terça-feira, 13 de agosto de 2013

Voto facultativo

Indícios há de que, havendo clima e caminho livre para a tramitação da reforma política, o primeiro item a ter o destino traçado é o que trata do desejado voto facultativo; se não por outras razões, pelo menos por parecer o mais fácil de quebrar resistências.
Em dezembro de 1998, trabalhando para um jornal de Juiz de Fora, conversamos com o senador Sérgio Machado, do Ceará, relator encarregado de juntar nove propostas que tratavam da matéria, resultando dessa fusão que a obrigatoriedade se ativesse apenas ao alistamento eleitoral. O voto é um direito da cidadania, não uma obrigação, disse ele, quase com as mesmas palavras. O comparecimento passaria a ser facultativo. Passados 15 anos, o que os parlamentares pensam sobre isso?
Muito a ser feito
Ficou marcada e confirmada para o dia 31 a reunião que o prefeito Bruno Siqueira terá com os integrantes do Conselho dos Amigos do Museu Mariano Procópio, tendo como ponto único da pauta as responsabilidades da prefeitura em relação ao acervo, vedado à visitação pública há cinco anos. É a primeira vez, desde 2007, que o Conselho recebe a visita de um prefeito.
O Museu precisa de tudo. Não apenas obras físicas internas e externas e a restauração de peças, mas também a recomposição do quadro de servidores, totalmente defasado.
Bom acordo
Fracassado na sua tentativa de empurrar ad perpetuam a tramitação do orçamento impositivo na Câmara dos Deputados, o governo se vê na contingência de seguir a sinistra sugestão do deputado Paulo Maluf no caso do estupro inevitável. É tentar um acordo que satisfaça a ambas as partes. Se cada parlamentar tem direito a R$ 10 milhões para as emendas, que se proponha a metade. Nesta altura dos acontecimentos e diante da formidável incapacidade dos agentes presidenciais de negociar em seara política, o melhor que se faz é conversar sobre concessões bilaterais.
Avaliação
O ex-prefeito Custódio Mattos e seu secretário de Administração não se viam desde dezembro do ano passado, quando Vitor Valverde foi para a Inglaterra participar de um curso de gestão administrativa. Pois se encontraram no fim de semana para uma primeira avaliação do quadro político municipal. Ainda não disseram como pretendem participar do processo com vistas a 2014; mas certamente vão participar.
Valeu
Reconheça-se. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, foi sereno, mas firme; objetivo sem ser deselegante; amistoso sem subserviência no discurso com que recepcionou o secretário de Estado americano, John Kerry. Cobrou explicações claras sobre a invasão de arquivos brasileiros. E insinuou que subterfúgios de Washington podem projetar sombras nas relações entre os dois países.
Pouco polido, Kerry, chegando, foi logo dizendo que os Estados Unidos espionam em nome de sua segurança interna. O que pode ser argumento tolerável, se a prática araponga se limitar aos países com os quais Washington conflita. Não é o nosso caso.
Leitura
Deu hoje no “Estado de Minas”. Juiz de Fora figura entre as cidades do interior onde mais se lê, baseando-se em pesquisa coincidente com uma feira de livros infantis realizada em Belo Horizonte. Aqui, como em Patos e Poços de Caldas, lê-se em média 6,5 livros, o que nos coloca acima do índice nacional.
Bem divididos
Registradas ontem as candidaturas de Odair Cunha e Gleide Andrade à presidência do PT de Minas, dividem-se os grandes eleitores petistas. Odair tem os votos do ministro Fernando Pimentel, e Gleide vem com o apoio dos ex-ministros Luiz Dulci e Patrus Ananias.
Como a presidência será definida em véspera de ano eleitoral, é certo que até o momento final vai se tentar uma chapa única e consensual. Nada de atritos, apregoam desde já os articuladores da candidatura de Pimentel à sucessão de Anastasia.
Proposta da OAB
No texto da proposta de reforma política oferecida ontem pela Ordem dos Advogados do Brasil há dois pontos que se destacam: contribuição para campanha eleitoral só admissível em até R$ 700,00 por pessoa, e fim do “efeito cascata“ na eleição de deputados, o que significa o fim dessa esquisitice de coligação em eleição proporcional.

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