(( publicada também na edição desta terça-feira do FOLHA JF ))
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Vagas bem distribuídas
O ex-prefeito Custódio Mattos foi eleito para integrar o novo diretório estadual do PSDB, ao lado de outros três ex-presidentes – Danilo de Castro, Geraldo Sobrinho e Pimenta da Veiga. Esse diretório, presidido pelo deputado Marcus Pestana, é resultado de um projeto que pretendeu agrupar todas as representações do partido, a começar por acatar decisão do comando nacional de garantir cota às mulheres: 35 delas estão no diretório mineiro. Trinta prefeitos, além de todos os deputados tucanos, também estão participando, de um total de 105 membros.
Ontem, Pestana dizia que o partido quer ter um grande desempenho na Zona da Mata, a partir de Juiz de Fora, como também pretende ampliar conversações com os grandes aliados, como o secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge, do MD.
PT vem com
Pimentel
O Partido dos Trabalhadores fixou o mês de maio para intensificar a pré-campanha do ministro Fernando Pimentel ao governo do estado, e o plano inicial é levá-lo a todo o interior. É quase certo que o roteiro de viagem comece por Juiz de Fora, em data a ser estudada com a deputada Margarida Salomão.
Os gargalos
de sempre
Chegando aos 120 dias inaugurais de sua gestão, o prefeito Bruno deve perceber que, acima dos compromissos financeiros transferidos, os dois problemas mais graves que herdou, e que já vinham sendo herdados pelos antecessores recentes, são as deficiências da saúde e o trânsito confuso. Porque, mais que outros desafios, na saúde e na mobilidade urbana os recursos sempre estão aquém das demandas.
Vale o registro: são os dois problemas que mais afetam igualmente a capital e as dez principais cidades do estado.
Remoção
de nomes
Está para ser votado na Assembleia o projeto que proíbe que aos próprios públicos seja dado de nome de quem praticou ou ajudou a praticar tortura durante o regime militar. Como se revela tarefa difícil identificar os torturadores, a propositura pode acabar alterada, de forma que a pretendida proibição se estenda a todos os logradouros de Minas que tenham sido batizados com nomes de personalidades ligadas aos governos militares, bem como a alteração dos nomes já existentes.
Em Juiz de Fora, onde a mudança atingiria a Avenida Costa e Silva e a Praça Presidente Médici, a Câmara Municipal chegou a ensaiar algo parecido, mas acabou desistindo.
Coronel Adelmir
sepultado hoje
O coronel Adelmir Romualdo, ex-presidente do diretório municipal do PMDB, será sepultado nesta terça-feira, às 11h, no Parque da Saudade, onde o corpo é velado desde a tarde de ontem. Ele estava internado no hospital da Asconcer, depois de uma luta longa contra o câncer.
Já padecendo da doença, ele teve atuação destacada na campanha do partido no ano passado. Durante seis meses dedicou-se ao projeto de levar o PMDB a ter candidato próprio à prefeitura, e foi importante na aprovação, pelo diretório, da candidatura de Bruno Siqueira. “Foi a vitória da obstinação, do amor e do respeito aos ideais do PMDB. Uma luta incansável pela ética e fidelidade partidária”, disse ele, em outubro passado, ao agradecer o apoio dado pelo eleitorado majoritário da cidade.
Na vida militar, com toda a carreira dedicada à PM, o coronel foi comandante da 4a. RPM, o mais alto posto regional.
Saulo e o perfil
dos mineiros
Outro que desce à sepultura hoje, no interior de São Paulo, é o ex-ministro Saulo Ramos, 83, que passou a vida defendendo José Sarney, mas se redimiu ao escrever o excelente “Código da Vida”, onde analisou uma peculiaridade do político mineiro, que ele tinha na conta de alta inteligência. Lê-se na página 88 de seu livro:
“O mineiro diz, mas não diz exatamente o que quer dizer. De tal forma, que somos levados a afirmar que disse. A ciência está em aferir o que o mineiro não diz quando está dizendo, e entender a outra coisa que está querendo que você saiba.”
Conflito
inevitável
Observou e escreveu um habitual leitor da coluna:
“O Brasil, no que tange à política, tem sempre fatos novos para a crônica diária da imprensa. O conflito recente entre Supremo Tribunal Federal e a Câmara fornece assunto suficiente para longo debate. Em verdade, quando iniciativa do parlamento pretende invadir o âmbito das prerrogativas constitucionais da mais alta corte do País não há como evitar o conflito”.
Segurança
e uma ideia
Pode ser que o governo dê atenção, ainda este ano, a uma sugestão levada no ano passado a Brasília pelos secretários das áreas de segurança pública, entre eles o mineiro Lafayette Andrada, para quem as questões ligadas ao policiamento estadual deviam ter o mesmo tratamento que a Constituição confere à educação e à saúde; isto é, sólidos recursos orçamentários e verbas carimbadas. Lafayette, que defendeu a ideia, lembrava na ocasião que a segurança é hoje uma pauta privilegiada da população.
Aliança só
dentro da lei
Dezoito meses antes da eleição, alguns partidos começam a colocar como preocupação as possíveis alianças com que pretendem eleger seus candidatos, e nem por isso dão maior importância ao que a legislação eleitoral exige para que tenham validade os acordos. No ano passado, Anis José Leão, considerado em Minas grande autoridade em Código Eleitoral, já tinha críticas sobre o procedimento de partidos no estado, vendo como equívoco a chamada “aliança informal”.
Ele ensinava que as exigências para qualquer projeto aliancista estão bem definidas e não comportam a faixa da informalidade. Porque “ aliança é o mesmo que coligação. E coligação, de direito, é tema que o artigo 6º da Lei 9.504/97 disciplina claramente”, a começar pelo fato de que tem de ser aprovada em convenção pelos partidos participantes.
Mais força
na base
A base política do prefeito Bruno pode ser ampliada proximamente com a chegada do PR, onde uma corrente vem considerando essa possibilidade. Assunto para ser tratado com o ex-deputado Edmar Moreira, que na semana passada informava não estar essa questão na agenda para definição imediata.
Na eleição de outubro o PR estava praticamente acertado para dar apoio a Bruno, mas foi instado pelo governo do estado a ficar com a candidatura de Custódio.
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