que, em relação aos recém-chegados, é quando termina a lua de mel e começa a lua de fel. Aproxima-se a data-base dos rodoviários, o que implica em reajuste da tarifa dos ônibus. Concomitantemente, surgem os professores querendo ganhar mais. Eles ocupam a maior folha dos servidor.
Eleitor ilustre
Pode ser que, pela primeira vez, um juiz-forano participe da eleição do novo Papa, o que vai acontecer antes da Páscoa. Dom Geraldo Majjela Agnelo, cardeal primaz emérito, só completará 80 anos em 19 de outubro, o que o habilita.
Receituário
Note-se o que diz o cientista político Fernando Massote sobre o fracasso do atual modelo brasileiro de organização partidária: “A solução não é jogar fora os partidos políticos, mas redefini-los de acordo com as exigências da representação dos interesses gerais. O modelo de atuação no passado é imprestável para o presente”. O problema está em que os homens que podem promover essa redefinição são exatamente os que gozam os benefícios da estrutura arcaica e viciosa.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS))

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Desequilibrando

Há dias foi divulga uma primeira lista de possíveis candidatos a deputado federal. Na verdade, eram os cinco primeiros que caminham para serem tidos como candidatos naturais. Não se falou no nome do reitor Henrique Duque, que ainda não disse se estará disposto a concorrer, mesmo se sabendo que, desejando disputar, são vários os partidos que lhe abrirão as portas. Duque tem impressionado os políticos pela desenvoltura com que abre portas, descobre verbas e como sabe caminhar pelo gabinetes de Brasília.
Baixa pensão
A deputada Maria Lúcia Cardoso, que moveu processo de divórcio litigioso contra o deputado Newton Cardoso, esteve por pouco para ser titular de uma pensão recordista. Pleiteava R$ 150 mil mensais, mas ficará “apenas” com R$ 103 mil. A Justiça decidiu que deve se contentar com menos, depois que se descobriu que ela havia forjado certidões que a beneficiariam.
Breve pausa
Os principais secretários do prefeito Bruno passaram os últimos dias em regime de trabalho full time, para ajustar a máquina administrativa ao modelo da nova equipe, o que os fez frequentar “quentinhas” de restaurantes vizinhos. Parece que vão aproveitar o carnaval para sair dessa concentração.
Um novo pacto
Empossados os novos prefeitos das grandes cidades e eleitos os presidentes da Câmara e do Senado, os governadores mais influentes deverão retomar a discussão de novo pacto federativo, capaz de conferir um mínimo de autonomia aos estados afundados em dívidas impagáveis.
Em memória
O senador Itamar Franco, morto em julho de 2011, gostaria de estar assistindo a esse momento das governadorias. Dias antes de ser hospitalizado para morrer, ele comentou com amigos e jornalistas que esse pacto seria sua prioridade entre todos os temas políticos.
Temor doméstico
As recentes pesquisas de aceitação pública dando vantagem à presidente Dilma massageiam o ego da equipe do governo. Mas vem de acréscimo um dado para preocupações internas: mesmo com a aceitação crescente, quando chegar a eleição de 2014 essa aceitação seria desviada em favor de Lula? A persistir a tendência, serão inevitáveis os dissabores internos e nas relações entre os dois grupos.
Ao arquivo 1
Não resistiu às muitas críticas o projeto que autorizava deputado federal a usar placa oficial em seus carros particulares, como pretendia o paulista Guilherme Mussi, espantosamente membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Quem apoiou acabou desistindo, e o assunto vai para o imenso arquivo das maluquices.
Ao arquivo 2
Seria oportuno se a Câmara Municipal promovesse uma triagem dos velhos ou novos processos cuja presença na pauta não tem mais cabimento. Alguns perderam a atualidade, outros ferem a Constituição. Há muitas impropriedades a exigir rigorosa filtragem.
Poluição sonora
A Câmara de Juiz de Fora figura entre as que serão convidadas a contribuir na discussão da unificação dos dispositivos legais que pretendem conter a poluição sonora em Minas. O encontro, promovido pelo governo do estado para legislativos municipais, está previso para abril. Cada cidade, grande ou pequena, tem uma forma de encarar e tentar resolver o problema. Sistematizar os recursos legislativos é importante, porque a poluição sonora avança sobre as populações e afeta a vida de milhares de pessoas. Se não a tínhamos tempos atrás, o mesmo não se pode afirmar hoje, com a intensificação do tráfego, o tumulto das ruas e as casas noturnas.
