segunda-feira, 18 de janeiro de 2016



 CILADAS EM ASAS DOURADAS


Nos cafés das galerias, no lanche dos vereadores na Câmara ou mesmo nas conversas ligeiras dos elevadores e salas de estar um assunto-especulação que vai ganhando espaço e atenções é a sucessão municipal, caixa fechada onde o que se tem como certo, até agora, é que o PMDB  lançará a candidatura do prefeito Bruno Siqueira a um segundo mandato. Fora isto tudo são dúvidas, e assim continuarão nos três meses que antecedem as convenções.   

Mas, quem quer que pretenda se apresentar deve, para não sair totalmente escalpelado da refrega, considerar alguns desafios e riscos de ciladas. São condições e cuidados básicos:

1) Ter consciência de sua capacidade de construir poder político para enfrentar as dificuldades e suficiente competência de articulador para superá-las.

2) Uma considerável visão dos problemas crônicos e circunstanciais da cidade, frente a finanças sempre na indigência.

3)  Redefinição de prioridades nos setores onde isso se revelar mais que prudente, necessário.

4) Fortalecer a política agressiva de atração de investimentos, adotada pela atual Administração, já com resultados  visíveis.

5) Em relação aos de primeira viagem: sentir e pesquisar bem para saber se – quem sabe? – não estão sendo lembrados apenas para servirem de candidatos-suicidas, esses que só entram na guerra porque os líderes não querem colocar a cara na frente, embora tivessem obrigação partidária de enfrentar as urnas. Imitam hoje aquilo que informa o antigo folclore do presidente Antônio Carlos: “Preparemo-nos e vão!”...

Têm sido citados para a prefeitura de Juiz de Fora alguns nomes de pessoas bem sucedidas em seus negócios, com prestígio social, mas totalmente desconhecidos pela política, mais ainda pelas urnas. Estão sendo maldosamente arrancados do aconchego pelas vias da mosca azul, que os políticos matreiros sabem muito bem como usar sobre os incautos. A mosca azul, tirada das páginas de Machado de Assis, é um bichinho terrível. É azul com asas de ouro, e ao picar deixa a vítima deslumbrada, sem capacidade de refletir a realidade das coisas. É o devaneio de subir ao impossível.

Neófitos, cuidado!  Não é apenas o mosquito da dengue que está no ar. 







Nenhum comentário:

Postar um comentário