quarta-feira, 24 de abril de 2013
Futuro do MD ainda incerto
Há duas frentes, originárias do PPS e do PMN, que estão cuidando de se situar em relação ao Mobilização Democrática, que resultou da fusão daqueles dois partidos. Quanto ao PPS, seu secretário, o ex-vereador Marcos Pinto, segue neste fim de semana para Belo Horizonte, onde terá reunião com o comando estadual e traçar providências para que a fusão se opere no município.
Quanto ao PMN, o vereador Isauro Calais tem presidido reuniões de militantes e colaboradores, com o objetivo de estudar o rumo a ser tomado pelo grupo, o que também significa definir sua candidatura a deputado estadual em 2014. Indagado sobre ficar no MD ou ingressar em outro partido, ele diz que esta é a principal interrogação do momento, mas, em princípio, não o atrai a ideia de se transferir para uma das grandes siglas.
Sem as bases
O PMN de Juiz de Fora se ressentiu, assim como muitos outros diretórios, da forma como se processa a fusão com o PPS. Não houve consulta aos diretórios, nem mesmo aos deputados, o que serviu para confirmar, mais uma vez, que a organização partidária brasileira tem como seu maior pecado o fato de não conferir um mínimo de importância às bases. Todas as decisões foram tomadas apenas em Brasília.
O vereador Calais, que analisou a fusão em discurso na Câmara, comunicou sua estranheza à direção nacional do PMN.
Tucanos se
mobilizam
Esta quinta-feira está movimentada para os tucanos mineiros. Nos principais municípios do interior, onde os diretórios estão em pleno funcionamento, há um trabalho de mobilização dos delegados eleitores para que estejam em Belo Horizonte no sábado, quando o partido se reúne em convenção regional.
De Juiz de Fora tinha-se, ontem, assegurada a presença de cinco eleitores, mas a delegação pode ser ampliada, depois de ser confirmado que o deputado Marcus Pestana será reconduzido à presidência do partido.
Queixa contra
as omissões
Para aproveitar a mobilização tucana, as militantes do PSDB Mulher vão se reunir na Assembleia, no mesmo dia, a partir de 14h, para debater a situação da violência contra a população feminina no Brasil e “apurar denúncias de omissão por parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres em situação de violência”.
Elas querem oferecer subsídios à CPI que vem se dedicando a avaliar a extensão desse problema.
Importante
é o veto
Desdobramento de uma nota publicada ontem, estranhando o silêncio da comunidade técnica em relação à proposta de alteração dos dispositivos de ocupação do solo e edificações, uma discussão que vem se restringindo apenas aos vereadores. Alguns engenheiros, poucos mas influentes, prometem sugerir ao prefeito que vete qualquer ou quaisquer interferências que agridam os interesses coletivos.
União também
é responsável
Nas capitais e em grandes cidades os professores estão mobilizados para cobrar o piso salarial, que lhes é devido por justiça e indiscutível merecimento. Mas é preciso que a cobrança se estenda ao governo federal. Nos oito anos de Lula e nos dois da presidente Dilma não se tomou conhecimento do benefício. Nos três meses dos novos prefeitos o piso deve ser cobrado, mas com uma dose de tolerância com os que acabam de assumir.
PMDB atento ao
plano de Lula
O PMDB esperava que seu posicionamento em relação à campanha pelo governo de Minas se orientasse, basicamente, pelos interesses internos; quando muito, preparado para sofrer o impacto do projeto presidencial do senador Aécio Neves. Mas acabou surpreendido pela decisão do ex-presidente Lula de desembarcar aqui, trazendo no bolso o projeto de filiar ao partido o empresário Josué Alencar, de olho em duas possibilidades, para definição em um passo seguinte. Josué seria candidato ao Senado ou a vice-governador na chapa de Fernando Pimentel.
Na defensiva
Diante dessa novidade, o PMDB se coloca na defensiva. Com a incursão do ex-presidente, que é suficientemente forte para não ser desconsiderado, o propósito é esperar que ele dê o próximo passo e mostre onde realmente quer situar seu projeto.
O partido vinha caminhando para desembocar em dois projetos simultâneos: Clésio Andrade candidato a governador e Hélio Costa para o Senado. Devem estar aguardando que Lula ponha na mesa suas próximas cartas, e ver que estratégia deve ser adotada.
Um projeto antigo
Sobre Clésio e o Palácio da Liberdade, diga-se que se trata de um projeto antigo, como se publicou na coluna em janeiro de 2011. “Com a morte do senador Eliseu Resende criou-se o primeiro fato-surpresa para a política mineira. O suplente é Clésio Andrade, e por isso desde agora, sob os holofotes da mídia, é candidato certo em 2014 à sucessão de Anastasia, que estará impedido de disputar uma nova reeleição. Clésio foi vice-governador no primeiro mandato de Aécio, já tentou disputar o governo e com quatro anos para executar seu projeto, é evidente que não deixará escapar a oportunidade”.
Nos mapas
os culpados
Finda a temporada das grandes chuvas, como as que se abateram sobre a região serrana do Rio, o discurso repetitivo dos governantes versa sobre a necessidade de mapeamento de áreas de risco, como primeiro passo. É o que desrespeita a memória nacional, e, antes, agride as famílias enlutadas. Porque os mapeamentos já existem há anos, não apenas nas áreas fluminenses, mas em quase todo o País.
(No caso de Juiz de Fora, para se tomar o exemplo do mapa local: em 1985 já se conhecia o traçado detalhado dos bairros mais vulneráveis, como Jardim Natal, Linhares, Furtado de Menezes, Retiro e JK).
Para que os culpados não fiquem escondidos: nos dois últimos anos foram aplicados apenas 30% dos recursos federais destinados a esse fim.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do FOLHA JF)
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