Expectativas
Nestes dias de carnaval, as atividades políticas estarão interrompidas, mas seus agentes permanecerão atentos. E o principal alvo de suas atenções são as conversas que se desdobram em torno da reforma ministerial. Não se conhece a extensão da mexida, mas há um detalhe importante para Minas: Fernando Pimentel deixa o ministério do Desenvolvimento para ocupar pasta de maior exposição política, primeiro passo para a montagem de sua candidatura ao governo do estado. Este é um aspecto importante. Outro, é quem vai substituí-lo. Será um mineiro. Mais um motivo para esquentar as expectativas.
Campo fértil
Há quem elabore a previsão de que Juiz de Fora terá 400 mil eleitores em outubro de 2014. Se esse número revela seara expressiva para os candidatos a deputado com domicílio aqui, os de outras região não vão poder esconder a cobiça, sobretudo porque se trata de um colégio eleitoral tradicionalmente generoso com os que vêm pescar votos e depois somem.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Desafio que vence

Um novo ano legislativo, como o que começou no dia 1º, tem sempre diante de si o desafio de conter a avalancha de medidas provisórias, criticadas por todos os presidentes, sem embargo de serem os próprios, sem exceção, os que delas fazem uso frequentemente. Sendo instrumento do Executivo para passar por cima do Congresso Nacional, e legislar segundo seus interesses, elas já foram objeto de dezenas de tentativas de senadores para conter o ímpeto do Executivo no uso de tal instrumento, filho bastardo dos velhos decretos-leis, tão ao gosto das ditaduras.
Alguma tentativa
Hélio Costa tentou limitar as MPs, quando esteve no Senado. Mais recententemente, Aécio Neves propôs soluções conciliatórias entre os dois poderes. E José Sarney prometeu atuar para remover a grave distorção, durante sua permanência na presidência do Congresso. Já saiu e não cumpriu. Essas tentativas fracassaram, e vão fracassar sempre, porque o Congresso não consegue dar a desejada compensação ao Executivo, que são os instrumentos de agilitação do trâmite dos processos. Deputados e senadores consomem meses, até anos para votar determinadas matérias, deixando o governo imobilizado. O Congresso, para se queixar das Medidas Provisórias, tem de vencer sua própria morosidade.
Porre antecipado
Com a chegada do carnaval, os políticos, antes de entrar nas festas momescas, vão cuidar de curar a ressaca que trazem de três semanas de agitação e suspense, por conta da eleição das mesas da Câmara e Senado. Chegam de um porre antecipado na comemoração da vitória de Renan e Alves; uma espetacular vitória, pois os adversários não eram apenas um senador e um deputado acusados de corrupção. Os parlamentares ganharam e tripudiaram sobre uma nação inteira que clama por probidade na vida pública.
Culpados
As explicações dos deputados sobre falta de quórum gostam de crucificar a Semana Santa como culpada. Mas isso não é exatamente verdadeiro. No ano passado, a semana do Sete de Setembro teve apenas um feriado para estrangulá-la e, em 40 dias, antes e após, a Assembleia mineira tratou de 17 processos. Apenas um aprovado.
Dois pesos
A Justiça condenou a jovem Mayara Petrônio a 18 meses de reclusão, acusada de preconceito, por ter conclamado em seu site pessoas de “consciência” a diariamente afogarem um paulista, como forma de melhorar o Brasil. Em passado não muito distante, Nélson Rodrigues escrevia e repetia que não há maior solidão do que a companhia de um paulista, e não houve juiz que o incomodasse.
Um critério
Sendo filiado ao PMDB e por ele eleito, nem por isso o prefeito Bruno se sentirá na obrigação de escolher um vereador correligionário para representá-lo na Câmara e ali liderar sua bancada. A aliança que o elegeu é suficientemente vasta para oferecer alternativas. A escolha do líder deve ocorrer logo após o carnaval.
Salvar o ministro
Vai ser retomada em Brasília a campanha destinada a colocar ativos os deputados petistas de Minas em defesa do ministro Fernando Pimentel, que já venceu duas tempestades de denúncias de corrupção. Virtual candidato a governador, ele ainda vai depender muito da blindagem política. Toda candidatura que emerge ressuscita velhas desconfianças.
Candidato certo
De uma coisa os tucanos mineiros estão certos: o governador Antônio Anastasia será candidato a senador em 2014. Havia dúvidas quanto à sua disposição pessoal para tal campanha, mas parece que elas estão removidas. Essa candidatura é particularmente importante para o vice Alberto Pinto Coelho, que será governador durante seis meses, candidatando-se à reeleição sem deixar o cargo.
