domingo, 12 de maio de 2013
A Abolição
Sem a intensidade da década passada, ainda se mantém viva a campanha movida por algumas entidades de cultura negra para que o 13 de Maio não tenha maior significado nas celebrações da abolição da escravatura, e nisso elas batem de frente com renomados historiadores. Para aquelas entidades, algumas de Juiz de Fora, Isabel não andou bem na forma surpreendente como libertou os escravos, de um momento para outro jogados nas ruas, sem teto, sem comida. Embora com liberdade.
Como fica?
O prefeito Bruno receberá convite do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, para visitar a casa histórica, conhecer suas necessidades e dizer o que o município pode e deve fazer para que aquele volte a ser o cento de referência da cultura e da história de Juiz de Fora.
O Museu está fechado há quase cinco anos, fato que constrange a cidade, o Conselho em particular, porque a ele cabe preservar o notável patrimônio que Alfredo Ferreira Lage doou à cidade em 1936.
Abandono e mistério
Há exatos dois anos, os jornais denunciaram o abandono em que se encontra o acervo do professor Silva Mello, doado por ele, em testamento, a Juiz de Fora, e a família denunciou, com tristeza, que se repete aqui o descaso que no Brasil e as autoridades dedicam às artes, ciência e cultura em geral. Silva Mello homenageou sua terra natal ao legar-lhe parte de seu patrimônio, mesmo em detrimento dos familiares, mas a cidade desprezou a homenagem, atirando seus bens em um depósito de inservíveis.
Ocorre um mistério: ninguém sabe informar, oficialmente, onde estão as peças doadas.
Silva Mello foi uma vida dedicada à ciência, em uma época na qual o Brasil ainda era nesse campo pouco mais que selvagem. Estudou no Rio e na Alemanha, onde se destacou como cientista preeminente, tendo sido um dos precursores no estudo das aplicações da radioatividade na medicina.
Os executivos
A revista Valor Econômico, em sua mais recente edição, destaca o fato de um executivo de Minas ser eleito, por instituto especializado dos Estados Unidos, como um dos 100 mais destacados do mundo,figurando em 26º lugar. Trata-se de Djalma Morais, presidente da Cemig, que na semana passada foi reeleito para o cargo. Djalma preside a companhia há 14 anos.
No comando
A deputada Luzia Ferreira, que vinha do PPS, é quem vai comandar as articulações para a organização, em Minas, do MD – Mobilização Democrática, que resultou da fusão do PMN. Sem previsão de maiores dificuldades, o novo partido certamente precisará apenas de quatro ou cinco meses para formar comissões provisórias no interior, aproveitando-se da estrutura que foi montada pelos antecessores.
Na eleição de 2010, Luzia teve 2.000 votos em Juiz de Fora, graças ao fato de estar integrada ao grupo político do secretário Antônio Jorge.
Rumo à definição
Sendo o principal nome do PMN em Juiz de Fora, vereador mais votado no ano passado, Isauro Calais dizia, no sábado, que está se aproximando a hora de se definir em relação à nova realidade partidária criada com a fusão.
Só para entender
Como primeiro a ser apresentado para disputar o governo de Minas, o ministro Fernando Pimentel tem de ir se acostumando, desde agora, a lidar com indagações formuladas pela oposição. O deputado tucano Marcus Pestana, por exemplo, quer que ele explique o que levou o governo Dilma a oferecer créditos a Cuba para obras em um aeroporto, se os nossos, tanto como o de Fidel, estão pedindo socorro.
Indústria em fuga
Em seu artigo dominical em “O Tempo”, o ex-deputado Vittorio Medioli deplora o fato de Minas sofrer demais com a concorrência predatória dos incentivos que estados vizinhos oferecem para a implantação de projetos industriais. Ao reclamar reações enérgicas, busca exemplo no temperamento de um ex-governador:
“ Provavelmente Itamar Franco teria tomado medida de aquartelamento ao constatar a transferência de alguns investimentos destinados a Minas, por incentivos extraordinários e fantásticos concedidos por outros estados”.
Mudanças escassas
Mudando o que tinha de ser mudado na área dos maiores partidos; aceitas as novidades do Mobilização Democrática e a chegada, ainda que incipiente, do Rede, da ex-senadora Marina Silva, as pequenas siglas não esperam transformações significativas na direção de suas comissões provisórias na cidade. O que ainda pode acontecer fica por conta do cenário das eleições de 2014 a ser construído.
Voto fantasma
Apesar de todos os esforços que realizou nos últimos dois anos, o Tribunal Regional Eleitoral ainda convive com um problema: em alguns municípios o número de eleitores é maior que o número de habitantes. Por isso, terá de promover, mais uma vez, o recadastramento eleitoral em algumas regiões.
A distorção talvez só possa ser vencida com o voto biométrico. Mas nem sempre ela reflete fraude, porque há milhares de pessoas que saem de sua cidade, porém mantêm ali o título.
(( publicado também na edição desta segunda-feira do FOLHA JF )
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