terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A pagar

A Justiça mineira informa que estamos em 17º lugar entre os municípios do estado que mais acumulam precatórios, num total de R$ 1,2 milhão. Não é algo capaz de assustar, a não ser que sejam compromissos que devam ser honrados até o final do ano. É de se esperar que o volume dos precatórios não esteja tão defasado como outra parte da informação do Tribunal, dando à população de Juiz de Fora com apenas 521 mil.
Inaceitável
Se fosse possível esperar algum ato moralizador do novo presidente da Câmara, Henrique Alves, seria necessário tornar sem efeito a decisão de seu antecessor, o deputado petista Marco Maia, que contratou serviço de engraxataria por R$ 3,13 milhão para o ano. São R$ 8,7 mil para engraxar, todos os dias, três mil pares de sapatos de deputados e servidores. Sapato brilhando é o menos importante em uma Casa destinada a defender os interesses do povo.
Serviço pronto
Se quiser, o prefeito Bruno já pode programar a inauguração do primeiro serviço direto à população, que está na área do secretário de Agropecuária, Marlon Martins. São os 38 banheiros químicos contratados para funcionar junto às 14 feiras livres da cidade. Vai ser atendida uma reivindicação antiga dos feirantes.
Visitante
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, vem a Juiz de Fora para conhecer o Museu Mariano Procópio. A data da visita, ainda este mês, pode ser anunciada hoje em Brasília. A notícia não deixa de ser auspiciosa, porque ela dispõe de acesso a setores federais que podem injetar recursos nos projetos de restauração da casa histórica.
O que mais?
Terminada a temporada de renovação dos cargos no Congresso, o que se pode dizer é que o PMDB nunca esteve tão à sombra como agora, se considerado o poder que obteve; não propriamente a qualidade pessoal dos novos poderosos. O partido tem a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados, as principais lideranças nas duas Casas, a vice-presidência da República e ministérios estratégicos. Ainda assim, se precisar de mais alguma coisa, pode contar com o apoio do PT, um parceiro fiel.
Sinistrose 1
Não é aconselhável para a saúde perder o tempo imaginando coisas ruins. Contudo, inevitável, quando se trata do interesse nacional. Imaginemos que em razão de viagens ao Exterior ou qualquer impedimento tenham de se afastar do cargo dona Dilma e o vice Michel Temer. Ocorrendo essa coincidência diabólica do destino, assumirá a presidência o deputado Henrique Alves. E, se numa sucessão de inesperados, o suspeito deputado também estiver impedido, a presidência da República vai para o colo de Renan Caleiros.
Sinistrose 2
Inveterados otimistas, para quem as coisas nunca serão tão ruins como possam parecer, dirão que as interinidades passam rápido. Mas é preciso considerar que nelas costumam tomar carona os castigos de Deus. A “interinidade” de Getúlio durou 15 anos e a do golpe de 64 se arrastou por 20 anos.
Indisposição
Uma conversa com deputados mais influentes das bancadas pesadas revela que, ao contrário do que tem sido anunciado, não há disposição de se abrir discussão objetiva sobre a reforma política ainda neste semestre. E, se fosse possível, só se tal disposição vier antes de maio. Logo depois a classe política já estará cuidando da sucessão presidencial.
Muitos nomes
Entrando o segundo semestre, políticos e partidos começarão a tratar objetivamente de nomes para disputar cadeiras na Câmara dos Deputados. Tudo ainda mantido nos limites da especulação, o que não ofende as possibilidades, presume-se que não menos de cinco já estão na linha das candidaturas desde já viáveis, como Marcus Pestana, Margarida Salomão, Júlio Delgado, Lafayette Andrada e Custódio Mattos, fora os candidatos evangélicos, que não precisam estar aqui para arrebanhar os votos dos crentes; e fora outros que os pequenos partidos não hesitarão em lançar.
Contudo...
É preciso considerar duas outras possibilidades: o nome do deputado Marcus Pestana pode entrar na disputa majoritária, como candidato a governador ou vice, e Margarida Salomão seria indispensável para compor, como vice, a chapa de Fernando Pimentel, se o PT considerar estratégica e decisiva a participação de um nome da Zona da Mata.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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