domingo, 3 de fevereiro de 2013

Boas novas

Nesta segunda-feira, no seu primeiro despacho com o governador Anastasia, o prefeito Bruno pode se considerar bem sucedido, se obtiver dele a garantia de participação do estado em duas obras fundamentais: a ligação asfáltica do aeroporto regional à Zona Norte da cidade e a conclusão do hospital de urgência e emergência. Parece que o prefeito viaja com uma forte dose de otimismo, o que é importante. Nada de pessimismo.
A diferença
Em junho de 2011, sob o patrocínio do reitor da Universidade Federal, Henrique Duque,reuniram-se lideranças regionais para alinhavar algumas das obras que ainda hoje poderiam ser apresentadas ao governador. Mas o que diferenciou aquele encontro dos anteriores foi a promessa de ser abandonado o antigo modelo de queixas e derrotismo. Os novos tempos exigem otimismo e formulação objetiva de propostas e metas. Passados vinte meses, esse caminho continua sendo o mais adequado para a retomada do diálogo com o governador.
Castigo ausente
Está fazendo vinte anos a Lei 8629, que estabeleceu as regras para a aplicação da reforma agrária. Ela previa não apenas a ocupação de terras sem cumprimento das finalidades sociais, como também prometia, no artigo 2º, algo que nunca foi cumprido: “A entidade, a organização, a pessoa jurídica, o movimento ou a sociedade de fato que, de qualquer forma, direta ou indiretamente, auxiliar, colaborar, incentivar, incitar, induzir ou participar de invasão de imóveis rurais ou de bens públicos, ou em conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo, não receberá, a qualquer título, recursos públicos'.
A qualquer custo
O novo prefeito da vizinha Descoberto, Carlos Alberto (PSB), decidiu fazer tudo para evitar que a cidade fique sem carnaval. Disposto a não sacrificar recursos prioritariamente destinados à saúde, educação e funcionalismo, o remédio foi sair em busca de ajuda financeira dos vizinhos. Por estranho que pareça, pois a indigência grassa pela região, até o fim de semana ele já havia conseguido apoio de 15 municípios igualmente pobres.
De volta
Em férias há um mês, desde que passou o cargo, o ex-prefeito Custódio Mattos retorna à cidade logo após o carnaval. Ouve-se de antigos colaboradores que só então ele começa a pensar nas atividades imediatas, mais técnicas e menos políticas.
Eufemismo
A eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado, que o PMDB e o PT fizeram descer pela goela de suas bancadas, com o gosto de óleo de rícino, deixou um rastro de desculpas esfarrapadas entre seus obedientes senadores. Sucumbiram à imoralidade alegando apenas o “voto informal”, “voto partidário e impessoal” e “atitude circunstancial”. Ou, ainda, para obedecer orientação da liderança. Toda vez que um senador faz coisa do que se envergonha diz que está seguindo a liderança.
Risco calculado
Na Câmara, PMDB e PT também atropelam a opinião pública, insistindo na entrega da presidência da Casa ao deputado Henrique Alves, que nada fica a dever a Renan Calheiros em matéria de maldades. Os peemedebistas que tentaram reagir, prevendo desgastes para o partido, foram tranquilizados pelo Palácio do Planalto: trata-se de um risco calculado.
Outra voz
A partir de agora, a Zona da Mata tem mais um voto na Câmara dos Deputados, com a posse de Mário Heringer, ocupando a vaga de Zé Silva, que está assumindo a Secretaria de estado do Trabalho. Natural de Manhumirim, médico formado em Juiz de Fora, ele já teve mandato na Câmara, onde quase todos os projetos de sua autoria tratam da saúde pública. Uma das proposições de sua autoria que reencontra é o que dá aos pais o direito de registrar os filhos não apenas no local do nascimento, mas também na cidade onde a família pretende residir.
Perigo amplo
As prefeituras estão reagindo ao episódio de Santa Maria, vistoriando casas noturnas, de forma a dar resposta à sociedade. No Brasil é costume agir em cima dos fatos. Os riscos, contudo, não se limitam às boates e clubes. Um graduado servidor do estado chama a atenção para a situação de prédios públicos visitados diariamente por centenas de pessoas, e em sua maioria não recebem vistoria periódica. E quando são apontadas deficiências estruturais, com risco de sinistro, as providências não são tomadas.
Caso local
Tomando-se Juiz de Fora como referência, não é difícil verificar prédios em situação perigosa, como escolas, unidades de atendimento à saúde e repartições burocráticas. Para ilustrar: o imóvel do calçadão da Rua Halfeld, onde funcionou unidade do PSIU, hoje um posto do SINE. Há risco ali, pois o imóvel não passa por reformas há muitos anos. As instalações elétricas são precárias e, como agravante, o serviço estadual está no térreo de um edifício de quatorze pavimentos com destinação residencial.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))

Nenhum comentário:

Postar um comentário