terça-feira, 14 de maio de 2013
Para comemorar
O ponto alto das comemorações dos 160 anos da instalação da Câmara Municipal está marcado para o dia 22, com uma sessão solene prevista para começar às 19h30m. É um acontecimento histórico e importante, porque ao se instalarem os trabalhos legislativos tinha início, efetivamente, a autonomia municipal, objeto de uma longa e denodada campanha de grandes homens da primeira metade do século 19.
A solenidade terá a participação de representações dos principais segmentos da vida da cidade, mas com uma novidade para a qual o presidente Júlio Gasparete mobiliza sua assessoria: haverá homenagem especial a todos os ex-vereadores, com a presença deles. Não se sabe quantos estão vivos, mas o número deve se aproximar de meia centena. O veterano provavelmente seja Wilson Jabour.
De um tempo ainda mais remoto,a Câmara coleciona algumas vítimas de injustiça, como os que perderam mandato no golpe de 64. De imediato, também vem à lembrança João Severiano da Fonseca Hermes, festejado em toda a província como propagandista republicano, jornalista, primeiro defensor da causa das eleições secretas. Mas a rua que tem seu nome informa, erradamente, que ele foi presidente da República no período 1910-1014, confundido com Hermes da Fonseca...
Dúvidas no PSB
Pode ser acertada a declaração do presidente do PSB, governador Eduardo Campos, para quem seu partido não é satélite de nenhum outro. Deixa claro, então, que os socialistas querem ter seu candidato à presidência, isto é, o próprio. Mas para alguns, ele está procurando é valorizar o passe para ser vice do PT ou do PSDB. Contudo, o vice do PT sairá do PMDB certamente.
Por causa do jogo de possibilidades em torno de seu projeto, Campos vem amarrando a escolha do novo presidente do PSB em Minas.
Novos partidos
Irritados com o governo Dilma, que procurou dificultar seus projetos, os grupos políticos empenhados na criação de novos partidos respiram um pouco mais aliviados com a decisão do procurador-geral da República de definir a tentativa de limitação como violência contra a Constituição.
À luz da Carta Magna o doutor Roberto Gurgel pode ter suas razões, mas não inviabiliza a salutar discussão sobre a desmedida proliferação dos partidos e suas consequências sobre as eleições futuras.
Substituição já
O ex-prefeito Tarcísio Delgado, de longa convivência com o PMDB, do qual fez parte até o ano passado, defendia, ontem, a substituição do líder da bancada na Câmara, deputado Eduardo Cunha, pelo fato de tentar impedir a votação da MP que trata da nova política dos portos. Nessa atitude, considera que ele trabalha para desfigurar a MP proposta pelo governo. “Está contra o texto inicial da MP, o peso pesado líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, que defende interesses inconfessáveis. Embora líder de partido que faz parte da base governamental, esse deputado está desrespeitando a posição de seu partido e, na defesa de interesses outros, consegue, na condição de líder, impedir a aprovação da MP, que é fundamental para o desenvolvimento do País”, disse Delgado, que também foi líder da bancada.
Bem explicado
A festa que os amigos do ex-presidente Lula promoveram para “festejar” sua entrada na lista dos articulistas do New York Times durou poucos dias. O jornal, que tem prestígio internacional, explicou que ele foi convidado apenas para escrever um artigo em jornal sindical.
De olho neles
A Procuradoria de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos está de olho em prefeitos recém-eleitos acusados de irregularidades diversas. Dos 12, dois da região entraram na lista: Fernando Macedo, de Rio Pomba, e Ilário Lacerda, de Bias Fortes, este acusado de, por duas vezes, ter se recusado a cumprir ordem judicial.
Longa espera
Líder, tanto histórico como insubstituível dos comunistas brasileiros, Luiz Carlos Prestes teve seu mandato de senador simbolicamente devolvido pelo Congresso, passados 65 anos da cassação motivada por conveniência daquele momento político. Recordista de votos, o golpe da Era Vargas o encontrou liderando a bancada de seu partido. Em 1982, numa entrevista ao extinto “Diário Mercantil” Prestes diria que sua cassação foi a que mais doeu, porque era um golpe contra a vontade popular.
O caso serve para lembrar ao Congresso que a recuperação dos injustiçados, que são muitos, precisa se operar com maior rapidez.
Propriedade
Agora fundidos no MD – Mobilização Democrática, não se sabe se o PPS e o PMN estariam dispostos a reacender a campanha que haviam prometido em novembro de 2011: começando por Minas, pretenderam nova discussão sobre a posse do mandato, alegando que ele pertence ao deputado, antes de pertencer ao partido. Trata-se, contudo, de matéria vencida, por decisão do STF. O mandato é do partido.
(( publicado também na edição desta quarta-feira do FOLHA JF ))
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