segunda-feira, 15 de abril de 2013
Unidade no Blocão
Um ano depois de ser criado na Assembleia Legislativa para dar apoio ao governo Anastasia, o Blocão, liderado pelo deputado Lafayette Andrada, ganhou status para ter desempenho no processo sucessório de 2014. Pelo menos foi o que se comentou em Muriaé, no final da semana, num encontro de prefeitos com deputados.
Além do PSDB, o Bloco chamado Transparência e Resultado é composto pelo PSD, PTB, PPS, PR, PRP, PRTB e PT do B. Em ano eleitoral, as relações interpartidárias da base do governo tendem a ampliar sua importância.
Metas para o
centenário
Sede de alguns dos mais importantes acontecimentos políticos e sociais da cidade, o Clube Juiz de Fora está entrando na reta para comemorar seu centenário. Quem se anima com a grande marca, que virá dentro de quatro anos, é o presidente José Márcio Ferreira, que no fim de semana recepcionou os associados com coquetel para marcar os 96 anos da entidade.
O Clube tem muitas histórias para contar.
Mais uma
tentativa
São muitos, lamentavelmente sempre fracassados, os esforços para inibir o hábito de fumar. Nesta semana, mais uma tentativa: a Câmara analisa o Projeto de Lei 5292/13, de autoria do deputado Paulo Wagner (PV-RN), que proíbe a venda de produtos derivados do tabaco nos estabelecimentos comerciais que não sejam específicos para esse fim. De acordo com a proposta, bares e lanchonetes estariam proibidos de vender o produto.
Pensava-se que as terríveis imagens de vítimas de câncer impressas nos próprios maços de cigarros inibiriam o consumo, mas isso não aconteceu.
O outro
balanço
O prefeito Bruno marcou os 100 primeiros dias de sua administração para mostrar o que foi feito e o que está por ser feito. Bom seria que a Câmara também elaborasse o seu relatório e mostrasse o trabalho dos vereadores nesse período, mesmo sabendo que alguns estão recolhidos a demorados descansos.
Quanto à Mesa, é justo esperar que diga se pretende adotar um modelo capaz de agilitar os trabalhos. Mais ainda: precisa informar se há inchaço no quadro de servidores. É a curiosidade de muitos.
Uma questão
intocável
Bastou que a Câmara dos Deputados anunciasse a retomada das discussões em torno da reforma política para que se levantassem os interessados em impedir a extinção das coligações, que servem mais aos partidos chamados ”nanicos”. As bancadas evangélicas também se empenham, pois em grande parte são produto daqueles acordos.
Outro item previsto, o financiamento público das campanhas, não sofre maiores agressões.
Na linha de
prioridades
Em conversa com jornalistas, o prefeito Bruno tem asseverado que o lixo urbano constitui grande desafio, e sua disposição é enfrentá-lo. Ainda não indicou qual o conjunto de inciativas a serem tomadas, mas sua campanha estará centralizada num insistente apelo para que a população colabore, de forma a reduzir o problema a um nível tolerável.
Admitem ambientalistas que uma pessoa é suficiente para produzir, diariamente, quilo e meio de resídios, o que autoriza, num cálculo simples, considerar que o município produz mais de meio milhão de quilos, com agravante de que parte desses indesejáveis é deixada em terrenos, jogada em córregos ou no Paraibuna.
. . .
Há dias, foi denunciado que municípios vizinhos têm se aproveitado do aterro sanitário de Juiz de Fora para despejar o lixo que os importuna. Não se cuidou de apurar se há fundamento na denúncia, mas, a ser confirmada, não haveria novidade, porque abuso idêntico foi constatado em março do ano passado, quando se recomendou estudo sobre criação de consórcios entre municípios vizinhos, para que ao lixo se confira um tratamento conjunto.
Uma auditoria
para resolver
O vereador Wanderson Castelar, entrando na discussão sobre dívidas que o prefeito denuncia como herança pesada, acha que é preciso sair em busca do que chama de “esclarecimentos cabais”. Nesse sentido, sugere “a realização de auditoria interna ou a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito, permitindo que todos entendam o que verdadeiramente se passa com as contas públicas.”
Sem maiores expectativas em relação à atual administração, o vereador petista diz que prefere ser contrariado e ver o prefeito apresentar “elementos para a apuração de responsabilidades”.
Justiça consegue
ser mais lenta
A greve de reivindicações dos serventuários, que anda pelo trigésimo dia mergulhada num impasse, já produziu consequências. Há caso em que o juiz titular de Vara está remarcando audiências pra o próximo ano. O tribunal do júri, pelo mesmo motivo, não pôde se reunir este mês, e o acúmulo dos processos faz prever que julgamentos agendados para os próximos meses também serão transferidos para 2014.
Uma cota dos servidores ficou destacada para atuar nos cartórios durante o período de paralisação, mas é insuficiente.
Estado laico de
novo ameaçado
No Congresso Nacional sobrevivem tantas esquisitices, que valeria criar comissão insuspeita com a missão de promover um saneamento em regra, a fim de que o Congresso não perca tempo com tolices. Fosse assim,já teria espaço reservado nas degolas o projeto que propõe o uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para a construção de templos religiosos, ideia que o deputado Aguinaldo Ribeiro havia deixado para trás quando foi ser ministros das Cidades.
Afinal, vivemos ou não sob um estado laico? Mas novos deputados, sem se interessar por isso, nada mais desejam se não fazer agrados aos evangélicos, porque não passa um dia sem que improvisem um galpão e inventem um nome qualquer para atrair os crentes.
(( publicado também na edição desta terça-feira do FOLHA JF ))
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