quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um acordo necessário

Cansada de ouvir de autoridades responsáveis que “os índices de criminalidade em Juiz de Fora continuam sob padrões toleráveis”, a população se sente agora no direito de cobrar coerência entre elas. Esteve aqui o delegado Jeferson Botelho, superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, que analisou a situação sob uma ótica diferente: a criminalidade cresce, a violência prospera, as drogas tomam conta e avançam na destruição da juventude. Com quem está a realidade dos fatos?
Assembleia
vem debater
No dia 27 de maio a Assembleia Legislativa promove audiência pública em Juiz de Fora, para debater a violência urbana, certamente com prioridade para as peculiaridades locais. A informação foi transmitida pelo deputado João Leite ao vereador Wandeson Castelar, que participou, em Belo Horizonte, da sétima reunião ordinária da Comissão de Segurança Pública da Assembleia.
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Citando estatísticas recentes, Castelar manifestou preocupação pelo fato de Juiz de Fora registrar aumento significativo do número de homicídios. Segundo ele, “ao longo de 2012, foram 100 casos, sendo 70 deles de pessoas com idade de 13 a 30 anos. Nos cem primeiros dias de 2013, já foram registrados mais 50, seguindo o mesmo padrão etário. A grande maioria, cerca de 80%, foi morta por arma de fogo, o que demonstra a força desse vetor para a escalada da violência na cidade”.
Ponto a favor
do governador
Nem todos admitem a revisão da maioridade penal, mas não há como negar aplauso à iniciativa do governador Geraldo Alckmin ao propor tratamento mais rígido à rapaziada que anda se aproveitando da “idade inocente” para cometer barbaridades. Ele foi ao Congresso e deixou, como subsídio, um projeto que propõe, entre outras inovações, o aumento da penalidade máxima, que passaria de três para oito anos de internação. Tal punição só valeria para reincidências em infrações análogas a crimes hediondos, como estupro. Com o aumento do período de internação, a segunda mudança sugere regime especial de atendimento, para que o jovem seguisse cumprindo a pena, mesmo depois de completados os 21 anos, idade na qual hoje ele é obrigatoriamente solto.
Escritório serve
a Direitos Humanos
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese iniciou a estruturação do Escritório Jurídico de Direitos Humanos, com o objetivo de encaminhar as demandas dos movimentos sociais, conselhos e entidades que trabalham por direitos. Esse serviço pretender levar representações ao Ministério Público, por ausência ou insuficiência de políticas públicas. O contato no CDDH é com o Alan Rossi, a partir de 14h, ou pelo telefone 3329.5485.
Aécio de novo
faz cobranças
A propósito do aniversário do PT, o senador Aécio Neves denunciou que a presidente Dilma Rousseff “chegou à metade de seu mandato longe de cumprir as promessas da campanha de 2010. Há uma infinidade de compromissos simplesmente sublimados.  A incapacidade da gestão se adensou, as dificuldades aumentaram e o Brasil parou”. O senador se detém principalmente no fato de que “os pilares da economia estão em rápida deterioração, colocando em risco conquistas que a sociedade brasileira logrou anos para alcançar, como a estabilidade da moeda”.
Medalha vai trazer
vice-governador
O vice-governador Alberto Pinto Coelho deverá estar em Juiz de Fora no dia 25. Ele é convidado da Câmara como uma das personalidades agraciadas com a Medalha do Mérito Legislativo. Se confirmar a viagem, lideranças políticas da região deverão se concentrar aqui, pois o vice começa a ser alvo de maior atração, anunciado candidato a governador.
MD assume
a oposição
O Mobilização Democrática, que acaba de ser criado, com a fusão do PPS e PMN, chega, segundo seu presidente, Roberto Freire, com o vigor de quem quer bater firme nos pontos vulneráveis do poder petista. Se for assim, a tendência é que obscureça os tucanos. Porque os partidos que não se compuseram com o governo, principalmente o PSDB, sempre foram acusados de vacilar, tanto na forma como na disposição de assumir os encargos da oposição. Pela perseverança, o senador paranaense Álvaro Dias faz parte das raras exceções.
Plano tenta
motivação
O TSE não vai esperar a proximidade das eleições, mas logo no começo do segundo semestre deve insistir em uma campanha destinada a sensibilizar os jovens, a partir de 16 anos, para atuação mais frequente e mais interessada na vida eleitoral do País. A campanha, desta vez com a participação de entidades não necessariamente ligadas à Justiça, seria planejada em linguagem acessível, como convém ao público a que se destina. E, ao mesmo tempo, deverá insinuar que é preciso que os políticos, em particular os candidatos, deem sua contribuição: levantar a bandeira de uma política voltada para o interesse comum.
Uma lei sem
aplicação
Há cerca de dois anos foi anunciada, entre as prioridades do programa municipal da promoção dos idosos, a instituição de prêmio aos bancos que não exigem deles longas esperas nas filas das agências. Já então, chegava-se à conclusão que é mais fácil premiar os bons, porque não há como castigar os maus. A realidade, contudo, mostra que, objetivamente, nada aconteceu. Não vale alegar que a distribuição de senha é o começo de atendimento.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do FOLHA JF ))

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