domingo, 17 de fevereiro de 2013
Explicando
Houve quem estranhasse o fato de em Juiz de Fora nenhum partido político de expressão tomar a iniciativa de colher assinaturas de eleitores para propor o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros. Já são 1,4 milhão de adesões em todo o País. Pois seria verdadeiramente estranhável se ocorresse tal movimento, pois a eleição de Renan foi obra do PMDB, PT, PSDB, PSB e outros não menos culpados. Esperar o quê?
Em estudo
O PSB (não PPS, como saiu em nota anterior) vai renovar o comando de sua comissão provisória em março. Confirma-se que o médico José Roberto Maranhas, que representou o partido junto ao PT na eleição majoritária do ano passado, é citado como potencialmente preparado para a presidência, mas, por enquanto, apenas estudos.
Novidade
Em uma fase em que a renovação dos comandos partidários é assunto que ainda não empolga, vale citar como inovação garantida a que vem com o PSDB: a presença obrigatória de 30% de mulheres nas chapas submetidas aos filiados. A decisão já foi tomada pela direção nacional do partido.
Maquiagem
Amanhã, num evento que promete promover no Congresso, o PSDB quer debater o que considera grave maquiagem que o governo aplica nas contas públicas, procurando escamotear dados que comprometem o Palácio do Planalto.
Na segunda-feira seguinte o partido leva Fernando Henrique a Belo Horizonte para abrir o seminário “Século 21: desafios, ameaças e oportunidades”.
Em defesa
Quarenta dias depois de empossado, o prefeito Bruno definiu o vereador oficialmente credenciado para falar em nome da administração. É Luiz Otávio Coelho, do PTC, partido que o apoiou na campanha eleitoral.
Para o efetivo exercício da liderança o vereador tem de estar municiado de todas as informações sobre problemas e desafios da administração, para que possa defendê-la em quaisquer circunstâncias. Mas isso nem sempre aconteceu.
Contraponto
A montagem da oposição ao prefeito também não é conhecida, mas certamente trata-se de tarefa que vai caber ao PT, antes mesmo de agregar naturais descontentamentos em outras bancadas. Para contestar o prefeito, os petistas esperam as reivindicações salariais dos servidores. Sempre um prato cheio.
Concorrência
Depois que a presidente Dilma provocou o arrefecimento das expectativas em relação à reforma ministerial, que segundo ela não é questão imediata, os políticos passam a se interessar um pouco mais pela eleição do novo Papa, por causa das muitas implicações que resultam da diplomacia do Vaticano. O interesse certamente seria maior se um brasileiro figurasse entre os principais favoritos, mas a agência irlandesa Paddy Power, especialista em apostas, diz que o melhor entre os nossos, dom Idilo, só vem em 9º lugar na bolsa dos lances de entendidos.
Questão de gosto
Como a devolução de livro emprestado é fenômeno tão raro como a passagem do cometa Halley, comemoro a volta à estante do “Tancredo Casos & Campanha”, de Ronaldo Costa Couto, lembrando dele uma passagem interessante.
Perguntava-se ao grande Guimarães Rosa quais as cidades de Minas que, no seu entendimento, ficaram com os nomes mais bonitos. O fato foi lembrado durante um voo no modesto Xingu do Palácio da Liberdade. O autor de “Grande Sertão: Veredas” tinha na conta de esplêndidos nomes, não apenas São João Del-Rey, que Tancredo logo citava, mas também Maria da Fé, Brejo das Almas, Dores do Indaiá, Dores da Boa Esperança, Soledade e Juiz de Fora. Quanto ao nosso, nem todos concordam.
Quem vai?
O novo partido lançado pela ex-senadora Marina Silva, que vai se chamar Rede da Sustentabilidade, ainda não tem em Juiz de Fora quem possa segui-la nessa jornada. De 2010, os que a acompanharam no Partido Verde já tomaram outros caminhos políticos, e não parecem dispostos a uma nova aventura.
Quem assistiu pela TV, no fim de semana, ao lançamento da Rede, ficou com a impressão de que faltou alguma coisa na plataforma programática.
Os desistentes
Quando pintam os sinais do ressurgimento da indesejável inflação, a presidente precisa ficar atentar. Há ministros que não têm lealdade suficiente para enfrentar qualquer crise mais séria, e desembarcam logo. Foi-se o tempo de um Marechal Machado Betencourt, ministro da Guerra, que em 1897 colocou-se na frente de Prudente, recebendo a facada mortal que Marcelino de Melo havia planejado para o presidente.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
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