quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Os invasores
Figura entre os costumes das lideranças políticas jogar com o tempo sempre que enfrentam uma dificuldade maior. Em 64, quando era visível a conspiração militar, o presidente Jango foi aconselhado a aguardar, pois o tempo se encarregaria de esvaziar descontentamentos e as forças populares se reorganizariam em sua defesa. Como se viu, nem uma coisa nem outra.
Na atual fase de protestos em que vive o País parece que se reedita o remédio, não obstante os perigos conhecidos. As queixas que estão nas ruas são tratadas com promessas que já prenunciam a expectativa do esquecimento. É o caso da reforma política, que chegou a ser prometida nas costas de um plebiscito natimorto. O governo espera que os estudantes se cansem das reuniões de protesto, como também tolera os baderneiros infiltrados, porque pode ser que esgotem seu furor de depredação.
Na mesma linha de ataques e tolerância vêm as invasões de prédios públicos, principalmente casas legislativas. Está virando rotina, para agravar o monumental desgaste da autoridade constituída.
Terceiro nome
Para dividir os votos tucanos em Juiz de Fora, quando chegar a disputa das cadeiras da Assembleia Legislativa, o PSDB já tem dois nomes assegurados: Custódio Mattos e Lafayette Andrada. Pode surgir um terceiro, o atleta Giovane Gávio, que acaba de ser convidado a assinar a ficha de filiação.
Na moratória
Para descontentamento de quem precisa conhecer logo o nome do candidato a governador pelo PSDB, para poder cuidar de suas próprias candidaturas, um jato de água fria. Na melhor das hipóteses, como definiu o partido, o candidato será conhecido em dezembro. Mas também pode ser que fique para o próximo carnaval. Com isso, ficam amarrados os esquemas que dependem das definições que vêm de cima.
Em memória
Nesta quinta-feira, às 11h, o programa Mesa de Debate, da TV Educativa, vai lembrar a passagem do 20º aniversário da posse de Itamar Franco na presidência da República. Como convidado para depor e comentar, o ex-deputado Marcello Siqueira, que leva algumas fotos históricas para ilustrar.
Metas de JF
Os projetos e as metas de Juiz de Fora. Este é o tema da palestra que o prefeito Bruno pronuncia hoje, às 19h, no auditório da prefeitura, como parte de curso da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. A se pautar pelos pronunciamentos que tem feito, o prefeito vai procurar passar um clima otimista aos seus ouvintes.
Tripé maldito
Constata-se em Juiz de Fora que em 60% dos delitos que resultam em morte, ferimentos ou prejuízos para o patrimônio há envolvimento direto de menores. Tome-se, a propósito, o que diz o juiz José Armando da Silveira: a presença nefasta dos menores no crime deve-se a três fatores que se associam: drogas, gangue de bairros e baile funk. É desse tripé que deve partir qualquer esforço honesto para compreender o problema e atacá-lo.
Muita promessa
Ficou sem resposta convincente do governo a denúncia do senador Aécio Neves a propósito de promessa que a presidente Dilma acaba de fazer em São João Del Rey. Ela anunciou R$ 1,6 bilhão para o patrimônio histórico, com recursos do PAC. Mas é a quinta vez que essa promessa é feita, sem sair do papel.
Sem polêmica?
O senador Pedro Taques, relator do processo do novo Código Penal, disse hoje que, interessado em evitar maiores polêmicas, deixou de tratar temas que poderiam abrir intermináveis discussões. Ainda assim, removeu o consentimento do aborto até a décima segunda semana, repudiou a proposta de eutanásia e estabeleceu novas regras para a progressão das penas. Pois já é mais que suficiente para polemizar.
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