domingo, 25 de agosto de 2013
A volta da reforma
Sob a esperança de que não volte logo para a gaveta, o que lamentavelmente sempre aconteceu nos últimos vinte anos, a reforma política está em pauta nesta semana. Os itens a serem tratados pela relatoria do deputado fluminense Alfredo Sirkis praticamente reeditam tudo que está exaustivamente discutido, a não ser o duplo sistema para se votar em deputado: na verdade, o eleitor passaria a dar dois votos, um no sistema proporcional e outro no majoritário.
Fartura perigosa
Questão crucial nas eleições parlamentares em Juiz de Fora tem sido o comprometimento da formação de uma bancada numerosa na Assembleia Legislativa, por contra do excesso de candidatos. Eles promovem a pulverização dos votos. Cada qual recebe sua cota e acaba que apenas um ou dois se elegem.
Tem sido assim. E agora já vão surgindo sinais de que o problema poderá se repetir. São citados dez postulantes. Com a palavra os partidos, que têm como conter candidaturas aventureiras.
O experiente
Diz o deputado Bonifácio Andrada, do PSDB, que nunca presenciou fase tão perturbadora como a que se vive com a crise de hoje no Brasil, sob um clima de descontentamento generalizado. Dá que pensar, pois se trata de parlamentar veterano, que já foi observador privilegiado de alguns dos maiores transes vividos pelo País.
Temperamento
Restando 40 dias para que os futuros candidatos optem por um partido, caso ainda não o tenham, amigos do reitor da UFJF, Henrique Duque, tentam saber, sem êxito, qual seu destino partidário, caso decida mesmo estrear na vida política, disputando provavelmente a Câmara Federal.
Entre esses amigos não falta quem tema pela experiência que Duque teria em casa legislativa. Com temperamento de executivo, ele pode acabar entediado como deputado. Quem viveu a frustração, pelo mesmo motivo, foi Marcello Siqueira.
Asilo político 1
Autoridades brasileiras insinuam estar prevenidas, mas a dúvida vai permanecer: esgotado o contrato de trabalho que está sendo celebrado com médicos de Cuba, o que poderá impedir que vários deles peçam asilo político? Se tal ocorrer, estará criado um problema nas relações entre os dois países, não obstante o antecedente dos pugilistas que o Brasil devolveu a Havana, com uma rapidez que outra coisa não pretendeu além de fazer agrados a Fidel.
Asilo político 2
Uma batata quente para o Itamaraty resolver está no rastro da Jornada Mundial da Juventude, que trouxe o Papa Francisco ao Brasil. Nada menos de 40 estrangeiros que vieram participar do encontro estão encaminhando pedido de asilo, em sua maioria jovens estudantes. Entre eles, alega-se não apenas a perseguição política, mas também intolerância religiosa, como, por exemplo, no Sudão.
Paz interna
Políticos vinculados a outros partidos têm notado o trabalho paciente da deputada Margarida Salomão para aperfeiçoar a convivência interna no diretório do PT de Juiz de Fora. Já se contabiliza algum progresso nessa missão, segundo o testemunho dos próprios petistas.
Por exclusão
Não foi apenas o senador Aécio Neves que criticou a presidente Dilma por sua recente incursão em Minas, quando prometeu, mais uma vez, recursos do PAC para projetos de preservação do patrimônio histórico. Embora merecedoras, por serem grandes referências da memória de Minas, Barbacena e Cataguases se sentem excluídas do prometido benefício.
Os menores
De inegável oportunidade para o momento, reproduzo o que nos disse, sete anos já passados, a desembargadora Áurea Pimentel Pereira, do Rio de Janeiro, a propósito da criminalidade entre meninos e adolescentes:
“Esse comportamento criminoso não está ligado, necessariamente, à exclusão social, miséria ou indigência, sendo antes fruto de verdadeiro quadro de decadência moral, que vem, silenciosamente, se instalando no País, sob o olhar indiferente do Estado e de segmentos da própria sociedade. No passado, conduta deformada de menor só era compreendida nos que estivessem relegados ao mais completo abandono, sem lar, sem família. Agora, a situação mudou, há casos em que os delinquentes vivem em companhia dos pais, que aceitam e até se beneficiam das atividades criminosas dos filhos”.
Ela defende claramente a revisão da imputabilidade penal, de modo fixá-la em 16 anos.
Raul presente
Raul Salles, que foi prefeito de Pequeri e justamente celebrado como grande nome da moderna geração de políticos da região, acaba de fazer sua estreia na área de comunicação. Está assinando coluna no Acessa. Hoje, entre outros assuntos, ele fala de recursos para os municípios da Mata.
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