terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Convocação
Em artigo que assinou ontem no jornal “O Tempo”, de Belo Horizonte, o prefeito Bruno faz um apelo à união das forças políticas de Minas em favor de uma política de participação nacional nos resultados dos royalties do petróleo, lembrando que riquezas distantes das praias e em profundidade pertencem a todos os estados, não a um pequeno clube de dois ou três. Este é um momento crucial que, segundo ele, está a exigir a mobilização de todas as lideranças em favor do nosso e dos outros estados que têm sido excluídos.
Uma ameaça
No jogo entre baixar e subir o dólar em ciranda vertical, quem pode acabar pagando o pato é a imagem política da presidente. As exportações estão entrando em parafuso. Para o senador José Agripino, trata-se do segundo grande embaraço do atual governo. O primeiro, diz ele, foi ter prometido redução na tarifa da energia elétrica, sem estudar os reflexos dessa “gentileza”, um dos quais a fuga de investimentos no setor, com o risco da volta dos apagões.
E o Excelsior?
Apurou-se ontem. Até o final da tarde o prefeito Bruno não havia recebido qualquer sugestão para a compra do imóvel onde funcionou o Cinema Excelsior, iniciativa que devia partir de seis de seus secretários, ex-vereadores há quatro meses derrotados nas urnas. Quando tinham mandato, eles votaram moção de repúdio ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural por não ter acolhido a proposta, mas, ao contrário, a rejeitou nove vezes.
Aguerridos e raivosos defensores daquele imóvel, é estranho que ainda não tenham se manifestado ao prefeito, que tanto prestígio lhes conferiu, diferentemente do que manifestaram as urnas.
Propaganda
Nem bem desceram ao chão as poeiras da campanha eleitoral, e já está de volta a propaganda dos partidos políticos em rádio e televisão. Às segundas, quartas e sextas-feiras passam a ter direito a dez inserções de 30 segundos cada uma.
Não deixa de ser aceitável o argumento de que a população precisa conhecer os partidos. Mas o Tribunal Superior Eleitoral devia exigir que essa propaganda se restringisse a questões programáticas. Hoje, as inserções se limitam a conversa fiada e promoção pessoal dos dirigentes.
Dúvida mineira
São desencontradas as informações que rolam em Brasília sobre a possibilidade de um mineiro ser convocado para compor o Ministério, o que teria como objetivo fortalecer, desde já, a candidatura de Pimentel ao governo do estado. Para quem joga na possibilidade, o argumento está no projeto do Planalto para a sucessão do governador Anastasia. Os desanimados, que estão pelas bandas do PMDB, alegam que um mineiro peemedebista no primeiro escalão não caiu no gosto de Michel Temer. Se é assim, nada feito.
Convidado
Já era esperado. Políticos do grupo da senadora Marina Silva convidaram o advogado José Elias Valério, fundador do PV em Juiz de Fora, para ajudá-la a criar aqui um núcleo do novo partido, o Rede da Sustentabilidade. Acredita-se que tenha sido a primeira incursão da ex-senadora no interior do estado, até porque, em 2010, ela teve aqui 30,6% dos votos.
Pelo que se sabe, Valério apenas agradeceu o convite, mas não se posicionou.
Café cotado
Na reunião que deputados promoveram em Juiz de Fora, na segunda-feira, alguns procuraram dar ênfase à criação do Fundo Estadual do Café, sem faltar a esperança de que a Zona da Mata volte a ter a expressão cafeeira do passado.
Vive-se um processo de otimização em torno da cafeicultura de Minas, o que estará confirmado em setembro, com a realização, em Belo Horizonte, da quinta reunião da Organização Internacional do Café.
Hoje, em cada cinco sacas do produto consumidas uma é de Minas. Estamos produzindo 26,9 milhões de sacas.
Para advertir
Os acontecimentos em Santa Catarina, onde uma onda de destruição foi comandada de dentro dos presídios, não podem ser vistos como caso isolado, mesmo se for considerado que tais fatos ocorrem em um estado que jamais figurou entre os mais críticos nesse setor. É um problema que tem tudo para se alastrar, com o detalhe de que precisa ser avaliado com cuidado: não se trata apenas do poder de comando de quem está atrás das grades,mas também das quadrilhas de obediência criminosa que continuam nas ruas.
Questão ignorada
Os governos não têm encontrando tempo e disposição para encarar a situação dos presídios, onde é possível dizer que se organiza o crime com rigorosa precisão. E a sociedade, salvo manifestações isoladas, que geralmente começam e terminam ao sabor das rebeliões, tem conferido pouca importância ao que acontece ali.
Recordista
Em maio do ano passado, aproveitando que o vereador Wanderson Castelar defendia lei que tornasse obrigatório o relatório mensal do cumprimento ou descumprimento dos horários de ônibus urbanos, os jornais lembraram que se tornava não menos necessária uma outra providência em benefício da população: na esquina de Getúlio Vargas com Floriano Peixoto o sinal verde que é aberto ao pedestre tem a duração de apenas 4 segundos. Quase um ano depois do registro, o estranho recorde é mantido.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS))
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