O começo
O governador vai incluir uma visita a Juiz de Fora em sua agenda de março, com o objetivo de dar início às obras da ligação rodoviária da zona Norte da cidade ao aeroporto regional, em Goianá. Previsão de estarem concluídas em doze meses, o que coincidirá com o término de seu mandato, se realmente sair para disputar o Senado. É possível que na mesma visita ele libere os prometidos 5 milhões para obras do Museu Mariano Procópio. (( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS))

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A pagar

A Justiça mineira informa que estamos em 17º lugar entre os municípios do estado que mais acumulam precatórios, num total de R$ 1,2 milhão. Não é algo capaz de assustar, a não ser que sejam compromissos que devam ser honrados até o final do ano. É de se esperar que o volume dos precatórios não esteja tão defasado como outra parte da informação do Tribunal, dando à população de Juiz de Fora com apenas 521 mil.
Inaceitável
Se fosse possível esperar algum ato moralizador do novo presidente da Câmara, Henrique Alves, seria necessário tornar sem efeito a decisão de seu antecessor, o deputado petista Marco Maia, que contratou serviço de engraxataria por R$ 3,13 milhão para o ano. São R$ 8,7 mil para engraxar, todos os dias, três mil pares de sapatos de deputados e servidores. Sapato brilhando é o menos importante em uma Casa destinada a defender os interesses do povo.
Serviço pronto
Se quiser, o prefeito Bruno já pode programar a inauguração do primeiro serviço direto à população, que está na área do secretário de Agropecuária, Marlon Martins. São os 38 banheiros químicos contratados para funcionar junto às 14 feiras livres da cidade. Vai ser atendida uma reivindicação antiga dos feirantes.
Visitante
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, vem a Juiz de Fora para conhecer o Museu Mariano Procópio. A data da visita, ainda este mês, pode ser anunciada hoje em Brasília. A notícia não deixa de ser auspiciosa, porque ela dispõe de acesso a setores federais que podem injetar recursos nos projetos de restauração da casa histórica.
O que mais?
Terminada a temporada de renovação dos cargos no Congresso, o que se pode dizer é que o PMDB nunca esteve tão à sombra como agora, se considerado o poder que obteve; não propriamente a qualidade pessoal dos novos poderosos. O partido tem a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados, as principais lideranças nas duas Casas, a vice-presidência da República e ministérios estratégicos. Ainda assim, se precisar de mais alguma coisa, pode contar com o apoio do PT, um parceiro fiel.
Sinistrose 1
Não é aconselhável para a saúde perder o tempo imaginando coisas ruins. Contudo, inevitável, quando se trata do interesse nacional. Imaginemos que em razão de viagens ao Exterior ou qualquer impedimento tenham de se afastar do cargo dona Dilma e o vice Michel Temer. Ocorrendo essa coincidência diabólica do destino, assumirá a presidência o deputado Henrique Alves. E, se numa sucessão de inesperados, o suspeito deputado também estiver impedido, a presidência da República vai para o colo de Renan Caleiros.
Sinistrose 2
Inveterados otimistas, para quem as coisas nunca serão tão ruins como possam parecer, dirão que as interinidades passam rápido. Mas é preciso considerar que nelas costumam tomar carona os castigos de Deus. A “interinidade” de Getúlio durou 15 anos e a do golpe de 64 se arrastou por 20 anos.
Indisposição
Uma conversa com deputados mais influentes das bancadas pesadas revela que, ao contrário do que tem sido anunciado, não há disposição de se abrir discussão objetiva sobre a reforma política ainda neste semestre. E, se fosse possível, só se tal disposição vier antes de maio. Logo depois a classe política já estará cuidando da sucessão presidencial.
Muitos nomes
Entrando o segundo semestre, políticos e partidos começarão a tratar objetivamente de nomes para disputar cadeiras na Câmara dos Deputados. Tudo ainda mantido nos limites da especulação, o que não ofende as possibilidades, presume-se que não menos de cinco já estão na linha das candidaturas desde já viáveis, como Marcus Pestana, Margarida Salomão, Júlio Delgado, Lafayette Andrada e Custódio Mattos, fora os candidatos evangélicos, que não precisam estar aqui para arrebanhar os votos dos crentes; e fora outros que os pequenos partidos não hesitarão em lançar.
Contudo...
