quarta-feira, 15 de maio de 2013

Base regional

Eleito neste fim de semana para a presidência nacional do PSDB, o senador Aécio Neves deve iniciar logo a elaboração das providências que vão ajudar a consolidar sua candidatura à sucessão de Dilma, segundo as expectativas dos tucanos mais próximos. Há propostas várias nesse sentido, uma das quais vem do colega de bancada Aloysio Nunes, que sugere um esforço imediato do mineiro para ganhar a simpatia dos paulistas.
Em Minas não faltam sugestões. Há quem proponha, por exemplo, a instalação de escritórios regionais da campanha, sendo um dos primeiros para funcionar em Juiz de Fora no último trimestre do ano.
X X X
A candidatura de um tucano ao governo de Minas poderia não ocorrer em face desse projeto nacional de Aécio. Para unificar as mesmas forças políticas que garantiram as vitórias ao governo estadual ao grupo do senador Aécio Neves alguém poderia sugerir ceder a cabeça de chapa na disputa da sucessão de Anastasia. São os que pensam da seguinte forma: dar os anéis para não perder os dedos.
Caso as articulações levem a isso, o nome escolhido seria do vice Alberto Pinto Coelho, aliado permanente dos tucanos mineiros. Recentemente, Aécio, em discurso público, disse que tinha grande afinidade com Alberto Pinto; e foi além, ao enfatizar que era mais próximo dele do que alguns companheiros do PSDB. Isto foi a sinalização de uma possível preferência.
Dano social
O título é de um comentário de Gaudêncio Torquato, em Brasília, aqui reproduzido:
“Mais uma novidade que surge na Justiça do Trabalho. O empregador recolhe todos os tributos legais e, por algum motivo, demite um ou mais funcionários. A praxe é: o demitido entra na Justiça e pleiteia o montante que seu advogado sugerir, como horas extras, descontos indevidos, dano moral etc. Não bastasse a condenação por alguns dos itens baseados em provas testemunhais que prevalecem sobre as documentais, empresas vêm sendo condenadas por "dano social". Traduzindo: a empresa é condenada a ressarcir o Estado por gerar um desempregado! Isso mesmo. Até parece que contratos contêm cláusula de vitaliciedade. Lembre-se que os tributos pagos pelas empresas abrangem coisas como o seguro desemprego.”
Marco histórico
Entre as solenidades previstas para assinalar os 160 anos da Câmara, no dia 22, está a inauguração de um marco histórico para reverenciar os integrantes de legislaturas passadas.
O plenário legislativo conta, atualmente, com quase duas dezenas de placas comemorativas espalhadas, o que acaba limitando seu objetivo referencial, além de ferir a estética. Ideal é que elas e o novo marco ocupem um mesmo espaço. Ganhariam expressão.
Falta o balanço
Os preparativos da festa dos 160 anos não eliminam o que já foi objeto de sugestão da imprensa. A Câmara precisa tornar público um relatório de suas atividades no primeiro quadrimestre do ano. A população tem direito a isso. Certamente não se trata de publicação assaz difícil, porque alguns vereadores nada têm para mostrar.
Dá pra pensar
Trata-se de um número histórico que, bem acima e além de mero dado estatístico, está a exigir reflexão dos estudiosos e das lideranças políticas. O Tribunal Superior Eleitoral acaba de cancelar mais de 1,3 milhão de títulos, correspondentes aos eleitores que não justificaram ausência nos últimos três pleitos.
O número é mais que significativo, porque representa um volume de cidadãos que, sendo votantes, poderiam definir a escolha de um governador, até mesmo de um presidente da República. No caso de Juiz de Fora, onde 4.066 estão agora sem o direito de exercer o voto, vê-se que os eleitores deserdados seriam quase suficientes para definir dois vereadores.
Num primeiro momento, a tendência é admitir que o painel da abstenção reflete situações de impedimento pessoal coincidente com o dia da eleição, como a viagem imprevista ou caso de doença. Mas não é só isso. Nesse milhão e 300 mil eleitores de quem o TSE recolheu o título, a grande maioria, muito próxima da unanimidade, revelou, com sua ausência, o desejo de não participar do processo, dominada pela rejeição que vem destinando à política. É o imenso contingente de brasileiros que procura refletir na eleição sua repulsa aos maus políticos.
Violência em alta
Nos últimos meses, os grandes centros, Rio e S.Paulo principalmente, vivem clima de guerra civil não declarada. Instalou-se a medição de forças entre a segurança pública insuficiente e o estado paralelo, este sob comando do crime organizado em complexa e perigosa ramificação. Para que se reconheça o quadro de beligerância basta apenas declará-lo. E a população, como em qualquer guerra civil, nada mais pode fazer além de se mostrar perplexa, insegura e sem saber exatamente o que deve ser feito.
Naquelas capitais, algumas autoridades têm ensaiado advertências aos vizinhos, que sofrem os reflexos da violência. É preciso lembrar que Juiz de Fora também se inclui nessa faixa de risco. Não apenas agora. Vem de longe que uma cota dos nossos problemas de segurança pública se credita à proximidade com o Rio.
Erro do passado
Ainda nestas horas, para aproveitar o 13 de Maio, estudiosos e entidades se dedicam à proposta de rever certos dados relativos à Abolição, para muitos repleta de equívocos.
A propósito, o professor Rogério da Silva Tjäder, estudioso da monarquia brasileira, esteve no Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora, onde estranhou que muitos continuem afirmando que dona Dilma Rousseff é a primeira mulher a governar o Brasil. É a terceira. A primeira foi a regente Leopoldina, nos tempos de D. Pedro I. A segunda, Isabel, filha de Pedro II, que substituía o pai em suas viagens à Europa.
Hélio, o retorno
O ex-ministro Hélio Costa está sendo considerado em seu partido, PMDB, candidato certo ao Senado, onde já esteve para cumprir o mandato que interrompeu para atuar no governo Lula. Tanto assim, segundo peemedebistas, já entrou em fase de consultas de nomes que poderiam figurar na sua suplência.
(( publicado também na edição desta quinta-feira do FOLHA JF ))

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