domingo, 24 de fevereiro de 2013
Causa difícil
Já que uma mulher chegou à presidência da República, não custa aproveitar o embalo e partir rumo a novas conquistas para a representação feminina. É o que se depreende de muitos projetos que estão tramitando pelas comissões do Congresso. O mais recente quer que todas as chapas de candidatos, quaisquer que sejam os cargos em disputa, tenham a metade das vagas destinada a elas.
Foi dito aqui, em outros tempos, que é preciso diferenciar: a maioria das mulheres tem revelado aspirar na política a coisas nem sempre coincidentes com as feministas.
Pela tradição
O conselheiro Sebastião Helvécio, que durante duas décadas teve intensa atividade política em Juiz de Fora, acaba de ser empossado na vice-presidência do Tribunal de Contas do Estado. A se cumprir o que é tradicional ali, no próximo ano ou em 2015 ele vai para a presidência.
Como explicar?
Na decisão do Tribunal de Contas da União de mandar o ex-prefeito alberto bejani devolver R$ 155 mil aos cofres da prefeitura (juro de empréstimo pessoal que fez) fica faltando uma explicação importante e necessária: se em 1990 ele tinha no bolso R$ 2.3 milhões para emprestar, de que forma e por meio de que expedientes se valeu para ter esse dinheiro? Recém-desembarcado de uma vida de dívidas e aperturas, como ganhou tanto, a ponto de poder fazer empréstimo naquele montante?
Por fim: isso que o Tribunal quer que bejani devolva é uma insignificância do muito que ele precisa devolver ao município.
Prazo curto
Março vai chegando, e com ele o prazo fatal para que eleitores faltosos se atualizem nos cartórios da Justiça Eleitoral. Consideram-se faltosos os que deixaram de votar, e não se justificaram, em três pleitos seguidos.
A inadimplência em relação aos dias de votação tem crescido. Hoje em Minas são 122 mil, e sobre eles pesa a ameaça de ficar sem o titulo.
Coincidência?
Seria coincidência o fato de a ausência de votantes aumentar na mesma proporção em que caem o prestígio e a confiança que a população deposita nos homens públicos? Pois é fato concreto: a abstenção eleitoral sobe com os mesmos números que indicam a queda da confiança nos políticos.
Demora culpada
A Comissão da Verdade, criada com a missão de desvendar os abusos praticados pelas forças de opressão durante a ditadura, tem a seu favor a presença de nomes ilustres, mas é pouco provável que consiga castigar todos os culpados que continuam escondidos. É o que se tem visto. Essa comissão teria eficácia se fosse criada décadas atrás, porque, se os casos mais graves ocorreram há 45 anos, a maioria dos torturadores já morreu, e a localização de ossos dos mortos tornou-se mais difícil.
Ao relento
Um problema tem impressionado a todos, mas principalmente aos que cruzam a cidade altas horas da noite. É o volume da mendicância e dos que dormem em bancos, praças e sob as pontes. A previsão é de que se tornará mais grave quando chegarem os dias de baixas temperaturas. Dói saber que esses abandonados sofrem e vão sofrer ainda mais no frio.
O problema não foi criado pelo prefeito, mas se ele assumir pessoalmente o enfrentamento, impedirá que se agrave.
Não se mexe
Já se tem como certo que neste ano (e provavelmente nunca) a Câmara não vai desengavetar o projeto que pretende a redução do número de deputados. Ninguém se anima a tratar da matéria com interesse, que é prejudicial à classe politica.
Houve várias tentativas, a última das quais por iniciativa do deputado Clodovil Hernandes, falecido. Seu projeto era o mais radical de todos; exatamente por isso o mais enrustido. Pretendia reduzir para 270 os atuais 513 membros da Câmara.
Une e divide
O momento de disputas por posições políticas é sempre adequado para tirar das páginas o que dizia o Marquês do Paraná, em 1853, quando tentava formar o Gabinete com os saquaremas e os luzias:
“A ambição do poder é a mesma razão que divide e une os homens”.
((publicado também na edição desta segunda-feira do TER NOTÍCIAS ))
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