É preciso considerar duas outras possibilidades: o nome do deputado Marcus Pestana pode entrar na disputa majoritária, como candidato a governador ou vice, e Margarida Salomão seria indispensável para compor, como vice, a chapa de Fernando Pimentel, se o PT considerar estratégica e decisiva a participação de um nome da Zona da Mata.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O jornalismo sem Fritz

Fritz Urzeri, 68 anos, um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, será cremado hoje à tarde no Rio, cidade onde realizou toda a sua vida profissional, depois de diplomado em Medicina, que nunca exerceu. Ele morreu ontem, após uma longa luta contra o câncer linfático. Trabalhou principalmente no “Jornal do Brasil”, onde ingressou em 1968, mas na década passada também residiu alguns meses em Juiz de Fora, a convite de Omar Peres, para implantar o ”Panorama”. Onde quer que estivesse, foi um mestre para gerações de jornalistas, como também escrevendo ou despertando os jovens para a luta pela redemocratização do País. O nome Fritz foi herdado do pai alemão, que ele não chegou a conhecer, porque morreu em uma motocicleta com a explosão de bomba na Segunda Guerra Mundial. Conta o amigo Sérgio Fleury que sua mãe Elza, italiana, já tinha fugido para o Norte da Alemanha, como fizeram todas as mulheres grávidas naquela época de guerra. “Certamente essa aventura foi a primeira de suas muitas estórias de vida! Com dois anos de idade veio para a América Latina com a mãe, direto para Assunção, Paraguai. Ao Brasil, chegou com sete anos”.
Favoritismo
No momento em que Aécio Neves intensifica contatos com os tucanos paulistas, procurando consolidar sua candidatura à presidência, o deputado Marcus Pestana, que comanda o PSDB em Minas, revela otimismo e admite que o senador mineiro já reúne hoje 90% de preferência dos filiados em uma eventual prévia.
Espetada
Ainda sobre o deputado Marcus Pestana, que entre todos os tucanos mineiros é o que mais fustiga o PT. Ele sugere ao partido adversário que cuide de se pacificar e se unir, antes de pensar em lançar a candidatura de Fernando Pimentel ao governo do estado.
Permanência
O PPS, que foi criado em Juiz de Fora sob orientação do secretário de Saúde, Antônio Jorge Marques, figura entre os que não preveem mudanças na estrutura do diretório municipal em março. Nada há que recomende a substituição do grupo liderado pelo presidente Bernardo Martins e o secretário Marcos Pinto.
Velha arenga
Toda vez que se reajustam os preços de combustíveis, segue, automaticamente, a ameaça dos órgãos oficiais de fiscalização severa dos abusos e aplicação de multas aos distribuidores que avançarem no bolso do consumidor. O caso, por exemplo, dos estoques antigos, vendidos com o preço dos estoques que ainda não chegaram. Geralmente as ameaças terminam como começaram. Palavras.
Como contornar?
Para nós, mineiros, que temos matérias de grande interesse na Câmara, como o marco regulatório da mineração, acaba de ser criada uma dificuldade no colégio de líderes. Minas está reduzida ali a apenas um voto, o que é insuficiente para influir na pauta dos projetos que vão a plenário. O que pode fazer o único mineiro nesse colégio, deputado evangélico George Hilton? Além do mais, seu partido, o PRB, não ajuda.
Poderoso entrave
Vem aí um relatório para avaliação da presidente sobre duas graves constatações: a redução da produção industrial, que chegou a 2,7%, e o desinteresse de setores privados, tanto nacionais como estrangeiros, em empreender no Brasil. Queixam-se do excesso de burocracia, papelada formidável em meio a um festival de carimbos, coisa que o Congresso não consegue derrubar. Os grandes empresários valorizam o tempo, e não gostam de desperdiçá-lo.
A desconfiança
Ministro da Desburocratização, entre 1979-1983, Hélio Beltrão adotava a convicção de que é improdutivo, no mínimo injusto, partir da ideia de que todos somos desonestos e que tudo que se faz neste País tem como objetivo a malandragem. E não hesitou em sentenciar: “O brasileiro é simples e confiante. A administração pública é que herdou do passado e entronizou em seus regulamentos a centralização, a desconfiança e a complicação. A presunção da desonestidade, além de absurda e injusta, atrasa e encarece a atividade privada e governamental".
No esquecimento
Indagou-se de um experiente vereador sobre o destino dado ao projeto que pretendia tirar o nome de Costa e Silva de uma das avenidas da cidade, sob a alegação de que foi um ditador. A proposição acabou esquecida. Costa e Silva foi ditador, mas se a pretendida mudança se baseia nisso, o que dizer sobre a Rua Floriano Peixoto e Avenida Getúlio Vargas?
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Boas novas

Nesta segunda-feira, no seu primeiro despacho com o governador Anastasia, o prefeito Bruno pode se considerar bem sucedido, se obtiver dele a garantia de participação do estado em duas obras fundamentais: a ligação asfáltica do aeroporto regional à Zona Norte da cidade e a conclusão do hospital de urgência e emergência. Parece que o prefeito viaja com uma forte dose de otimismo, o que é importante. Nada de pessimismo.
A diferença
Em junho de 2011, sob o patrocínio do reitor da Universidade Federal, Henrique Duque,reuniram-se lideranças regionais para alinhavar algumas das obras que ainda hoje poderiam ser apresentadas ao governador. Mas o que diferenciou aquele encontro dos anteriores foi a promessa de ser abandonado o antigo modelo de queixas e derrotismo. Os novos tempos exigem otimismo e formulação objetiva de propostas e metas. Passados vinte meses, esse caminho continua sendo o mais adequado para a retomada do diálogo com o governador.
Castigo ausente
Está fazendo vinte anos a Lei 8629, que estabeleceu as regras para a aplicação da reforma agrária. Ela previa não apenas a ocupação de terras sem cumprimento das finalidades sociais, como também prometia, no artigo 2º, algo que nunca foi cumprido: “A entidade, a organização, a pessoa jurídica, o movimento ou a sociedade de fato que, de qualquer forma, direta ou indiretamente, auxiliar, colaborar, incentivar, incitar, induzir ou participar de invasão de imóveis rurais ou de bens públicos, ou em conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo, não receberá, a qualquer título, recursos públicos'.
A qualquer custo
O novo prefeito da vizinha Descoberto, Carlos Alberto (PSB), decidiu fazer tudo para evitar que a cidade fique sem carnaval. Disposto a não sacrificar recursos prioritariamente destinados à saúde, educação e funcionalismo, o remédio foi sair em busca de ajuda financeira dos vizinhos. Por estranho que pareça, pois a indigência grassa pela região, até o fim de semana ele já havia conseguido apoio de 15 municípios igualmente pobres.
De volta
Em férias há um mês, desde que passou o cargo, o ex-prefeito Custódio Mattos retorna à cidade logo após o carnaval. Ouve-se de antigos colaboradores que só então ele começa a pensar nas atividades imediatas, mais técnicas e menos políticas.
Eufemismo
A eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado, que o PMDB e o PT fizeram descer pela goela de suas bancadas, com o gosto de óleo de rícino, deixou um rastro de desculpas esfarrapadas entre seus obedientes senadores. Sucumbiram à imoralidade alegando apenas o “voto informal”, “voto partidário e impessoal” e “atitude circunstancial”. Ou, ainda, para obedecer orientação da liderança. Toda vez que um senador faz coisa do que se envergonha diz que está seguindo a liderança.
Risco calculado
Na Câmara, PMDB e PT também atropelam a opinião pública, insistindo na entrega da presidência da Casa ao deputado Henrique Alves, que nada fica a dever a Renan Calheiros em matéria de maldades. Os peemedebistas que tentaram reagir, prevendo desgastes para o partido, foram tranquilizados pelo Palácio do Planalto: trata-se de um risco calculado.
Outra voz
A partir de agora, a Zona da Mata tem mais um voto na Câmara dos Deputados, com a posse de Mário Heringer, ocupando a vaga de Zé Silva, que está assumindo a Secretaria de estado do Trabalho. Natural de Manhumirim, médico formado em Juiz de Fora, ele já teve mandato na Câmara, onde quase todos os projetos de sua autoria tratam da saúde pública. Uma das proposições de sua autoria que reencontra é o que dá aos pais o direito de registrar os filhos não apenas no local do nascimento, mas também na cidade onde a família pretende residir.
Perigo amplo
As prefeituras estão reagindo ao episódio de Santa Maria, vistoriando casas noturnas, de forma a dar resposta à sociedade. No Brasil é costume agir em cima dos fatos. Os riscos, contudo, não se limitam às boates e clubes. Um graduado servidor do estado chama a atenção para a situação de prédios públicos visitados diariamente por centenas de pessoas, e em sua maioria não recebem vistoria periódica. E quando são apontadas deficiências estruturais, com risco de sinistro, as providências não são tomadas.
Caso local
Tomando-se Juiz de Fora como referência, não é difícil verificar prédios em situação perigosa, como escolas, unidades de atendimento à saúde e repartições burocráticas. Para ilustrar: o imóvel do calçadão da Rua Halfeld, onde funcionou unidade do PSIU, hoje um posto do SINE. Há risco ali, pois o imóvel não passa por reformas há muitos anos. As instalações elétricas são precárias e, como agravante, o serviço estadual está no térreo de um edifício de quatorze pavimentos com destinação residencial.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))